O dia de hoje, continua a fazer sentido enquanto houver mulheres, que por o serem, sentem descriminação na pele. E teremos que lutar toda uma vida contra isso. E é nesse sentido que merece ser lembrado. Conhecemos sempre alguém que já sofreu violência, se nós próprias não sofremos. Conhecemos todos os dias histórias de violência domestica que infelizmente só têm aumentado, levando já a 13 mortes só este ano. É preciso lembrar este dia, enquanto houver homens que se acham donos de mulheres com poderes de lhes fazer o que bem lhes apetece para bem do seu ego. É uma luta velha, é uma luta sofrida, é uma luta diária, é uma luta que precisa de todas nós. Juntas, numa causa.
Mais que sentir o pipi aos saltos por ter um jantar logo marcado com outras mulheres(que não tenho), para receber uma flor, é sentir o poder de lutar pela igualdade das mulheres, fazer sentido o nos juntarmos para ouvir, ajudar e partilhar historias e ideias.
Continuamos a travar desigualdades nos postos de trabalho, nas relações, nos bitaites, nas religiões, nas diferentes culturas, nos diferentes países.
Continuam a haver mulheres a serem descriminadas por serem isso mesmo, mulheres. Um ser humano que sofre na pele. Mutilações, leis que ridicularizam e rebaixam o ser mulher. Violações. Desigualdade salarial. Mulheres que vivem apenas e só para servirem os homens. Que são proibidas de trabalhar. De conduzir. De saírem à rua de cara descoberta. Continuam a haver mulheres que ao se queixarem de violência recebem como resposta a normalidade de um "também apanhei muito". Continuam a haver mulheres em meios pequenos que não se lamentam com medo de repudiações. De serem todos conhecidos. Do homem ser amigo do polícia que vai receber a queixa de violência.
Se olharmos à nossa volta, temos ou não temos um longo caminho para desbravar?
Que tenhamos sempre coragem de lutar por nos orgulharmos de sermos mulheres. E de ajudar outras mulheres.
Mais que comemorar, é um dia para reflectir!