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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

28
Jun19

Cafarnaum - "Prepare-se para ficar perplexo"

Maria

 

Há muito que não via um filme tão forte em termos emocionais, psicológicos e com aquele murro no estômago de uma realidade que existe. Que nós sabemos que existe. Mas que no fundo, não sabemos o quão má, podre, desconcertante, desgastante, imoralmente real, triste, dolorosa, atordoante, impensável  e infeliz pode ser essa realidade.

"Em tribunal, decidido a processar os próprios pais, Zain de 12 anos, pergunta por que é que eles o trouxeram ao mundo se não tinham condições, emocionais ou económicas, para cuidar dele. Em retrospectiva, num cenário de devastação e pobreza algures no Líbano, é revelada a sua história e as razões que o trouxeram ali.
Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes (onde mereceu uma ovação de pé e o Prémio do Júri), um filme dramático com assinatura da realizadora libanesa Nadine Labaki ("Caramel", "E Agora, Onde Vamos?"), nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. No elenco participam Zain Al Rafeea, Yordanos Shiferaw, Boluwatife Treasure Bankole, Kawthar Al Haddad, Fadi Kamel Youssef, Cedra Izam, Alaa Chouchnieh e também a própria Nadine Labaki."

 

 

Pobreza extrema. É a lei do desenrasca a fazer valer-se por si. É o não ter condições nenhumas. É o fazer o possível (e impossível) para tentar sobreviver sem saber o que na realidade deve ser viver. Surge um miúdo que de uma forma arrebatadora luta por alguma dignidade dos direitos humanos numa família que não tem a base para lhe educar sequer isso. Mas que ele não parece fruto da não educação que lhe deram. Que faz acreditar que há pessoas que têm um coração do caraças mesmo quando não têm nada, mas querem fazer ainda a diferença. E isto vindo de um miúdo é de partir o coração.

É assim que se fiquei no fim do filme. Arrebatada com tremendo aperto por uma história tão atordoante.

Este miúdo Zain, merece o melhor prémio pela desgastante personagem que faz. E sempre no melhor. Fantástico trabalho. Com expressões que nos tocam mesmo.

Valeu bem a pena.

30
Set18

Um murro no estômago!

Maria

Há lugares que eu acho que todos devíamos visitar na vida. Uma vez que fosse.

E partilhar.

Não é para sentir pena das pessoas. É para quando muito, sentir pena de nós próprios quando nos queixamos de merdas insignificantes. Mas sim para dar valor. Para nos fazer sensíveis ao próximo.  Para ter um "cara a cara" com realidades tão diferentes. E com um amanhã do qual não sabemos o que esperar.

 

Estive esta tarde numa conversa com um senhor de 88 anos que não conheço de lado nenhum. Desabafava. Comovido. A mulher tem um cancro galopante. Apareceu há cerca de três meses e está a sentir-se muito sozinho. Ainda há pouco passeavam pelo Alentejo.. De lágrimas nos olhos contava. "Às vezes conhece-me outras vezes não, isto é triste"... "Queria que fosse eu e não ela" dizia-me. Enquanto ela nos olhava. "Leva-me a passear. Até já" disse ela.

Tudo naquele quarto quente, mas frio. 

Caraças, aqueles murros no estômago. Isto é amor. E a vida devia ser de amor.
E esta minha mania de dizer que não gosto de domingos. Hoje é domingo. Que bom 

[Isto aconteceu hoje, numa unidade de cuidados  continuados.]

06
Dez17

A nova novela da Tvi

Maria

Estes dois últimos dias, à noite fiquei por casa. E deu para fazer zapping em tudo. Foi dia da estreia da nova novela da Tvi. E eu assisti.

As novelas acompanham muito a época em que se está. No entanto, o exemplo que se dá ao mostrar o estado dos dias de hoje, não sei se incentiva mais quem vê. Torna tudo demasiado banal.

Mas que retrata muito bem a época em que estamos. Retrata.

Armas. Crimes. Facilidade em matar. Dinheiro. Negócios. Frieza. Paixão. Violência. Sexo. Traição. Mentira. Omissão. Preconceito. Ambição desmedida. Duas caras. Jogo Duplo.

Já há muito que as novelas deixaram de ser "tudo um mar de rosas e foram felizes para sempre". Mas é nesta violência, ao próximo e pessoal, que o mundo se tornou?

25
Abr14

25 de Abril

Maria

Não sou a mulher ideal de hoje muito menos a mulher ideal de há 40 anos atrás. Agradeço por não ter vivido no antes 25 de Abril de 1974 e agradeço a tudo aquilo que foi conquistado, a todos principalmente a nós mulheres. A liberdade está nas coisas tão simples do hoje no nosso dia-a-dia, desde o podermos opinar; o dizermos «não quero»; o poder de trabalhar; o poder decidir sobre o casar ou não, com que idade e com quem; o poder de não ser apenas e só um produto/objecto do homem; usar isqueiro sem ter que tirar licença; poder falar de política. Tantas e mais coisas que, por mais que nos dias que correm estejamos perante um governo que insiste em apertar um cinto de maneira até que a respiração nos seja restrita, segundo o que me foi ensinado do antes 25 de Abril, temos que comemorar uma liberdade que se conquistou. Sempre, Viva a Liberdade!

20
Jan13

Do ser animal!

Maria


Uma reportagem obrigatória a ver. É nestas alturas que quem não ama os animais é porque olha para eles como simples objectos, quando na realidade, são seres com sentimentos e que têm uma capacidade de nos surpreender e de nos ensinar.

Quanto mais conheço certas pessoas mais gosto do meu cão, digo isto muitas vezes e a verdade é que depois de ver e ter noção de situações como estas, os animais merecem muito mais respeito que aquele que se lhe dá.

27
Out11

Línguas...

Maria

Eu adorava falar todas as línguas, vá muitas (admiro muito quem o sabe). A pensar um bocadinho é muito triste a distância que se faz entre pessoas quando a língua as separa. O tu quereres criar qualquer tipo de diálogo e nem um nem outro ter uma língua que falem em comum é triste mesmo. Uma língua que eu não pesco patavina é alemão. Oh god como eu fico parvinha a ouvir um alemão, ainda para mais em tom apressado, é qualquer coisa como se a ficha da conversa entre nós estivesse a cair e eu apenas ouvia ruído. Não vou lá das pernas. E nem fico com a sensação de um burro a olhar para um palácio, porque a língua alemã para ajudar, não é minimamente atractiva. Me desculpem os alemães, mas não é. Ou seja estou literalmente lixada!

21
Set10

Há um ano

Maria

Escrevi assim:

"Não há reacção. Não sou eu de certeza, um outro alguém se apoderou do meu corpo. O simples respirar hoje acordou diferente. Ofegante. Há um coração desconhecido, que bate contrariando o sossego em que se quer encontrar. Sinto um calor arrepiante, ou um frio caloroso que me percorre a espinha que me arrepia os pensamentos e me distrai as células que ainda vivem… Há um formigueiro em meus lábios que me desperta, que me faz desejar o improvável. Há uma dor que envolve meus olhos, que personifica o brilho reluzente das lágrimas. Há um gritar dentro do meu corpo que é adverso ao silêncio que ele transmite. Há uma procura do meu olhar fugaz. Insaciado. Sinto um vazio repleto. Hoje as lágrimas são doces, a tristeza é esperança. Uma austeridade que desmoronou o que resta de um sorriso. Há uma dor que o meu corpo aprova, infame."

Tanto passou e hoje acordei a sentir estas palavras de outrora.

02
Ago10

Que chapada de realidade!

Maria

Quantas não são as vezes que encontramos páginas que deixaram de ter vida nas redes sociais, seja no facebook, hi5, em blogs… do outro lado quem lá estava não está mais. Como se por vezes se tratasse de uma história que está ali como um livro qualquer só que virtual. Mas do outro lado há vida. Há um ser humano. A maior parte das vezes não são histórias é simples e pura realidade. Através de um amigo meu tomei conhecimento deste blog. Este blog é do judoca Tiago Alves que faleceu no passado dia 21 de Julho vítima de cancro no estômago. Tinha sido criado há pouco tempo porque tudo aconteceu demasiado depressa. O ipponforlife tal como o próprio Tiago escreveu “o objectivo deste blog é para que você que está aí, conheça o meu processo e que se aperceba que o cancro pode aparecer a qualquer um de nós, ele não escolhe sexo, idade, raça, estado social. Basicamente o meu objectivo é sensibilizá-lo para o que é o cancro e tentar divulgar uma mensagem de força e esperança”. O Tiago tinha 18 anos. E porque estas mensagens nunca são demais, tinha mesmo que a partilhar.

12
Jul10

O Amor e a Vida!

Maria

Hoje alguém no auge dos seus cinquenta (?!) anos disse-me: "Sou feliz. Ou poderia muito bem ser. Tenho tudo para que assim me sinta. Na verdade falta o quase. O amor é a única coisa que hoje com a minha idade tenho a noção que te pode dar tudo e te pode tirar o dobro. Podes conseguir resolver todo o tipo de problemas, ter uma profissão de sonho. Ser reconhecido. Ter bons carros e uma boa casa. Se no amor não te sentires bem que interessa tudo o resto? Eu tenho dias que me apetece sair porta fora e gritar a todos que apesar da minha (aparente) felicidade, ainda hoje acredito que no amor não “a” encontrei. E isso faz com que haja dias que tudo é insignificante." Eu? Permaneci calada e pensei para mim mesma como é possível. (medo, muito medo).

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