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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

27
Dez19

Natal!

Maria

A esta hora já todos desembrulharam os presentes e já voltou quase tudo ao normal. Há o presente que adoraram assim como aquele que trocavam na hora, mas há talvez um que tenham mesmo que ir trocar. 

Eu passei o Natal com os meus pais. Alguns dizem, só os três ? sim e foi óptimo. Depois fui aos tios aos primos e acabei em casa dos compadres com as minhas pequenas que deram mais sentido à coisa.

Mas há mesas que juntaram imensa gente mas se calhar faltava lá o pai ou a mãe, um irmão uma irmã um filho talvez e com certeza por isso, apesar de muita gente faltava-lhes quase tudo. Eu graças a Deus posso ter eles comigo. Mas nunca o deixei de aqui partilhar que quando não tenho todos comigo falta-me o Natal. O sentido. O propósito. A essência . E falta também quase tudo. E trocava todas as prendas por os ter ali à volta da mesa. Pelas gargalhadas, pelos brindes, pelas conversas...

Falta tantas vezes tanto no Natal e só ligamos se não se comprou tudo o que se queria, se aquele presente se atrasou ou se aquela pessoa se esqueceu de nos dar um miminho. E falta-nos então o essencial.

Não vejo o Natal como sendo a noite da troca de presentes, quando muito em pequena. Quando muito quando era na casa da avó e isso infelizmente já foi há muitos muitos anos. Mas mesmo assim, sempre foi [-me] a noite da família. Não tinha outro sentido. Não tem. No dia que tiver outro sentido perdi-me.

Continuo a achar um perfeito disparate comprar umas meias ou umas cuecas pela inevitável situação de ter que dar alguma coisa.

O Natal não é isto.

Às vezes não compreendem quando digo que em minha casa muitas vezes não há quase presentes debaixo da árvore. 

Mas, quem olha para o Natal como eu olho sentirá o porquê.

Durante anos vivi um Natal em casa da avó que era o típico Natal dos filmes. Cozinha cheia. Miúdos. Família. O Pai Natal a chegar com os sacos. Crianças. Presentes. 

A avó partiu e tudo mudou. Tudo. Menos os valores que ela sempre nos passou. Que o Natal era aquele sentimento ali à mesa, a família junta. O amor. Que o estar presente é TUDO!

Após isso, tudo ficou muito mais claro para mim. Os natais começaram a ser bem diferentes. Cada um para seu lado cada vez mais. E os presentes deixaram até de ter sentido tantas vezes.

Acredito que há casas que sejam mais felizes pela troca de presentes. A minha é muito mais feliz com a troca de gargalhadas, de conversas, de brindes. Se isso me falta. Tudo o resto falta e um presente é apenas um objecto embrulhado com cor que não me tem brilho.

Isto é [-me] o Natal.

Quando não consigo passar o Natal com quem quero à mesa. Tudo o resto que pintam não faz assim tanto sentido.  

Eu já passei Natais de casa cheia. Já passei Natais apenas com os meus pais (e graças a Deus). Já passei a noite da consoada de Natal num avião - a caminho dos melhores. Eu quero é que eles me tenham sentido. Com a família. Com os meus mais certos. E pouco ligo quando não recebo nada. Mas continua a doer quando não tenho os meus comigo. Muito. Quando eles faltam. Não há natal. Muito menos presente que me valha.

O início de Dezembro é sempre angustiante para mim. Ansiosa sempre por tentar perceber como vai ser uma vez mais o Natal.

Até que as coisas se decidam.

Este ano, infelizmente não consegui ter os meus comigo. As minhas metades. E foi, mais uma vez isso que me fez olhar para o Natal deste ano com menos sentido. Um dia quase como os outros. 

É por isso que digo muitas vezes, Natal é quando o "homem" quiser. E eu vou contar os dias para que, independentemente do dia em que calhar, haja um natal onde quer que seja, mas com eles. Apenas com eles há natal. Dos bons. Sem silêncios que magoam e ciscos nos olhos. Com gargalhadas boas e abraços.  Sentidos ♡

11
Out18

O amor é um lugar estranho. E fodido.

Maria

o amor

 

Se eu fechar os olhos com o intuito de te lembrar. É fácil demais.

É assim que se diz de quando se fala de algo que se ama. Ou amou.

Lembramo-nos de cada traço. Dos cheiros. Das sensações que sentimos. E até, se mantermos os olhos fechados conseguimos lembrar daquele sussurrar de respiração comum a toda a gente, mas que conseguimos diferenciar "daquela".

O amor faz-nos ver pormenores tantas vezes esquecidos. Banais até. Comuns a tantos. Mas particularmente diferentes a todos.

Lembrar faz parte. Não da dor do passado. Mas da história que cada um tem. Da sua história e de quem dela faz parte.

Se eu fechar os olhos com o intuito de lembrar. É mesmo fácil.

Assim como foi fácil apaixonar-me. E assim como as rugas ganham espaço. Assim como os traços das mãos ficam mais evidentes. Assim como as feridas ficam por mais curadas e resolvidas que estejam. Lembrar é fácil quando foi realmente importante fazer parte.

Um coração divide momentos. Mas não esquece amor. Quem ama fica lá. Mesmo que num dos imensos compartimentos que o nosso coração consegue ter. Mesmo que numa gaveta bem fechada da qual a chave já nem reza história. Mas a nossa lembrança não nos escapa a esse amor guardado. Talvez um dia mais tarde. Talvez um dia já não consiga diferenciar tanto quando fechar os olhos, aquele cheiro, aqueles traços outrora vincados, mas o amor... o amor estará lá. Porque somos feitos de amor e se nos falha o amor. Mesmo aqueles guardados naquela cabaninha chamada memória falta-nos vida. E por mais que seja já quase de outra vida, é da nossa história. Mais ou menos boa de se lembrar. Mais ou menos sofrida. Mas da nossa história. Que cada um tem a sua. E nos nossos olhos consegue ver-se essa história. E se nos falta história, nada somos. E eu sei, que se quiser e fechar os olhos. Lembro-me.

Foi amor. É amor.  [ ❤ ]

17
Jul17

Um dia casei-me contigo.

Maria

Contigo aprendi o que é ter um melhor amigo à seria. E durante anos foste o amigo do coração. De uma amizade que nunca vi igual. Continuarás a ser sempre o melhor amigo. Continuarás a ser sempre aquele com quem um dia casei, com um ramo improvisado e troca de juras de amor eterno, sem sabermos o que era mesmo isso. Nos dias especiais lembro-nos sempre. Certezinha estaríamos aqui a contar as peripécias um ao outro que nos aconteceram. A contar as novidades das novas amizades coloridas. A rir como se não houvesse amanhã naquelas longas conversas acompanhadas com um fino fresquinho.

Não percebo quem apaga passado porque as pessoas e a vida fez com que os caminhos fossem diferentes. Se assim o fizesse seria um vazio de nada. Assim sou eu com tanto de tudo o que tenho vivido com as minhas pessoas. E as amizades serão sempre  lembradas mesmo que não continuem as mesmas. E tu és dos bons. E vou querer-te sempre o melhor. Vou ficar sempre contente com as tuas novas conquistas. Hoje sorrio por nos tratarmos após tantos anos da mesma maneira. Amizades para a vida.

Às vezes tenho saudades de um dia ter-me casado contigo.

24
Mai17

O que te faz lembrar o teu primeiro grande amor?

Maria

Sim, já lá vão uns bons anos. Mas o nosso coração é automático e o meu para associar músicas a pessoas é tiro e queda. Nem é bom.

Do acaso, andava a navegar no youtube, quando me "recomendaram" uma nova música do Chayanne. Não o ouvia há anos. Mas mal li o nome automaticamente começaram a surgir palavras no pensamento com lembranças bem antigas. E lembrei desta música, não me lembrava o nome, mas mesmo depois de não a ouvir há quase quinze anos a letra sei de cor. Cantava isto vezes sem conta. Assim que comecei a ouvir passaram flashes de memória. Isso e quase parece que senti aquelas palavras a serem sussurradas ao meu ouvido...

O coração é tramado.

Sim isto era muito lamechas, mas com tantos amigos a viver em Espanha houve uma fase que eu ouvia bastante música espanhola (sim já aqui confessei o meu atrofio pelo Alexandro Sanz).

 

"Una noche le luna, a la orilla del mar
Es el lugar perfecto para conversar
Para decirte lo que estás provocando
Quiero robarte un beso y contarte mi amor
Es tan corta la vida y tan largo el dolor
Que el deseo de tenerte me está quemando.

Y es que estoy 100% enamorado
Esclavo de tu piel
Y el roce de tus labios
Que nunca me han besado.

Échale leña al fuego, candela
Que quiero ser la llama en tu hoguera
Échale leña al fuego, candela
Y dame el cielo de tus caderas
Échale leñaa al fuego, candela
Déjame recorrerte entera
Échale leña al fuego, candela
Y después has de mí lo que quieras.

No dejes que el temor haga blanco en tu piel
Déjame regalarte un nuevo amanecer
Y ve nacer el sol en cada latido.

Aférrate a mi pecho, abrázame con fuerza
Siénteme despacio y ábreme las puertas
Que una vez cerró tu corazón herido.

Porque voy a borrarte con mis manos el ayer
Y amarte tanto y tanto
Como jamás te amaron."

09
Fev17

Desafio 52 semanas | Semana 45/52

Maria

Semana 45: Lembra-me a minha adolescência.

 

O meu primeiro namorado - Cantor - O meu primeiro namorado, é cantor, já o era na altura. E sempre que o ouço cantar é impossível não me remeter a essa idade. Idade de acharmos que já temos pêlo na benta e já sabemos muito bem o que queremos, idade que já pensamos no amor ser para toda a vida. E sofremos como se a vida acabasse já ali quando as coisas já não o são, mesmo quando somos nós a já não querer sem ter noção do que realmente queremos (confuso? sim a adolescência é por si só confusa). Aquelas primeiras músicas cantadas ao telefone para "aprovação". Há coisas que não se esquecem e há pessoas que nos levam imediatamente para fases da nossa vida.

Os amigos do meu irmão - Comecei a sair cedo. Comecei a sair cedo com os amigos do meu irmão e sempre fui, apesar de ser sempre novita à beira deles bem tratada, sempre me levaram para todos lado sem problemas, até para as férias. Hoje sempre que os encontro chamam-me "Mariazinha" sempre. Quando muitos podem não achar piada, eu amo, sei que é com o maior carinho que o fazem. Eu fui sempre a mana mais nova de todos. Há um carinho que ficou sempre. Hoje é isso que me lembro. Que tenho. Que guardo.

Cartas - Tenho tantas ainda guardadas naquela gaveta das memórias. Cartas dos namorados, dos admiradores, da melhor amiga enquanto estava emigrada. Da família que estava longe. De pessoas que já cá não estão. Coisas que já não se usam e que deixam tanta saudade. E que confesso gosto de abrir lá de longe a longe. Só para sentir um pouco daquilo bom que senti na altura.

Nazaré - Preciso, por falar nisso de lá voltar novamente. Na adolescência todos os verões passava lá férias, primeiro com os amigos do meu irmão, depois juntando os meus amigos. Também com o namorado. Foram alguns anos seguidos a voltar sempre lá. Já fui muito feliz em Nazaré. Tenho imensas recordações, muitos risos e choros. Aquela "idade boba". Muitas aventuras. Cheiros bons. Comida do melhor. Gente simpática. O mar. Pela manhã, pelo dia, pelas noites, os amanheceres, o pôr do sol. O falar a cantar. O bláblá bar. O jogar bilhar num café ao lado do Bláblá que não me recordo o nome. A D. Maria que alugava quartos e chegamos a ficar lá algumas vezes. Daquele picadinho de madrugada naquele restaurante que batíamos à porta e alguém abria um postigo para ver quem era e nos deixava entrar. O Guilherme que trabalhava num bar por quem tive uma "paixoneta de verão" e ainda guardo uma pulseira que me deu antes de vir embora (mas nem me lembro da cara). A carne de porco à alentejana servida no melhor restaurante com as melhores pessoas que conheci n'"A tasquinha" que fazia valer todo o tempo de espera mesmo reservando sempre. Do paredão e das conversas que tive lá deitada. Tanta coisa que me lembra que só de falar apetece seguir viagem já!

Revista Super Pop e Ragazza - Tinha uma maluqueira qualquer por essas revistas na altura. Ainda hoje não percebo, porque raramente compro uma revista sobre o que quer que seja. Mas na altura contava os dias para ver quando elas chegavam à banca. Eram os testes que tinham para se responder, os brindes. Os posters. Os cromos. Os autocolantes. Uma loucura só vista.

#52semanas

E desse lado, o que vos lembra a adolescência?

27
Set16

Das histórias da vida...

Maria

Hoje acordei com uma mensagem do facebook a lembrar as minhas memórias:

"Faz sete anos de amizade no facebook com o "João""

"O João foi, durante anos largos, o meu melhor amigo. Conheci-o com quatro anos e passámos juntos todas as fases parvas:
- a de eu o odiar simplesmente porque era rapaz e parvo;
- a de ele não me suportar porque eu era uma pitinha estúpida;
- a de eu o amar platonicamente porque era um caloiro de Filosofia com quem os temas de conversa não se esgotavam;
- a de ele me achar piada porque tinha uma lata descomunal;
- a das conversas telefónicas prolongadas, dos toques para o bip, das primeiras sms;
- a de eu acreditar que nunca teria hipóteses com ele porque me via como uma irmã mais nova;
- a de ele acreditar que nunca poderia ter nenhuma relação comigo porque era demasiado fútil e só andava combetinhos e surfistas da banheira;
- a das cartas escritas à mão e postais de design enviados em tempos de férias;
- a de ambos nos conformarmos e de partirmos para outras;
- a de ele arranjar namoradas atrás de namoradas e de eu delirar cada vez que não resultava;
- a de eu arranjar namorado e lhe contar em primeira mão que tinha perdido a virgindade;
- a de ele acreditar que o meu namoro não ia durar por aí além;
- a de eu perceber que o namorado tinha vindo para ficar e o que sobrava da história com o João era uma belíssima amizade;
- a do João se lembrar que era agora ou nunca;
- a de nos termos enrolado;
- a de um de nós perceber que o enrolanço não tinha sido a melhor das ideias;
- a de nos zangarmos;
- a de eu voltar para o namorado que ele odeia;
- a de ele arranjar uma namorada- desta vez mesmo à séria- e eu (obviamente e de forma assumidamente ressabiada) achá-la uma baleia;
- a de não nos zangarmos, mas simplesmente deixarmo-nos de falar.
 
O João continua a ser o meu melhor amigo. Sinto que, apesar do desfecho, foi maravilhoso tê-lo tirado de cima do armário.  E, ainda que sem nos vermos e nem nos falarmos, penso que finalmente acertámos o passo e estamos em sintonia. Acabaram-se os encontros. Mas também os desencontros. Tenho saudades.
Mas gaja que é gaja tem ou já teve um João."

Não podia deixar de partilhar (e não sei se já o fiz antes) este texto da Pólo Norte que me marcou há tanto tempo... porque afinal de contas, gaja que é gaja já teve um "João". E a amizade com o "meu" "João" faz hoje sete anos no facebook, mas muitos mais na vida.

E, ainda que sem nos vermos e nem nos falarmos, penso que finalmente acertámos o passo e estamos em sintonia. Acabaram-se os encontros. Mas também os desencontros. Tenho saudades.

01
Jun16

Todos temos uma criança dentro de nós...

Maria

Todos temos uma criança dentro de nós. E o bom que é não esquecer isso, mesmo que, na realidade essa criança tenha crescido e não consiga ter a inocência que um dia teve. Mas acreditar que ela está lá e tem vida é meio caminho andado para viver melhor esta vida.

A criança que existe dentro de mim tem saudades.

Tenho saudades de jogar à macaca; ao um, dois, três macaquinho de chinês. Tenho saudades de jogar à bola na rua e não ter a noção do porquê de insistirem no “cuidado com os carros”. Eles eram mais escassos e a rua parecia tão grande. Tenho saudades de ter os joelhos esfolados do skate, dos patins, dos malhos no campo de futsal em cimento, dos malhos por andar a subir muros e dos esbardalhanços no chão quando ia toda tropeça a correr. Tenho saudades de com dois blocos de cimento e uma tábua fazer uma baloiço, de andar de bicicleta sem medo mesmo não chegando com os pés ao chão e do cair para as silvas fazer parte. De insistir em jogar ténis com uma raquete profissional mesmo não tendo força sequer para a levantar. Tenho saudades de fazer covas na terra e jogar ao berlinde rastejando no chão. Saudades de esconder os carros do mano no congelador ou no quintal. Tenho saudades de ficar a jogar futebol no recreio da escola depois das aulas terminarem. De subir às árvores para roubar fruta. De me esconder nos campos de milho ao jogar à cuca e no dia seguinte ouvir os vizinhos dizer “ai se eu descubro quem andou em cima do milho”. De entrar sem medos no tanque de água gelada e aquilo parecer uma piscina olímpica. De cozinhar apenas em panelas de plástico. De ter um bebé filho/sobrinho/afilhado lindo que só dava trabalho quando nós queríamos e dava-se pelo nome de Nenuco. Tenho saudades de ter a minha pastora alemã a ir-me buscar à escola, a proteger-me as costas como ninguém e a fazer de meu cavalo quando lhe saltava para as costas. Saudades de ver a roupa deixar de me servir porque estou em fase de crescimento. Saudades de não ter que ir ao hospital ver ninguém porque aquilo não é lugar para nós. Saudades de não ter a noção do porquê as pessoas seguem caminhos diferentes e não olham mais para trás. Tenho saudades de ter perto, os tios, os primos, o mano, o melhor amigo, as amigas e a minha aldeia ser um Mundo. Tenho saudades de jogar basquete sem ter medo de partir as unhas. Tenho saudades da loucura das sextas-feiras à tarde na discoteca pelas primeiras vezes, quando só queríamos música e luzes. Saudades de ser feliz com uma nota de 500 escudos que dava para uma semana e ainda sobrava. Saudade da liberdade que sentia por ter um cartão de estudante com autorização para sair. Saudades de não saber o que são redes sociais. De não ter que andar com telemóvel. E de encontrar sempre quem eu queria onde sabia. Ou de na loucura usar uns walkie talkie e aquilo ser de outro mundo. De falar sozinha e não acharem que posso estar doente. De cair à noite à cama e adormecer antes mesmo de tirar a roupa e alguém vestir-me o pijama. Tenho saudades de abraçar, beijar e dar as mãos a alguém sem medos, sem maldade, sem segundas intenções. De não entender. De sorrir sempre e só chorar porque o tombo que demos ainda valeu um puxão de orelhas da mãe.

Saudade desta criança que temos dentro de nós que a cada fase que passa perde mais um bocadinho da inocência que caracterizou a nossa infância, a nossa juventude, o início da nossa maturidade e agora nesta seca do ser adulto. Tenho saudades de não saber o que é ter saudades.

Todos temos uma criança dentro de nós e eu tenho saudades da inocência desta minha criança.

29
Mar16

Desafio 52 semanas | Semana 11/52

Maria

 

Semana 11: Os meus brinquedos favoritos na infância eram...

 

Bonecos Chorões - Nos anos 80 haviam uns bonecos chorões, grandes que eu adorava, tive alguns, inevitavelmente acabavam sempre da mesma maneira, sem cabeça. Fruto do meu irmão se vingar das coisas que eu lhe fazia.

Legos - Perdia-se horas naquilo.

Monopólio - Jogar monopólio significava juntar os vizinhos e ficarmos até às tantas naquilo. Ora na casa de um de nós, ora nos passeios na rua. Mais que o jogo era o convívio que fazíamos e isso não tem preço.

Nenuco - Ainda mora lá em casa, o Nenuco loiro de olho azul. Anda tenho a "sobrinha" que gosta de ir para lá brincar com ele. E ele traz-me lembranças óptimas.

Carrinhos - Sempre fui uma Maria rapaz e gostava de brincar com os carros do meu irmão muito mais que com as barbies e as outras bonecas. Gostava especialmente de uns que mudavam de cor com a temperatura, então eu escondia-os no congelador/arca.

Bola - Inevitavelmente, tudo o que tivesse uma bola eu parava no tempo, Ora jogar futebol, ora jogar basquetebol, ora jogar ténis, ora jogar voleibol.

#52semanas

E vocês, com o que brincavam mais que vos dê uma saudade só de falar?

04
Dez15

Coisas que me dão a noção de como o tempo passa! *15*

Maria

Eu sou do tempo do “e vai milho”; do brincar ao elástico; à cuca ou às escondidas; de brincar ao 1,2,3 macaquinho de chinês; de jogar à macaca; ao berlinde, às fisgas. Sou do tempo dos walkmans (e do que era ter uma caneta para quando a fita das cassestes saía toda), dos walkie talkie (e da verdadeira aventura que era usá-los), das cassetes VHS (ainda tenho lá para casa algumas com gravações do Dragon Ball!!). Sou do tempo das chiclas gorila e das Peta Zetas. Sou do tempo de jogar futebol na rua e cada vez que a bola ia parar ao quintal dos vizinhos ouvir um raspanete. Sou do tempo de ir a pé sozinha para a escola e para a catequese. A minha mãe tinha mais que fazer que me ir levar. E no inverno quase nem me mexia pelo caminho com as camisolas quentes, o kispo, o gorro, o cachecol e as luvas, claro o guarda-chuva e a mochila carregada. Sou do tempo de brincar às casinhas nas árvores cá fora. De dar uns murros no saco de areia pendurado no alpendre e as mãos ficarem a doer até mais não. Sou do tempo de jogar monopólio na rua com as crianças vizinhas. Do tempo de chegar à varanda e chamar bem alto pelo nome da minha amiga para combinarmos ir brincar as duas. Sou do tempo do triciclo e nunca houve cá nada a motor. Contando que na maior parte das vezes ficava com o que já tinha sido do meu irmão que era mais velho e não dava para comprar para os dois. Mesmo que fosse cor de rapaz. Btw também sempre fui uma Maria rapaz. De jogar tetris na game boy e do Super Mário na Super Nintendo (coisas que ficavam para mim do primo rico de Lisboa). Sou do tempo do jogo do galo, do jogo do stop com as palavras, do quem é quem. Sou do tempo de as aulas acabarem e ficar na escola, no recreio de terra batida, onde com duas latas ou pedras fazíamos as balizas, até anoitecer. Sou do tempo de ir sozinha passear o cão, mas quem me passeava era ele. Sou do tempo de chegar a casa toda arranhada das silvas mas quem me curava era a minha mãe. Do tempo de pegar no lanche e pôr na mochila juntar-me com os primos e amigos e ir conhecer as montanhas, hoje são trails. Sou do tempo de todos os vizinhos saberem quando o jantar estava pronto, ou de quando estava a demorar a entrar em casa pois a "chamada" baseava-se quando a minha mãe gritava “Maria já para dentro!”, quando chamava pelos dois nomes próprios era malha na certa. Não havia cá telemóveis. Computador e Internet era coisa para os pais empresários. Sou do tempo dos joelhos todos esfolados das quedas de bicicleta porque claro não usava capacete muito menos joelheiras.

As crianças hoje em dia são felizes. Oh pá mas antigamente é que éramos. Há uma felicidade na inocência que se perde nos dias que correm. A inteligência de mexerem num smartphone tão pequeninos, jogarem no tablet e na playstation. Terem todos os brinquedos que querem de ultima geração. Verem todos os dvds do x e da y. Terem um carro que as leva à porta da escola e as vai buscar, mesmo morando a 200 metros. É outro mundo. O mundo está diferente. Mas o antigamente dá uma saudade quando olho para a infância de agora! Como o tempo passa, como as coisas mudam.

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AVISO

 

Não se esqueçam dentro de dias o endereço do blog vai mudar para: sorrisoincognito.blogs.sapo.pt

 

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