Foi mais ao menos há um mês que resolvi que isto não dá para estar sempre a alargar. Coincidiu com a mudança de guarda roupa e o aperceber-me que muita roupa do ano passado não me serve. Grande merd@ até porque gosto sempre da minha roupa e tenho calções tão giros que não passam a coxa. E aquilo além daquele murro no estômago deu-me um click. Eu já sabia dos quilos a mais. Aliás já aqui referi que desde o fim de 2017 engordei quase dez quilos. Coisa pouco o tanas! Mas o ano passado, depois de ir ao médico e contar este aumento, andei em "teste" (e a fazer medicação) a ver se é da tiróide que anda a fazer estragos. Passado meio ano vou fazer os exames a ver se já se encontra controlada para parar de ocupar cada vez mais espaço. Engraçado, fui esta semana à consulta e a primeira coisa que o médico me perguntou foi mesmo o "continuas a engordar?" olhando para mim "é que não parece nada". A ver vamos. Mas adiante que vim trazer novidades. Boas. Na esperança de ajudar com a partilha. E para me dar força a continuar.
Quem me conhece e me segue sabe que, nas veias corre-me este gosto e prazer pela comida. Por enfardar este mundo e aquele por estar sempre aparentemente larpada de fome. Nada mudou. Mas sempre fui daquelas que comia tudo e mais alguma coisa e o prato dos outros e não engordava nada. Nada. Mas depois que essa tiróide apareceu já não é bem assim. Quando anda controlada tudo muito bem, quando se descontrola é o Deus me acuda. E fecha a matraca.
Dietas nunca foi algo que procurei. Nunca fui a um nutricionista mas também nunca fiz uma busca desenfreada pela net à procura do milagre de atacar em três tempos aqueles quilos a mais.
No dia um de Junho, pesei-me e não gostei mesmo nada do que vi. Nesse mesmo dia que nada me servia e tive que pôr de lado as peças que tanto queria usar este verão (e vou usar!).
Pesei-me e lá estavam os dez quilos a mais. O chegar aquele peso que nunca na vida lá estive perto sequer. E aquilo mói. Não deixei de dormir por causa disso (já por não comer não digo o mesmo), mas ficou-me atravessado. Tinha começado as minhas caminhadas, mas a falhar como as notas de quinhentos.
Então foi o basta.
Pensei em ir ao nutricionista. Mas eu sou daquele tipo que, se me dizem para não fazer isto eu não paro de pensar nisso. E em termos de comida devo ser o alvo mais fraco à face da terra.
Resolvi que tinha que fazer o meu caminho. Pois bem, comer menos claro. Mas não seguindo uma dieta específica, fiz a minha própria. Não abusar de um prato. Não repetir, coisa que fazia quase sempre. Comer mais saladas. Não me empanturrar até cair ao sofá a dizer ai Maria que estou que nem me sinto. Reduzir às doses de arroz que adoro, reduzir às doses de massa que comia até se fosse preciso ao pequeno almoço porque gosto mesmo muito. Reduzir às batatas. Reduzir aos fritos e até tenho sonhado com rissóis de camarão. Reduzir ao jantar. Sim o meu mal sempre foi o jantar. Ao almoço nem como exagerado (se não for a casa) mas ao jantar abusava mesmo. Parar com o hábito de comer antes de me deitar. Bolachas de chocolate continuam ali abertas e tenho evitado tocar numa. Há um mês que ando nisto.
Tenho treino às quartas-feiras e tenho tentado não faltar. Mas já falhei.
Resolvi caminhar quase todos os dias na semana (esquece fim-de-semana). Faço um passo acelerado entre os dois quilómetros e meio três. A um ritmo que já estou habituada. E tenho a preciosa ajuda da aplicação do telemóvel "Samsung Health" que me grava o quanto ando e isso ajuda. É motivadora, porque para além de te dar a noção do que andaste a fazer, dá-te aquele "beliscão" de querer fazer mais.
Em trinta minutos tenho uma média de 2.7km. Não é muito, mas é o querer fazer sempre igual ou mais. Isto em caminhada porque correr não posso. E passa rápido e faz bem. Sinto-me mais leve à noite. Todos os dias um bocadinho ajuda.
Dizer com isto que, num mês emagreci dois quilos e meio. Não é muito, mas emagreci. E já sinto as pernas a ganhar firmeza. Sinto-me menos inchada. E acho que foi a parte mais difícil - o começar.
Num mês que tive semanas de ir na mesma semana ao Mac duas vezes, há pizza hut e aos cachorros com molho de francesinha. Às jantaradas de cabidela e aos bolos que me trazem para o trabalho. Todos os dias como pelo menos um pão. Continuo a comprar iogurtes gregos. E quase todos os dias me oferecem croissants quentinhos pela manhã e nem sempre consigo resistir. Sim, ainda não consegui controlar não comer porcarias. Nem acho que vá chegar a esse ponto porque adoro-as (e agradeço todos os dias morar bem longe de uma pizza hut). Mas é motivador. E o importante é manter o foco.
Eu passo todo o dia sentada. Mais uma coisa que não ajuda. Mas se uma #MariaTexuga consegue, todos conseguem.
Comer menos quantidade. Aplicações de telemóvel para motivarem a fazer exercício. E exercício físico umas vezes por semana (e rezar aos santinhos que a tiróide dê tréguas).
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