Tenho estômago para muita coisa, acreditem, até eu fico ainda nos dias que correm abismada com tudo aquilo que consigo "emborcar". Mas política não faz parte do cardápio. Sou uma #MariaTexuga sem estômago para a política. Assim como muitos que lá andam, arrastados por linhas e travessas de outros.
Não é do meu eu fazer coisas só para ficar bem na fotografia. Tenho algumas ideias muito próprias. Prezo demasiado amizades e relações pessoais. Gosto de fazer as coisas em prol daquilo que elas podem mesmo valer a pena e não só porque faz parte de todo um saco de crenças partidárias.
Continuo a achar que depois de entrares para a política a tua imagem muda, maioritariamente para pior. Muitas vezes pela própria máscara outras tantas pelo tal arrasto do envolvimento na mesma...
Em fase de campanha tudo piora drasticamente. É quase um "vale tudo" fazendo com que se demonstre o "não valem nada". Há valores que não se deviam abdicar.
Posto isto, sempre "fugi" de ligações à política. Recusei qualquer convite para fazer parte do que quer que seja. E até quando estive nas mesas porque alguém me escolheu torci o nariz.
Domingo vou votar como é hábito fazer. Vou votar com a minha consciência tranquila por pessoas. Nem sempre pus o partido pelo qual tenho mais afinidade à frente.
Uma coisa é certa. Não vou votar em quem faz pressões. Em quem usa determinados cargos para subjugar outros e junta-los à parede. Se algum dia sentisse esse tipo de pressão, aquando do meu voto, que é privado, votaria contra.
Repugno qualquer acto de desprezo por outro em benefício próprio, principalmente vindo de pessoas com cargos para o efeito.
A política é um antro que consegue juntar os piores. E infelizmente tornar outros tantos nisso mesmo.
Eu tenho sempre esperança nas mudanças quando não gosto de como está. O benefício da dúvida é algo a usar sempre que, o que está demonstra que não merece.
Esta polémica instalada sobre o governo mudar ou não o nome do Cartão do Cidadão para Cartão de Cidadania, faz-me lembrar um pouco aquela cena do mundo actual, em que há uma situação mais caricata ou alguém precisa de ajuda e as pessoas querem é fotografar e "discutem" se o devem fazer com ou sem flash ou qual o melhor ângulo da foto. O verdadeiro problema não interessa, interessa é, porque sim, o que for interesse para cada um. A discriminação está na nossa cabeça e cada um reflecte a sua.
Comparações estúpidas assim como "leis" que são propostas para voto.
Na realidade há todo um país cheio de problemas realmente importantes para discutir e discute-se isto.
Com mais de 50% de abstenção e com tanto candidato como ninguém se lembrou de se candidatar em nome da abstenção? Acho que esses 50% teriam algo a dizer. Têm sempre, mesmo quando não exercem o direito do voto.
Façam uma plataforma ao estilo rede social e pode ser que consigam baixar a abstenção numa próxima.
Bem vistas as coisas Portugal está muito bem. Não sei porque os portugueses tanto se queixam. A vida por cá anda bela e maravilhosa. Meus queridos amigos e familiares emigrantes, voltem para o vosso país. Deixem-se de merd@s e de quererem estar longe dos vossos. Portugal está bem. Aqui vive-se bem e a vida principalmente a nível de trabalho está óptima, tão só por isso, continua-se com os mesmos.
Não quero com isto dizer que plenamente outro seria a solução, quero com isto dizer que ao estar mal o diferente é uma hipótese de poder ser melhor.
Provavelmente nestes próximos quatro anos muitos dos que vão ler este post terão que emigrar, incluindo esta que vos escreve.
Obrigadinha.
P.S.: Lembrar que hoje podia ser feriado não ajuda!
Eu fui exercer o meu dever. Principalmente nós mulheres, que demoramos a ter esse poder, não devemos deixar nunca de o fazer! Devemos SEMPRE ir votar. Dar o poder que temos à nossa opinião. A abstenção não governa um país, mas diz muito sobre ele. E entristece-me um pais que tanto tem a lamentar não dê o passo que lhe é oportuno quando é concedido. E entristece-me também a maioria dos jovens deixarem-se levar pelo "não me apetece"; "não faz diferença"; "está chuva ou sol"; "tenho que ir passear"; "vou almoçar à sogra"; "vou ver o jogo"; "não tenho tempo".
Amanhã não se queixem pelo país estar como está. As oportunidades depois de desperdiçadas são como a palavra depois de pronunciada, não se volta atrás.
Em fim-de-semana de Final da Liga dos Campeões e Rock in Rio Lisboa houve eleições.
Uma final da Liga dos Campeões é um jogo que para quem gosta de assistir a futebol não pode perder. Muitas vezes o nervosismos das equipas é tanto que perde-se ali muito do essencial, do futebol em si mas também dá muita adrenalina principalmente na segunda parte que tudo tem que ser arriscado porque ninguém quer ficar pelo caminho. Comecei a ver o jogo aparentemente sem nenhum preferido. Queria ver bom futebol. Do Real já sabemos que tem jogos que nos fazem vibrar como autênticos adeptos ferrenhos, do Atlético posso dizer que vi alguns jogos e que mereciam estar ali como uma das melhores equipas do mundo. A coisa começou equilibrada talvez a pender até para o Atlético, não pelo frango do Casillas mas pela gestão de bola que estavam a conseguir fazer. Houve o tal golo e entre um “És mesmo nabo Casillas, isto nem parece teu” e um “Boa Atlético” lá festejei o golo. Mas depois.. Bem, depois comecei a ver o Real a crescer, o Bale a falhar grande mas a tentar. Um Marcelo em todo o lado. Um Di Maria com pernas até ao pescoço. Um Xabi Alonso (giro que dói btw) nas bancadas a quem só apetecia dar miminhos tal era o desespero dele. E foi então que a um minuto do final, o Sérgio Ramos resolveu tirar o chupa-chupa da boca do Atlético de Madrid e pôr o Simeone em órbita com aquele golo. Eu vibrei. Vibrei pelo golo, vibrei pela energia do estádio. Vibrei pelo Real e entendi os beijos dados ao Sergio Ramos pelo Casillas afinal de contas até aquele minuto o Real perdia a taça por um erro muito mau do Casillas. E apetecia mesmo ficar ali para mais 30 minutos de jogo. E aí o Real demonstrou ter mais porte e vi-me a vibrar com toda aquela capacidade do Real de crescer ainda que o Atlético estava nitidamente muito mais afectado fisicamente e isso foi crucial. E o Marcelo a chorar depois do golo? É mesmo uma emoção. Ronaldo fechou o jogo com um golo de pénalti. Merecido. O Real teve-o como uma peça muito importante esta temporada, a ele, ao melhor do Mundo.
Parabéns Real pela conquista e Parabéns Atlético pela luta. Sem dúvida.
No domingo em dia de eleições em que em larga proporção ganhou a abstenção a única coisa que tenho a dizer é que, há muitos anos atrás houve alguém que lutou pelo direito de voto, por termos essa possibilidade, por termos na mão o poder de decidir por nós mesmos o que queremos. Bem ou mal, com uma cruz num boletim há alguns anos alguém lutou por esse direito e já nem falo de nós mulheres que tivemos mais esse direito com a revolução do 25 de Abril. E acho, na minha humilde opinião, sendo de uma geração dos 30, daqueles à rasca, uma falta de bom senso e falta de respeito por quem sempre lutou pra que no dia de hoje o voto seja um direito. Tenho pena sinceramente, ainda mais de ter a consciência que a abstenção passa em larga escala pelos mais novos, por aquele que no hoje deviam ter mais que todos uma voz activa na sociedade. “Ah vou agora votar é tudo a mesma merd@”, é, não penso diferente, mas o voto é dado por nós e temos um leque deles para escolher, ou então votar em branco, nulo ou o raio que os parta, whatever mas votar, exercer esse direito.
Ontem abriram as portas do Rock in Rio. 10 anos de Rock in Rio Lisboa. E aquilo é um espectáculo que no todo não deve ser mesmo perdido. Como não tive a oportunidade de ir até lá, agradeço à SIC Radical por fazer a emissão dos concertos de ontem que sinceramente mesmo entre as minhas quatro paredes do meu quarto me fizeram empolgar.
O palco Mundo abriu com Áurea e Boss AC e gostei de ver aquelas duas vozes juntas. Mas não consegui acompanhar todo o concerto.
O cabeça de cartaz era o Robbie Williams e deu um show do início ao fim num todo. Adorei. Ele veio para rebentar e gostei do que fez. Arriscou em muitas músicas conhecidas que não são dele e conseguiu mesmo assim ter um concerto brutal. Acabando com a “Angels” que certamente foi das mais aguardadas por aquele público.
Mas depois o palco do Mundo abriu para a ultima convidada da noite fechar o palco em grande e que tem estado presente desde o início do Rock in Rio Lisboa. Ivete Sangalo. E diga-se a Ivete é o show em pessoa. Gostando-se mais ou menos de música brasileira, ou dela, tem que se reconhecer que ela sabe muito bem o que faz. Nitidamente em óptima forma com um corpaço de fazer inveja a muita menina de vinte anos, ela preencheu o palco de uma ponta à outra. Ela canta como se não houvesse amanhã, ela dança, pula, tira sapatos. Ela comunica imenso com o público, faz as suas graças e canta muito. Já quase a acabar o espectáculo tive a noção que ela deve ter cantando quase todas as suas músicas, porque ela não parava. Cantou muitos êxitos que por muito que se ouçam nestes festivais fazem-nos vibrar como da primeira vez. Dei por mim a querer dar um passinho de dança mesmo ali sozinha no sossego do meu quarto. Parabéns Ivete. Parabéns por essa mulher força que é, por essa mulher de palco. Por essa força que transmite e paixão pela música. E também pelos 20 anos de carreira.
Eu fui votar. Para o bem ou para o mal o meu voto contou. Aqui na terrinha mudou-se de cor. Sempre achei que era preciso mudanças. E acho que todos concordaram que quando em quatro anos nada se faz, nada se está ali a fazer. Para a Câmara não mudou. Porque isto é assim, num todo o povo falar fala muito, na hora da verdade vai talvez pela cor que sempre foi mas não pelo facto de quem a representa pouco ou nada fazer. É o que eu digo mais do mesmo. No país estou contente pelo Porto. Os portuenses quando querem são assim mesmo unidos e sabem que isto era necessário. Não há cá tangas, é acreditar no um por todos e todos por um e vai na volta ganha-se. Agora isto é tudo muito bonito mas venha a prática que o resto já se sabe, é missa cantada e nem só de ladainhas reza a história.
É já amanhã que podem e devem exercer o vosso direito ao voto. Não deixem de o fazer. É um dever cívico. Estamos num país que nos é permitido ter opção de escolha perante quem nos representa e mais do que podermos estar indignados com o rumo do nosso país é ir votar para poder haver mudança. E nesse momento deixemos de lado o não gostarmos de política, a indignação, os tesourinhos deprimentes que marcaram estas autárquicas e votem com consciência nos ideais de um país que precisa urgentemente de uma mudança.
Das duas três, ou não iam todos, ou iam em massa, ou ia metade! Foi mais ou menos assim, parece que (quase) metade do país está-se a marimbar de fazer utilidade da sua pessoa para o que quer que seja. Eu sei que mudando-se ou não, o cheiro do que vai lá parar é o mesmo. Mas num dia em que há direito ao voto e metade de um país na situação que se encontra, não de crise, mas de manifestações e de reclamações não o exerceu não há muito a dizer. Ganha a abstenção. Isto é outra das coisas que me causa urticária. Mesmo!