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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

28
Jun23

Maria, o que trouxeste das férias?

Maria

Sono. Muito sono. Mas a "mochila com mais bagagem"!

Sorrisoincognito

 

Tirei férias este mês. Este mês que começou por me sugar muita energia. Foi o trabalho que me deixava de rastos todos os dias. Acumular de situações que não estava a conseguir ter mente sã para gerir e que todos os dias assim que saía do trabalho só queria mesmo era aquele momento em que deitava a cabeça na almofada e trabalho. Foi complicado. O mau humor que não é nada meu começou a fazer-se sentir. E mesmo de manhã quando saía de casa parece que já vinha do avesso.

Mesmo na semana para entrar de férias, para se juntar à "festa" apanhei uma virose que me deixou de cama e que uns dias a casa de banho foi mesma a minha melhor amiga. Ao ponto de ter que adiar a minha ida de férias pelo menos um dia porque não estava pronta para fazer a viagem. E depois lá fui eu rumo ao sul. Quem anda por aqui algum tempo sabe o quanto gosto de ir dar um pezinho ao sul. Daquele lado estava a minha melhor amiga à espera e pessoas que fui conhecendo e sempre que vou mais conheço. E foi uma semana de muito boa onda. Acordei sempre cedo e no que toca ao sono não foi espectacular mas eu sou aquela que se está de férias é para aproveitar, desde o primeiro minuto até ao ultimo e só Deus sabe o que me custou aquele primeiro dia de ferias de cama!

A água a sul estava óptima (melhor que em Agosto passado que lá estive) e aquele primeiro mergulho no mar revigora qualquer alma que ande do avesso. O ar, os cheiros, a maresia. A pele a ganhar tom, a cerveja fresquinha com os pés na areia. As gargalhadas de amizades que valem ouro. As confidencias, os jantares, os brindes. As caminhadas. O cabelo molhado. O conhecer novos sítios. O ver sorrisos novos. O chinelo no pé. O voltar onde já se foi feliz e ser novamente feliz. As experiências novas. O ficar em casa na conversa porque sim. O de repente dar vontade de sair e ir. O não ter propriamente horas marcadas e fazer o que dá na gana. Estar constantemente descabelada e mesmo assim não estar nem aí. As sangrias de maracujá que me conquistaram. Conhecer novos restaurantes e não deixar de ir àqueles que têm visita obrigatória.

Foi bom. 

Fiz a viagem de comboio e em plena época de greve correu tudo bem. Vais livre de preocupações. Não te cansas a conduzir, fica mais em conta e ainda aproveitas para ver uns filmes e umas séries.

IMG_20230627_161407.jpg

Venham as próximas que estas já foram e foram-me felizes!

Só agradeço!
Está tudo certo, portanto ❤️🍀

Podem sempre acompanhar todas as novidades pelo Facebook. Ou pelo Instagram - @sorrisoincognito 》

01
Jun20

Efeitos colaterais de uma quarentena

Maria

Não sei se será o melhor título.

Poderia ser "efeitos secundários de uma quarentena", no entanto, sinto que estes efeitos a que me refiro nem sempre estão em segundo plano. Adiante.

Vivi 67 dias de quarentena. Confinamento. O que quiserem. Saindo à rua por raras excepções e pelo menor tempo possível. Isso, ficarão histórias para contar.

Primeiro estranhei, depois entranhei. Como quase tudo na vida. Novo. 

Na verdade a minha quarentena não foi assim tão má e não deprimi, foi o que mais temia sempre. Porque uma pessoa sabe que um pé, neste tipo de confinamento está sempre ali na corda bamba entre o vai ficar tudo bem e o isto vai descambar e eu vou atrofiar e vamos lá rezar a todos os santinhos a ver se a sanidade mental não se vai pelas costuras. Foi mais ou menos assim. Graç'à Deus nunca senti isso e a coisa fez-se mais ou menos bem.

Vir trabalhar fez-me super bem. Mas... há sempre um "mas". Primeiro tive medos até os partilhei por aqui. Muitas vezes por saber exactamente que, não ficará tudo bem para todos e isto está, longe de "acabar".

E nós vamos/estamos bem diferentes. Não necessariamente para aquilo que de início idealizamos. O desconfinar é um processo e tanto. Mas desconfinar da pessoa que éramos é outro processo. O sermos melhores, mais resilientes. Mais solidários, mais próximo do próximo (não necessariamente fisicamente)... não é algo que de repente quem não costumava ser, passará a ser.

IMG_20200601_141215_734.jpg

 

Mas quero aqui começar uma nova fase na minha vida.

Queria muito que Junho fosse um mês que me fizesse um bocadinho mais feliz.

Entendedores entenderão.

Acordo super bem disposta, ando super bem disposta. Rio imenso. Apetece-me ser feliz. Ser mesmo melhor pessoa, mas depois há alturas do dia que sou tipo invadida por um mal estar pessoal (não de saúde), mas que não me sinto bem, que não me acredito no - tudo vai ficar bem - que me dá medo, que me deixa frustrada por estar desiludida com algumas pessoas, por continuar às vezes a ter esperança em que sejam comigo como sou com eles. Por ter alguma coisa mal resolvida e que de quando em vez "assombra-me". Por ter o calcanhar de Aquiles a jeito de me magoar. E não quero. Por ter coisas menos boas que não me largam e eu estou cada vez a deixar que me irritem.

Queria muito que Junho fosse uma motivação. A minha continuação num foco que me desliguei e que abandonei o barco não à deriva mas ali a uma rocha perto. Queria muito voltar a ter esperança em pessoas. E estou ansiosa por abraçar pessoas que estou a sentir demasiado a falta de as sentir, que me fazem super bem e que são necessárias para o meu bem estar. E para naturalmente não deixarem a minha sanidade mental pela hora da morte. Estou a precisar de rir com essas pessoas. De desabafar. De olhar só nos olhos porque elas saberão o que eu preciso. E estou aqui de corpo e alma para os meus, para lhes passar esta energia e boa disposição que ainda se sobrepõe aos dias menos bons. E às horas que amolecem.

Junho acredito em ti. E em mim ♥

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