"É Natal sempre que damos aos outros o amor que temos pelos nossos.
Foi o que tanto e tão bem fizeram, neste ano de 2020, os profissionais de saúde, dos transportes, do comércio e da restauração, bem como as forças de segurança, os bombeiros, os professores e muitos outros na sua missão de levar esperança e conforto a cada um de nós. Esta é a nossa homenagem a todos eles."
Das publicidades com lições dentro. Que vídeo bonito.
Já todos sabemos que Novembro é o mês dos maiores descontos. Isto devido à melhor BlackFriday do ano.
O termo Black Friday já vem do final dos anos 80 nos Estados Unidos da América. Este conceito da Black Friday acontece por lá, na sexta-feira a seguir ao dia de Acção de Graças, que é na quinta-feira da quarta semana de Novembro, e é o dia em que os comerciantes fazem os maiores descontos aos seus clientes. Ao ponto de haver pessoas a fazerem fila bem antes das empresas abrirem para não perderem o produto que mais desejam ao melhor preço.
Este conceito ultrapassou fronteiras e já ninguém escapa à famosa blackfriday, apesar de já se fazerem muitas durante o ano, nenhuma vem com os supostos descontos surreais da verdadeira BlackFriday de Novembro.
A EscapeShoes também aderiu a este conceito. E nem precisam de se levantarem mais cedo ou esperar pelas primeiras horas do dia 29 de Novembro, podem já espreitar os melhores descontos mas apressem-se. Dêem um saltinho à loja online para ver os maravilhosos descontos que têm em grandes marcas como a Converse e aproveitem os 50% desconto em sapatilhas da moda, ou outros descontos em marcas como a Coolway, a Lemon Jelly, ou mesmo alguns modelos da Cubanas a 40% desconto.
Lembrem-se de que na Black Fridayos preços são tão chamativos que fazem os produtos esgotar muito rápido, por isso despachem-se a ir à loja online da EscapeShoes e aproveitem neste mês, os descontos da melhor maneira!
Se há coisa que eu gosto é de publicidades com lições dentro. Esta é mais uma. Simples. Directa. E verdadeira.
Há quanto tempo não brinco?
Sei lá, desde hoje de manhã, quando o meu chefe deixou cair uma parte da maquina de café, sujou tudo e eu não resisti a "já fez o seu contributo para o dia da criança"!
Sim, eu por norma sou uma pessoa que brinca sempre. Nunca me esqueci disso. Mas acho que é uma das essências da minha vida. Do meu sorriso. Da minha genuinidade.
Quem me conhece sabe isso.
Estamos perdidos num mundo que cada vez mais se fecha no mundo de cada um, no mundo da internet e dos smartphones(essencialmente). E a cada dia que passa matamos mais um pouco a criança que há dentro de nós e alimentamos mais um pouco as crianças que hoje crescem nas tecnologias.
Eu continuo a querer brincar todos os dias.
Se há coisa que agradeço é puder sair do escritório, e puder brincar com as "minhas" crianças. Sou a palhaça de serviço dos meus sobrinhos/as. Faço caretas piores que a deles e deito a língua de fora. Sento-me no chão para brincar na casa das bonecas. E continuo a fazer de conta que como o bolo de plástico que me preparam nas cozinhas de meio metro. Sou a primeira a calçar as sapatilhas para ir jogar à bola. E já joguei à macaca num bar para manter o sobrinho acordado! Dou a cara para fazerem maquilhagens maravilhosamente estranhas. Ajudo sempre a fazerem bolas de sabão. A mudar as roupas das bonecas. Ou a desenhar mesmo que seja péssima em fazer uma única linha. Nunca digo que não às escondidas, continuo a fingir não as ver e escondo-me sempre com o "rabo de fora" só para ouvir aquelas gargalhadas maravilhosas.
Mesmo em casa, continuo a entrar em bicos de pés e a "assustar" com um "buuu" os meus pais quando me lembro só para rirmos juntos da parva que continuo a ser.
Acreditam que há coisa melhor que isso?
Eu não.
Permitam-se a isso. Brinquem. Não deixam de ser quem são. Continuo a querer fazer todos os dias o meu trabalho melhor. Continuo a ter uma empresa em que todos os dias tenho que me empenhar. Continuo a ter que lidar com fornecedores, clientes e a ter reuniões chatas. Continuo a ter que fazer contas. Gerir contas. Saber o que é o Iva, pagar à segurança Social e lidar com prazos da AT. Continuo a ter que "ler" medidas de projectos. Mas não abdico de trabalhar para que a criança que existe dentro de mim não me morra.
(Sabem aquele momento em casa que as crianças dizem "anda brincar comigo" e vocês respondem que estão cansados porque se querem sentar no sofá pegar no telemóvel e ir para as redes sociais? Esqueçam isso)
É claro que, confrontados com uma imagem de alguém a precisar de ajuda, ao nos questionarem a nossa atitude, com certeza vamos dizer o correto. Ajudaríamos. Ajudávamos a atravessar a passadeira, a apanhar alguma coisa que deixou cair, ajudávamos alguém perdido, alguém a carregar um saco ou a levantar-se depois de ter caído. Mas depois na prática, será que não estamos demasiado focados no nosso mundo a caminhar no mundo?
O anúncio é de uma rede de supermercados da Alemanha - Edeka. E a mensagem que passam é brutal.
Um idoso chega a casa das compras e ouve as mensagens que tem no telefone dos filhos a dizer que não podem ir passar o Natal com ele. Prometem que o fazem no próximo ano. Mas parece que passam três anos e ele continua sempre sozinho à mesa na noite de Natal.
Depois vê-se os filhos a receberem cartas e mensagens a dizer que o pai morreu.
Regressam então a casa para o velório do pai, de luto, mas quando entram em casa encontram a mesa posta e o pai na cozinha.
“De que outra forma conseguiria que estivéssemos todos juntos?”, pergunta.
Um anúncio de supermercado mas com a verdadeira mensagem de natal. O que realmente importa. O espírito. O Amor. “É tempo de voltar a casa”!
(para quem não percebe alemão, aconselho a activar as legendas em inglês)
Confesso, ontem quando vi o vídeo pela primeira vez emocionei-me. E cada vez que o vejo volto a emocionar-me. A mensagem é muito forte. E diz-me muito. Às vezes há mil e uma razões para estas coisas acontecerem, porque a vida assim o permite, mas depois há uma razão maior que todas que faz não ter desculpas. E isso é tão triste. E dá-me muito medo. Isto sim. Porque sou muito deles. Dos meus. Dos que estão perto e dos que não estão. Mesmo que por mil e duas razões muitas vezes as coisas não sejam como nós queremos. Ou desculpas, sei lá. A vida é isto. E isto é uma lição, concordam?