Diz a Rádio Comercial que hoje é dia do anel no dedo. Aproveita e pergunta "Tem um anel de casamento no dedo? Há quanto tempo é que aí está, conte-nos lá. Em que situações é que o tira? Já o perdeu?".
Pois bem, eu uso um anel no dedo todos os dias salvo raríssimas excepções, mas não é um anel de casamento, chamemos-lhe amuleto. Eu pelo menos olho para ele como o meu amuleto da sorte. Anda por ali à cerca de dezassete anos. E todos os dias o tiro quando chego a casa e todos os dias pela manhã o ponho antes de sair de casa. Gosto mesmo de a ter por perto. Mas já conta com algumas peripécias. Além do que já referi de quando o tiro, tenho como mania bem infiltrada sempre que lavo as mãos e por hábito muitas vezes ao dia, tirar qualquer anel que tenha, nomeadamente esta aliança. Uma das situações mais caricatas que já me aconteceu e que nunca mais esqueci por ter sido realmente o maior susto por quase a perder foi a situação que já aqui contei mas que transcrevo novamente.
"Tenho uma mania estrondosa de tirar os anéis para lavar as mãos. E o mau é que seja lá onde for o faço. Pois se quando chego a casa a primeira coisa a fazer é tirá-los e não vejo mal nenhum nisso, o mesmo não me agrada noutros sítios. No trabalho é constante as vezes que os procuro, porque ora ficam em cima da secretária, ou no balcão, ou no lavatório do WC. O pior mesmo são as casas de banho públicas. Quando entro é quase imediato me lembrar que não os posso tirar porque provavelmente me vou esquecer deles, a verdade é que são raras as vezes que não os tiro e até à data apesar dos tirar nunca perdi um, já dei meia volta mas lembrei logo, agora deixar mesmo lá népias. Um dia destes, em pleno Dolce Vita no Porto, depois de uma conversa sobre esse mesmo assunto com uma amiga, fomos ao wc. Conclusão, Maria vai lavar as mãos e trazia a aliança a qual prontamente tirou e pousou no balcão. Conversa puxa conversa, limpa-se as mãos e vai-se à vidinha. Já no parque de estacionamento, estou eu quase a entrar pro carro o telemóvel toca era uma amiga a dizer que lhe tinham rebentado as águas e já ía a caminho do hospital. Uns dez minutos a contar-me os passos da sua aventura. Quando vou a ligar o carro eis que noto que algo me faltava. A aliança pois claro. “Ficou na casa de banho” diz a minha amiga. Aquilo foi sair a correr, em pleno elevador já eu dizia que não ia lá ter nada que depois daquele tempo todo o anel já era. Estou a chegar à casa de banho com mulheres a sair eu mais convicta que a volta era em vão e mal entro lá estava ela, em cima do balcão. Eh pá, nem vos digo nem vos conto o que senti. Tão bom não ter ficado sem ela. Muito mais porque ela tem um valor simbólico que nada em troca me daria igual. Aprendi a lição, mas como isto é uma mania daquelas, não sei é até quando."
E vocês? Têm aí um anel do dedo com peripécias para contar?