Somos todas "Ronaldas". Ou então não.
É por estas e por outras que ainda me lembro, no dia em que estava sentada na esplanada daquele café (que agora não me lembra o nome) ao lado da tua loja na Madeira e que tu chegaste, eu pus-me andar na hora. Não vá por acaso tirar uma foto contigo e depois no dia a seguir eram páginas cor-de-rosa e aberturas de jornais nacionais com aquela nossa fotografia estatelada. Eu ainda fui espreitar-te à varanda do meu irmão tal era o aparato cá fora, mas nada mais e num ápice, é que o meu irmão por acaso não vai muito na tua onda. Ele não liga a futebol. E quando no dia a seguir vi nos jornais que tu tinhas ido à promenade benzi-me três vezes por não me ter cruzado contigo enquanto fui andar não fosse o diabo tecê-las e ia ver-me negra para voltar da ilha. Mas também tenho pensado cá para mim e sem que ninguém me oiça, e se as coisas tivessem sido diferentes? Talvez pelo menos nesse dia não tinha voltado descalça depois de quase estatelar-me no chão ao rebentar um chinelo (ou havaiana como queiram). Ou então aparecia no dia seguinte nos jornais com o título “Ronaldo com desconhecida descalça em plena promenade”. Afinal de contas cheira-me que temos tudo para dar certo.
Quando voltamos à ilha?