Cagufa, miúfa vá - do latim...
...
Sabem aquelas pessoas que vêem um rato e saltam para uma cadeira?
Pronto eu sou mais ou menos assim, mas com a trovoada. Não salto para lado nenhum, mas se me poder fechar num cubículo sem visão para o exterior aí vai ela.
Tenho imenso respeito à trovoada. Mas, na verdade há uns tempos para cá, depois de duas situações mais complicadas fiquei bem mais respeitosa. Assim meio medricas. Com cagufa, miúfa vá. É o que é. E depois mexe-me com o sistema que é qualquer coisa.
Quando era mais nova, lembro-me de uma vizinha que sempre que começava a trovoada lá longe, vinha para nossa casa. Não conseguia estar em casa sozinha. E se nós não estivéssemos ia para casa de alguém. Não falava com ninguém. Ficava ali em silêncio. Ela chegava a ficar de cama. Eu achava aquilo esquisito. Não entendia.
Hoje em dia. Estou imensas vezes sozinha quando há trovoada. Não gosto. Mas muitas vezes fico mais preocupada com outros. Quando estou com os meus pais e que a trovoada está forte, apetece-me abraça-los e fazer-lhes uma bolha para que nada aconteça, principalmente depois da minha mãe ter apanhado um valente susto a mexer na água dentro de casa com trovoada. É verdade.
Não gosto de andar cá fora. E o melhor mesmo é quando eu digo que não gosto particularmente dela e me contam histórias que não lembram ao diabo. Não sei se conhecem ou já ouviram falar de cenas do género de terem assistido a descargas eléctricas, mas aquilo é medonho. E não vou contar nenhuma, não se preocupem.
Pronto e é isto. Dias seguidos com trovoada e eu aqui encolhidinha à espera que isto passe.
É sexta-feira. Valha-nos isso (e já só falta uma semana para o dolce far niente).
(Costuma ser as orvalhadas de S. João e não as trovoadas...)