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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

17
Set18

Escola

Maria

Hoje é o primeiro dia de escola para todas essas crianças e adolescentes.

Uns iniciam aqui uma nova caminhada outros continuam a caminhada de anos anteriores.

Completamente diferente do meu tempo, hoje em dia a escola é todo um mundo diferente. Lembro-me que, quem me acompanhava à escola quando muito era a minha cadela, Fifi, pastora alemã. Isto na primária. Nunca os meus pais me levaram à escola. Inclusive até ao 12º ano. Mas já ir buscar... na primária a minha mãe teve que o fazer algumas vezes porque eu esquecia-me de ir para casa no fim das aulas e ficava a jogar futebol com os miúdos.

Hoje relembro os primeiros pensamentos de cada fase da escola.

Na primária: Temos todo este recreio para jogar futebol?

No ciclo: O meu cartão de estudante diz autorizada a sair! Os meus pais são uns fixes.

Liceu (para onde passei já no 7º ano): isto é que é escola. Só gandulos. Tantos campos de futebol. Não quero moral. Aquele café ali tem uns lanches capaz de me fazer chegar atrasada.

E foi isto.

Dá saudades. Agora. Porque no nosso tempo também com certeza tivemos a fase de não querer estudar mais, de não querer ir à escola. Daquilo ser uma seca. E devíamos ter aproveitado bem mais. Agora nesta vida de adultos, oh tempo de escola, volta! Isso e férias da escola é que era.

Bom ano lectivo. Aos meus pequenos. Ao meu sobrinho. Ao longe com eles no coração <3

14
Mai15

Se não respeitares o outro, quem te vai respeitar a ti?

Maria

No dia em que o meu sobrinho com cerca de 4/5 anos chegou a casa do infantário a dizer o “António” deu-me um murro. Perguntamos e tu que lhe fizeste? E ele com um ar que a coisa tinha corrido bem disse “Apertei-lhe o pescoço”.

Da nossa parte teve um estiveste bem. Foi um chega pra lá. Único e pontual. O restante blábláblá nem foi preciso porque já se lhe tinha ensinado que nada justifica a violência, mas há sempre um “mas” (porra se há!). Com certeza outros concordam outros tantos vão discordar. Mas o que eu sei é que esse menino “António” andava-lhe sempre a importunar, a ser chato, a espicaçar até ao dia que o meu sobrinho se cansou de deixar andar e “respondeu”. Falamos aqui de crianças, miúdos no infantário, sabemos que nada com agressividade mas são idades em que a nossa personalidade está a desenvolver-se.

Foi-me ensinado (e ensino) que nós somos todos diferentes. Há sim pessoas com instintos bons outras menos bons e há pessoas, quer se aceite ou não más, ponto final. Há coisas em nós que já vêm programadas mas as demais vão-se delineando. Pois então foi-me ensinado que “quanto mais te abaixares, mais te vêem o rabo”. E a verdade é que se deixarmos ser um saco de pancada iremos ser sempre um saco de pancada – passo a expressão.

Não estou com isto a dizer que vamos agora andar aqui todos a responder na mesma moeda e se vem um com violência partimos também para a violência. Claro que não e longe disso. Mas em todos os casos, e todos os casos são diferentes, há excepções.

No todo de todas estas histórias que vão aparecendo, de miúdos cada vez mais mal educados, violentos, babujeiros, badalhocos, inoportunos, sem respeito pelos outros e sem se darem ao respeito (e atentem miúdas que infelizmente estão a crescer piores que os rapazes). De filhos que não obedecem, que se fazem até para os pais, que ninguém lhes exerce autoridade, que andam na vidinha deles sem que alguém se lhes ponha rédeas e limites…

Atentem, eu já fui miúda. E travessa. Tinha opiniões muito minhas, raramente pedia, gostava mais de afirmar. Batia o pé e rodava a baiana. O recreio da escola era a minha perdição para ficar a jogar futebol e chegar tarde a casa. O meu pai nunca me deu uma sapatada que fosse. Já a minha mãe todas as que me acertou foram bem dadas. E algumas recordo-me bem. Os meus longos cabelos até lhe davam jeito e nem por isso fiquei traumatizada a ponto de o usar agora curto. Mas fui bem a tempo de sair cedo e ganhar-lhes a confiança. De ter educação para com os outros, sempre, mas ter-me respeito por mim mesma, faz de mim a pessoa que sou hoje. Hoje não se pode dar um estalo num filho ou puxar-lhe a orelha porque fazem queixa. Hoje as pessoas não têm tempo, logo menos paciência e não chegam a acompanhar nada. Quando vão a ver “ai não pode ser, o meu filho/a era incapaz de tal coisa”.

Depois é isto. É o que se vê. É o que se tem visto. Mas isto que vai parar às redes sociais é uma percentagem mínima do que vai por aí. Já experimentaram sair à noite e ver a educação dos miúdos que andam por lá? A postura deles? Já experimentaram perguntar a adolescentes do porquê de certas situações a acontecerem na escola? Como eu já ouvi “aquela faz não sei o quê para se manter no grupo”; “aquele fez isto porque aquele mandou”. Right. Cada cabeça sua sentença. Mas tenho pouca fé em muitos jovens que andam por aí para o nosso amanhã. Para se ser homem e mulher não basta sê-lo apenas pelo sexo com que se nasceu. E acreditem que um dia mais cedo ou mais tarde vão perceber que o ser bonito por fora estará longe de vos fazer ser uma boa pessoa, ou menos boa, ou má. E geralmente acabam por descobrir da pior forma.

Acreditem que o ter piercings e tatuagens porque sim. O andar com a barriga à mostra e com etiquetas de marcas caras. O ser a miúda mais gira do bairro ou o bad boy que todas idolatram, o terem iphones, ipads e afins de i’coisas com 4987 amigos no facebook, o terem twitter, flickr, instagram não farão de vocês amanhã alguém na vida. O ser o mister do grupo também não, porque amanhã esse grupo vai na volta e deixa de o ser. É preciso um bocadinho mais. A começar por valores. Educação e respeito. E nem precisa de ser para com os outros, para com os velhinhos ou com as crianças. Basta começar por vocês mesmos. Dar-se ao respeito isso sim é bonito. E está sempre na moda. Eu sei que há idades em que a visão é turva e não deixa ver isso, mas acreditem que é melhor usarem óculos mais cedo e mais tarde não precisarem deles que vice-versa.

22
Out14

Conversas... Ups! *34*

Maria

Ao telefone com o meu sobrinho (6 anos) depois da escola:

Eu: Então já acabou a escola?

- Sim.

Eu: E correu bem?

- Sim.

Eu: Então e que me contas do teu dia de escola?

- Sabes, nada que seja interessante para ti, Maria!

Eu: ah bom… E então agora que já estás por casa que andas a fazer?

- Também nada que te seja interessante saber!

Eu: (perante tanta rapidez notória em me despachar) Olha lá, estás a jogar?

- Não! Mas olha, será que posso ver os desenhos animados descansado?

Toma lá que já almoçaste Maria!

17
Set14

Ciscos nos olhos e quilómetros de distância.

Maria

Esta cena da distância das pessoas é do caraças. E por muito que nos dias que correm com as novas tecnologias dêem para suportar muita coisa, a verdade é que perdes tanto dos outros que te estão distantes. Nós somos uns seres que nunca nos satisfazemos com nada de jeito e não dá-mos graças áquilo que temos de bom na vida. Mesmo aquelas pequeninas coisas que até já são rotina e que nos fazem um dia acordar e dizer “porra, estou farta desta rotina”. Há mesmo quem não tenha essa rotina. Simples, fácil e feliz para muitos. Impossível para outros.

Hoje o meu pequeno vai para a escola. Está um crescido. Como o tempo passa. Hoje o pequeno vai para a escola e eu gostava de estar lá para ver, nem que fosse ao longe por entre os pingos da chuva e as grades da escola a ver como o mundo dele hoje muda. Hoje gostava de o ter visto a acordar e ouvi-lo dizer que estava com medo, estar lá, segurar-lhe na mão e conter as minhas lágrimas perante as dele. Gostava de ter tomado o pequeno-almoço com ele mesmo que à pressa. Gostava de o ter ajudado a pôr a mochila nova às costas e a apertar as sapatilhas do benfica que detesto. Hoje gostava de lhe dizer que ele vai conhecer novos amigos e que vai ter muitos, assim como no infantário. Que vai aprender muitas coisas boas e todos os dias vai trazer novas aventuras para contar. Gostava de lhe dizer que vai encontrar algumas Eduardas mas que também vai conhecer Santiagos a quem lhe vai apetecer apertar o pescoço. Hoje, gostava de o ter ajudado a entrar no carro e fazer com que até à escolinha risse com a palhaça que tantas vezes sou. Gostava de lhe ter dado a mão até ao portão da escola e dizer “isto passa rápido, já já estou aqui para te vir buscar”, ou que “depois logo passamos ali no Lido e brincamos um pouco”. Hoje gostava de ter saído da escola dele de coração nas mãos e derramar rios ao entrar no carro já longe da vista dele. Mas entre o querer e o poder há a merda da distância.

Hoje nesta nova etapa na vida dele, estou aqui, longe. E estes ciscos nos olhos que vão pro rai’que os parta. Que me inervam. Ciscos nos olhos e quilómetros de distância. Grande merda.

12
Set14

As saudades que eu já tinha do regresso das aulas.

Maria

Como sabem vivo na aldeia. Isto não é assim tão paz e sossego como imaginam mas também não é uma capital em hora de ponta. Tem os seus “ses”. Tem muitas peripécias para contar. Tem muito que se lhe diga. Falo do trânsito. Mais que isso da condução das pessoas. Se em muitas cidades perdem a cabeça pela hora de ponta e as filas e o trânsito caótico, por aqui sinto isso em relação a quando começam as aulas. Isto é muito “peace and love” no tempo das férias escolares e a diferença na estrada é brutal. Principalmente pela manhã, ou pelo menos porque eu entrando ao trabalho às 9 horas apanho de tudo. E já estava eu habituadinha a este sempre a andar, até que hoje ao chegar perto do trabalho com escolas mil pelo caminho estava capaz de pôr a cabeça de fora dizer uns palavrões e com certeza fazer uns malabarismos com os dedos. É verdade. É que por aqui as pessoas além de fazer merd@ acham sempre que eles é que sabem e quem quer andar que se desenrasque. Apanhei filas de trânsito qual entrada na A4 qual quê, apenas na zona das escolas. E então porquê? Vamos por parte. Mulheres. É pá, contra mim falo por sê-lo, mas há mulheres com um sentido muito fechado de regras de condução. Estacionam em qualquer lado, em cima do passeio, em segunda fila, nas curvas, em cima das passadeiras, não há piscas, nem “espera aí que deixo-te passar e abro a porta”. Nada disso a única regra é parar o carro o mais perto do portão da escola. E depois há todo um filme à volta disso. E por terem uma criança com elas pensam que podem tudo, atravessam na estrada com elas pela mão ou ao colo, porque nós condutores temos que ter a consciência que elas vão atravessar a qualquer momento. Inclusive já apanhei uma senhora sair do carro com a filha pela mão e arrancar para dentro da escola deixando o carro estacionado na via de circulação com a porta do carro completamente aberta do lado da estrada. Hoje começou bem. Que saudades que eu tinha disto. De pessoas que não imagino a conduzirem numa cidade com trânsito considerável. De pessoas que moram a 50 metros da escola e que só tiram o carro da garagem para levarem as crianças à escola ali ao virar da esquina. Ahhh saudades.

23
Abr14

Coisas que me dão a noção de como o tempo passa! *13*

Maria

Eu sou do tempo em que portava-me mal na escola e a minha mãe era chamada, saía de lá e levava umas sapatadas da minha mãe, ai que não levava, para aprender que os professores eram para se respeitar. Agora os encarregados de educação quando são chamados, quase que batem nos professores, isto se os filhos já não tentaram o mesmo.

24
Mar14

Em dia do estudante

Maria

Um dia destes, aqui no escritório falava-se sobre os jovens de hoje em dia, sobre a educação que têm, sobre o desmazelo e “deixa andar” de muitos pais, sobre os professores terem a culpa de tudo, sobre as meninas que engravidam por obra do espírito santo e os meninos que se metem na má vida pelas más companhias. Falava-se de, cada um com conhecimentos de causa sobre conhecidos, que hoje em dia podem quase não ter o que comer em casa e viverem uma vida com dificuldades mas estão sempre agarrados a telemóveis cada vez melhores e sempre com saldo, até que, o filho de uma colega que chegara a meio da conversa nos interrompe e diz: “pudera, hoje em dia, elas tiram fotos nuas, enviam para eles e em troca têm saldo no telemóvel”!

Apraz-me dizer que fiquei sem palavras. Realmente há uma juventude a crescer apenas em centímetros.

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