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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

02
Dez24

a voz da Sara Correia

Maria

A Sara faz-me apaixonar pela voz dela, vezes sem conta. Não há como não me emocionar, arrepiar e ficar ali colada no vozeirão que  nos passa a leve sensação de naturalidade com que aquela voz lhe sai e nos chega. Mas a Sara dá-nos aquilo que eu mais gosto quando quero e preciso ouvir música - Sentimento. Até eu, ao ouvir "Chelas" me sinto de Chelas. "Que o amor te salve nesta noite escura" ao lado do Pedro Abrunhosa, salvou-me muitas vezes ao aliviar-me os "dias não" porque a letra pela voz dela faz todo o sentido com a do Pedro servindo de almofada. Choro imensas vezes ao ouvi-la, não lhe consigo ser indiferente porque a sua voz ao mesmo tempo que nos "fere" com tanta intensidade, também nos cura.

No "The voice" que eu não sou particularmente assídua a ver, mas onde acho que a chegada dela fez toda a diferença temos a sorte de a ouvir mais vezes com até duetos muito improváveis (maravilhosa com a Sónia Tavares) que nos cuticam e nos chegam para dar mais sentido à música, àquilo que sentimos ao ouvir e para lembrar que há muita boa voz portuguesa que é preciso apoiar, ouvir e nos sentirmos orgulhosos. Há vozes muito boas.

Partilho esta música de ontem que ficou só linda pela voz destes dois, Sara Correia e Fernando Daniel que já ouvi este ano ao vivo duas vezes, esta última agora no sábado na inauguração das luzes nos Aliados, Porto, e que tem uma voz também muito boa que me emociona sempre com a sua "Melodia da Saudade" como partilhei no meu instagram.

Este momento estiveram óptimos os dois. A Sara maravilhosa e o Fernando Daniel a mostrar que também tem voz para o fado. Obrigada por este momento. Vejam:

▪Texto em destaque na página do @SAPO

24
Mai24

A incompetência dos serviços públicos que temos

Maria

Se há coisa que me tira do sério, que me corrói por dentro , que me dá taquicardia só de conter a minha indignação, é ter que lidar com serviços públicos onde há pessoas que muito sinceramente não consigo perceber como ali estão. Aquilo não pode ser tacho. Até um tacho merece melhor prestação.

Um dia destes precisei de tratar uns assuntos na segurança social. ONde perdi uma manhã de trabalho a tentar resolver o assunto ao qual a senhora que me atende diz que "olhe leve estes papeis preencha e entregue". Respondi que já ali tinha os ditos papeis preenchidos porque adiantei-me e tirei-os da internet, a minha dúvida era se estavam bem preenchidos e se estava em falta alguma coisa. Não sei a quem os papeis pareciam mais fora do contexto se a mim se à dita senhora que ali trabalha. Deitou um "sabe nós agora aqui não podemos preencher nada" - literalmente não percebia nada deles - "mas vejo que preencheu tudo e tudo assinado está feito, é assim mesmo". Mas... questionei novamente e estão bem preenchidos, nada em falta? Passei aqui uma manhã a faltar ao trabalho estamos à volta disto há imenso tempo e não quero sair daqui e depois dizerem-me que está em falta um documento qualquer.

Não quero pôr todos no mesmo saco, mas perdoem-me, estar incompetentes deste género à frente dum serviço que já funciona da maneira que sabemos e depois percebe tanto daquilo como eu percebo de iogurtes de kiwi é desrespeitar qualquer contribuinte que desconta para pagar serviços de caca. Eu perdi meio dia de trabalho, perdi dinheiro, perdi outros assuntos porque atrasei-me ali e isto para quê? Para passado um mês receber uma resposta que está em falta um documento. Documento esse que nem devia ter feito os papeis que fiz sem antes arranjar este. Noutro serviço hoje que me abriram os olhos em relação a este assunto, contei-lhe o que se passou, digo "olhe mas foi assim que me informaram" ao que muito simpaticamente o senhor me respondeu "pois, infelizmente é o pais que temos".

Tanta gente a querer trabalhar e tanta gente empregada a não saber fazer um car@lh#!

Não suporto gente mal informada em sítios de informações. IMPORTANTES caraças. Assuntos importantes. Já sabemos como são as burocracias deste país, ainda temos que levar com pessoas que trabalham em sítios dessas burocracias que não sabem bem o que estão ali a fazer.

O que fiz foi iniciar um processo que agora corre prazos e que dentro de prazos não consigo fazer outro processo que tinha que fazer antes se me tivessem avisado.

PS.: a pessoa em causa não é estagiário ( que dava um desconto de puder não saber tudo) pelo contrário é da casa há muitos anos. E só consigo pensar em que ganham experiência em ser incompetentes.

Também têm histórias destas em serviços publicos (este ou outro) ou só acontece a mim?!

23
Abr24

Coisas que aprendi a trabalhar só com homens! #2

Maria

Depois deste texto a falar disto mesmo, passamos ao segundo:

- Já sabemos que a tampa da sanita (aquela saga) é um objecto no qual eles não tocam e a tocar nunca será para baixar, mas quando vão ao WC só para urinar às vezes esquecem-se que a porta também é para fechar;

- Os homens com uma constipação pensam mesmo que já estão a morrer;

- Sabem guardar segredos dos amigos e encobrem-se uns aos outros como ninguém;

- É mais difícil eles dizerem "não" a um homem que a uma mulher - e só me estou a referir em termos profissionais (exemplo: mulheres comerciais têm mais sorte a vender o produto);

- Homens discutem como putos mimados muitas vezes, parecem discussões de adolescentes com as hormonas aos saltos, ou egos;

- Há os que andam sempre em cima do acontecimento, sabem os "podres" de todos os outros e as ultimas cusquices, são bem piores que beatas em fim de missa;

- Até podem respeitar as mulheres, mas é notório a falta de aceitação de uma mulher ter mais razão que eles num assunto a debater;

- Há os que percebem mais de skin care, tendências, trends e modas que algumas mulheres;

- Há os que querem mandar em todo o lado (querem fazer entender que são eles que vestem as calças, a mais velha expressão sem noção), em todos os departamentos, em todas as secções, em todas as decisões e se possível nos superiores;

- Haverá sempre o homem que achará que por seres mulher, estarás disponível para ter conversas de chacha a bater o coro.

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29
Jan24

O melhor de 2023

Maria

“Desafiada” pelo Inspira-me que já não existe do blogs do sapo, em anos anteriores escrevi - O melhor de 201220132014 , 2015 , 2017 , 2018 , 2019 , 2020 , 2021 , 2022 e agora 2023. Volto a sentir-me desafiada para tal e destaco o que merece de 2023. 2023 foi um misto. Teve coisas boas, teve coisas menos boas. Ri e chorei muito.

1. Um momento:

Ser a pessoa mais positiva do mundo, fez com que, notícias menos boas, marcantes, tristes e abrangentes ao seio familiar, que é o que mais prezo, ajudasse num ano complicado. Há muitos momentos em que tive que acreditar que o amanhã seria mesmo melhor. Fé e esperança são resumo deste ano.

2. As férias:

 

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[Algarve]

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[Madeira]

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Mais uma vez consegui e agradeço por isso, fazer novamente férias em dois lugares que adoro. No Algarve em Junho e com a minha melhor amiga em Agosto voltei à minha sempre adorada Madeira. Foi a primeira vez dela lá e "leva-la" comigo 10 dias foi só das melhores férias de sempre. Tento todos os anos tirar uns dias de férias com ela, já o fazemos há anos, temos uma amizade com mais de vinte anos e o bom que é ter este privilégio na vida. Ela é a irmã que eu não tenho e é a pessoa que nas férias só acrescenta. Depois no lugar que sempre lhe falei e junto das minhas metades lá que só tornaram tudo espectacular. É team #MariaTexuga e acompanha-me em todas essas aventuras, se é para comer e beber já devíamos ter ido. E nós vamos. Foi muito bom!

3. O post mais lido de 2023:

Expressões à Porto.png

Expressões à moda das "tripas" do Porto!

Mais lido de 2023 e de sempre. É um post já de 2013, mas que apaguei sem querer e voltei a publicar em 2016, em actualização, que está todos os meses no top dos mais lidos. Por consequência o post mais lido de todos os anos. Este ano não foi excepção assim como constato em todos os relatórios mensais enviados pela equipa do sapo blogs. E também como me mostram as estatísticas.

4. O post que mais gostei de escrever:

É difícil escolher um entre tantos posts escritos num ano. Mas vou dizer um que veio assim à cabeça. 

Este post - A vida é do caraças! - foi escrito com amor no coração, despojado, direto e sincero. 

5. O post que mais custou escrever:

Coisas que aprendi ao lidar com doenças mentais.

Este post, foi difícil de escrever e foi contínuo. É.  Fui escrevendo o que vou aprendendo. E aprende-se muito. Longe do que possam imaginar quem não passa e nunca passou por uma situação destas. E é difícil passar para palavras isto. Acreditem.

6. O Trabalho :

Ter completado 16 anos de trabalho nesta empresa. Não foi fácil, não é fácil, sendo que 2023 foi o ano mais difícil, com demasiado trabalho e um esgotamento físico e psicológico que doeu, mas estamos cá para seguir caminho, até onde der. 

7. O post de terceiros que veio parar aos favoritos:

"Seis amigos bastam" por Pedro Correia no Delito de Opinião.

8. Redes Sociais:

No Instagram chegamos aos 60.000 seguidores. Isto não é apenas um número. E as mensagens que recebo sobre as minhas frases e textos são o que me motiva, motivando outras pessoas, tanto quanto as partilhas diárias das minhas frases. Assim como no Facebook com cerca de 6300 seguidores e também ainda agora na mais recente plataforma Threads que conta já com cerca 9190 seguidores, onde num género de twitter se troca ideias.

9. O BLOG:

Este cantinho fez em Fevereiro 14 anos. 14 anos caramba! E está quase quase nos 15! Continuo a gostar deste cantinho como de início e é muito especial para mim. Apesar de cada vez mais os blogs serem substituídos pelas redes sociais, continua a fazer-me sentido mantê-lo activo.

OBRIGADA ❤

19
Dez23

"Detesto o Natal"

Maria

Aqui confesso. Gosto de ver filmes de Natal. Vejo tudo. Não há muita originalidade de uns para os outros, vai dar tudo ao mesmo, mas no entanto gosto de ver todos os filmes de Natal que me aparecem à frente. Mas gosto de uma maneira meio calca feridas para mim, porque eu não gosto sempre do natal. Natal para mim é família e sentimentos bons. E nem sempre passo o Natal feliz com os meus perto e isso magoa-me. Logo, gosto sempre de ver os filmes de Natal porque por norma acabam sempre bem, há solução para tudo,  há sempre muito amor no ar. E eu posso parecer este coração frio e insensível,  mas sou uma chorona no que toca a estas coisas e é por isso que gosto da magia do natal porque traz esse bocadinho de fantasia quando na realidade dos nossos dias vimos as pessoas mais afectas sempre aos presentes que propriamente em serem amor no outro.

No primeiro fim-de-semana prolongado vi filmes de Natal na netflix. No fim-de-semana passado vi a série "Detesto o Natal " temporada 1 e 2 (que saiu no início deste mês) de rajada.

Ri e chorei. Ando uma esponja do pior neste fim de ano e não podia deixar de me rir com uma mulher nos seus 30 anos a querer arranjar um namorado até ao Natal porque é o fim da esperança para ela caso isso não aconteça perante a família já que lançou a mentira de que tinha namorado (quem nunca só para calar os outros) e agora tem 24 dias para encontrar um. Cheio de peripécias para rir e romantizar a coisa, ela é uma enfermeira com o coração do lado certo em fazer bem no outro mas esquecendo-se muitas vezes dela. Não é só o típico enredo de Natal, são situações caricatas que acontecem a quem anda desenfreadamente à procura de um par, com amigas e familia também com histórias caricatas típicas de mulheres nessas idades cheias de certezas e incertezas prontas a desabafar umas com as outras. Os encontros são o que mais geram gargalhadas pelas inusitadas situações.

Já viram a série? Qual a vossa opinião, ficaram curiosos?

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23
Mar23

Coisas que aprendi, ao lidar com doenças do foro mental

Maria

A saúde mental é um assunto cada vez mais na ordem do dia. Só não sei se isso está a ser positivo e a trazer os frutos que deveria trazer. Isto é, às vezes parece que se fala de saúde mental de uma forma tão  corriqueira que parece-me banalizar-se um assunto muito peculiar, importante e que deveria ter uma maior lucidez e atenção. Empatia. Uma maior ajuda no verdadeiro sentido da palavra. Ajuda pessoal e profissional. Doenças mentais (em todas as suas variantes) ainda são um assunto tabu, preconceituoso, pejorativo e diminutivo à pessoa. Com isto tira-se-lhe o foco na ajuda à pessoa que precisa e ao seio restrito onde está inserida que precisa também de ajuda.

[imagem retirada da internet]

 

- o cérebro de uma pessoa é realmente impressionante, a falha/avaria/mau funcionamento de um componente (células) seu muda efectivamente tudo na tua vida e na de terceiros.

- podes achar que percebes, podes achar que chegas lá, podes achar que já leste tudo e mais alguma coisa, podes achar que aquilo vai ser controlável, mas na verdade, a princípio não vais saber lidar ( e este "a princípio" pode durar anos e nunca chegares a saber lidar)

- o amor só não chega. Ajuda. Mas não chega.

- vais ter dias muito maus. Péssimos. Horríveis. Inimagináveis. Vais ter dias melhores. Nunca vais voltar a ter dias como antes.

- num dia podes ter tudo. Tudo a correr muito bem e no segundo seguinte tudo a correr muito mal.

- vais querer desistir, de ti ou da pessoa.

- ninguém, por mais que tu possas partilhar vai saber com o que lidas. Fica mais perto de imaginar, quem já passou por uma situação semelhante, mas todas as doenças mentais são e manifestam-se de maneira diferente com pontos em comum.

- a nível profissional a ajuda é muito pouca para o estrago que causa, não só na vida do doente em si, mas por vezes, muito mais na vida dos que o rodeiam.

- enquanto se lembrarem de ti, está "tudo bem", no dia em que não se lembrarem, que provavelmente vai acontecer, vai doer ainda mais.

- se achas que já viste tudo nesta vida, vais ter a perfeita noção que não, que todos os dias te consegues surpreender e normalmente pelos motivos menos bons.

- pode demorar anos a manifestar-se mas o "bichinho" já lá está, com isto dizer que, haverá pequenos pormenores que a princípio não se dão a devida importância e que mais tarde te vão fazer pensar "afinal quando foi aquilo, já era um sinal". É, pode ser.

- aprende com isso. Vais revoltar-te. Bater o pé. Chorar, gritar, resmungar e vais chegar aquele ponto de ebulição. É normal e melhora com o tempo. E é esse tempo que te vai demonstrar que não vale a pena. Aquilo é uma doença. E uma doença ninguém escolhe. Muito mais uma doença mental que, não só não escolhes como tira-te todos os dias o poder de escolheres o que quer que seja.

[expresso-me mais sobre a demência e o Alzheimer]

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

09
Mar23

Este país não é para velhos - o tanas!

Maria

Este país não é para velhos

 

Volta e meia, infelizmente, estas notícias sobre os maus tratos a idosos, principalmente em lares entram-nos pela "porta adentro" e dão-nos uma chapada da realidade por este país fora à qual, muitas vezes temos os olhos com "óculos de sol" que nos protegem de tamanhas barbaridades que acontecem dentro de paredes. Umas vezes na casa ao lado, numa família que não respeita o mais velho, o idoso que muitas vezes precisa de cuidados especiais, outras vezes, dentro de quatro paredes onde alguém confiou deixar um idoso à mercê de indivíduos que valem pouco.

Nós sabemos, todos, que os lares escondem muita coisa, principalmente lares ilegais, que pessoas recorrem por talvez os valores dos lares legais não serem para o bolso de qualquer idoso ou família neste país. No entanto, quero sempre acreditar que se vai em busca de algo com condições para "os nossos". E vejamos, se até nos lares legais há tanta coisa má...

Dentro das famílias já temos assistido também infelizmente a notícias de maus tratos, logo não fico assim tão espantada quando vêm de lares. Eu sei que à partida quem tem, quem gere e quem trabalha num lugar destes tem que estar apto para o fazer e ter acima de tudo respeito por quem ali vai encontrar.

É difícil aceitar que alguém compactue com estes maus tratos. Sejam com a falta de higiene, de coisas básicas, com a falta de comida ou com a violência verbal ou física.

Eu tenho uma ligação muito grande com a minha família. Sou muito família. E tenho familiares em lares. Que pagam um balúrdio para lá estar e que jamais pus a hipótese de não terem qualidade de vida lá. Mas convém sempre estar de olho. Perguntar sempre. Visitar. Sim visitar o lar, as pessoas não vão lá parar e depois deixam-nas lá sem qualquer visita, não deveria acontecer.

São assuntos delicados, mas que para quem tem respeito pelos mais velhos custa a entender.

Hoje em dia nada é fácil, parece que andamos sempre a mil à hora ainda que no mesmo sitio sem tempo para nada e para tudo o que só nos interessa. Sem paciência. E cada vez mais, os mais novos, talvez percam esse sentido de família e respeito pelos velhos deste país.

Nós lá chegaremosE eles. E sinceramente acho que seremos pessoas mais solitárias que os velhos do nosso país neste momento, porque infelizmente cada vez mais eles são descartáveis porque o ser humano está mais egoísta e só pensa naquele que se move à volta do seu umbigo... um dia vai sentir-se na pele o que é ser-se velho e os olhares de "empata" que certas pessoas mandam.

Hoje ama-se menos, com menos respeito, com mais inseguranças e com menos valores. Com muitas expectativas em pouco empenho. Numa experiência que é viver muito o hoje, em que não se investe, não se trabalha no outro, em que o desistir é mais fácil.

Sejamos mais empáticos com essa luta que é geral aos nossos idosos - a incerteza do amanhã, a conquista de um lugar bonito na vida de outros, o carinho, agradecimento e compreensão.

Este país é deles, antes de ser nosso.

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

06
Mar23

Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

Maria

Fez ontem 16 anos que não pertenço aos "quadros" do desemprego... como costumo dizer já faço parte da mobília, esta é a minha segunda casa! E isto é uma típica relação normal. Altos e baixos. Quase desistências. E dias bons. Dias não. Luta dia após dia. Dias com menos fé e dias que só se olha para o futuro. Juntos.

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Fui literalmente deitada aos lobos. Assim mesmo sem ninguém ali com paninhos quentes para "aliviar as fores", para enxaguar tanta lágrima que deitei e acalmar os nervos que aquilo me deu.

Não foi um inicio nada fácil. Foi muita coisa nova, foi, com outra idade, muita responsabilidade e foi muito olhar para o lado e ninguém para ajudar. Foi um "desenrasca-te". E durante muito tempo foi basicamente isso desenrascar-me todos os dias, panicando muitas vezes com os nervos e o stress a tentar lidar com tudo e a tentar ser capaz. Falhei muitas vezes com certeza mas tentei sempre dar o meu melhor e ser melhor. Acho que consegui. Nunca pensei estar aqui no hoje. Mas se estou deve-se à minha luta, perseverança e coragem. Porque foram muitos dias a aguentar o barco em dias não. Mas depois há os dias bons e a equipa que entretanto se tornou a melhor equipa e ambiente de trabalho na maior parte dos dias.

Afirmo novamente:

Atentem numa coisa, isto é um abre olhos para aqueles que começam num trabalho novo e é difícil, às vezes as coisas depois descomplicam um pouco. Às vezes vale a pena não ir pelo caminho mais fácil - desistir. 

É uma empresa de loucos, digo-o tantas vezes. Mas isto é família.

E eu continuo a agradecer por nos dias que correm, nestas crises que fui ultrapassando, ter trabalho. Agradeço as oportunidades que me vão sendo dadas. Continuo a resmungar todos os dias para sair da cama pela manhã, queixo-me pela cabeça massacrada com que chego muitas vezes ao fim do dia, bato o pé pelas vezes que ganho um cabelo branco por aturar gente que me tira do sério, dias há em que me revolto por ter tanta coisa nos meus ombros que às vezes me tira o sono, às vezes mando o boss (ou outros) abaixo de Braga (psicologicamente ou baixinho é certo) mas caramba, se ficasse em casa, se não tivesse trabalho, se fizesse parte da enorme lista de desempregados do país, aí sim o atrofio seria muito maior.

Um dia destes ouvi o Pedro Ribeiro (que admiro e ouço todas as manhãs) da Comercial dizer que o trabalho é importante mas enquanto director sempre tenta passar às equipas que o mais importante da vida deles tem que estar para fora da porta da rádio e que é preciso que as coisas corram bem lá dentro mas que cá fora a vida tem que ser ainda mais importante e têm que zelar por ela. E senti aquelas palavras, senti que estou no sitio certo porque aqui passa-se exactamente a mesma coisa. Trabalho com pessoas que se preocupam, que me tratam como família, que assim que digo que preciso sair dizem vai. Que são compreensíveis. Que me trazem pela manhã croissants, donuts e bolos. Que se estou mal é em casa que devo estar e nem preciso de papeis a justificar. Que levam a sério isto das relações e são humanos. Percebem o que eu digo?

E é isto. Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

É um exemplo de superar expectativas. De não desistir. De não ir pela primeira impressão. De saber que o ceder tem que partir de ambas as partes. De superação.  É realmente, um abre olhos.

Às vezes tenho saudades da menina que aqui chegou cheia de esperança no olhar e uma inocência própria dos vintes. Mas o trabalho molda-nos, faz-nos crescer, ganhámos calo de muitas situações e formamos a nossa personalidade a cada novo dia.

Venham mais!

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

11
Fev23

o BLOG faz 14 anos!

Maria

14 ANOS DE BLOG (carago!)!

(toda eu ciscos nos olhos)

 

4113 posts. 12913 comentários.  1716 reacções.

5890 likes no Facebook, cerca de 59.900 Seguidores no Instagram

Muitos destaques no blogs do sapo que continua a ser uma equipa fantástica 

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De mim, de vocês, de muitas partilhas, de muitos sorrisos incógnitos, de NÓS! 

Quando comecei a fazer contas, a sério 14? É o que mais me ocorre dizer.

Continuo a sentir-me surpreendida pelo blog continuar a fazer parte da minha vida a cada ano que passa. Principalmente numa altura em que as redes sociais acabaram muito com os blogs. E cada vez mais. Deixaram-os não só em segundo plano para muitos, mas outros tantos desistiram inclusive. Uma pena. Tenho muitas saudades de quando isto começou a fazer sentido. De ler tudo e todos. Os mais desprendidos, os mais cuscos, os que nos levavam a entrar nas suas histórias... os que nos ajudavam com dicas sinceras e muito menos comerciais que hoje em dia...

Aqui estou, umas alturas mais presente que outras é certo, mas aqui continua. Há catorze anos não imaginei isso nem que lhe sentisse a falta. Deste constante desafio. Deste apego. Desta partilha. De tantos que vieram, dos que ficam. Dos que passam. Deste gosto por escrever. Por opinar, partilhar e claro, por ter reacções, partilhas e trocas de opinião.

Em catorze anos já passou aqui muita gente, já houve por aqui muita partilha mesmo. Já conheci gente que veio do blog. Já perdi pessoas que conheci por aqui. Já fui convidada para um programa de televisão. Já fiz desafios para quem me segue, já entrei noutros. Já partilhei imensas histórias e conheço imensas histórias.  Há gente que continuo a seguir do início e não tem como não conhecer tanta coisa.

Não sou a Maria de há 14 anos, de todo, mas inevitavelmente quando vou reler alguns posts vejo-me ali tal e qual o momento que partilhei. Isto é tão bom. E levei sempre em frente as minhas convicções, o intuito para o qual o criei e a tentativa de partilhar o meu lema de ver sempre o melhor lado das coisas, sorrindo.

Criei o blog para partilhar sorrisos de tudo e de nada, para falar do que me apetece, quando me apetece. O propósito continua o mesmo. Deixar-me partilhar a minha inspiração na escrita. E continuo a ter partilhas boas disto. Continua a trazer-me gente de sorrisos que me ajuda. Energia positiva. Sempre. Já espalhei muitos sorrisos, já recebi muitos sorrisos. Já partilhei lágrimas, e recebi ainda mais sorrisos. Já escrevi coisas tão minhas que me vão na alma. Já foi completamente anónimo. Já serviu tanta vez de diário, de um ombro para desabafar. Já me ajudou quando os meus estados de alma não são os melhores! Sempre gostei disto de escrever. Muita mais quando se identificam com o que escrevo e quando as partilhas boas, ajudam alguém.

Eu sei que não tenho estado tantas vezes, sei que muitos já não visitam aqui, mas continua a ser-me bom. OBRIGADA a todos que lêem estes devaneios e que continuam desse lado.

Enquanto continuar a fazer sentido, cá continuamos. E eu gosto de cá estar. Acreditem. E agradeço a quem está também. Muito! Porque isto faz sentido também com vocês desse lado.

OBRIGADA ♥ Cá beijinho e sorrisos mil!

[ Para quem fica, o que vos faz ficar? ]

 

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09
Jan23

O melhor de 2022

Maria

“Desafiada” pelo Inspira-me que já não existe do blogs do sapo, em anos anteriores escrevi - O melhor de 2012,20132014 , 2015 , 2017 , 2018 , 2019 , 2020 , 2021 e agora 2022. Volto a sentir-me desafiada para tal, mas na verdade, assim como já no ano anterior destaco o que merece de 2022 com pequenos ajustes aos pontos que destaquei em anos anteriores. 2022 não foi mau de todo. Foi um misto. Teve coisas boas, teve coisas muito más. Ri e chorei muito.

 

  1. Um momento:

Ter os meus juntos. Eu posso não ter muito na vida, mas se tiver os meus juntos eu sou mesmo muito feliz. Há uns anos que não passávamos o Natal juntos e isso foi sem dúvida o melhor que podia ter acontecido. Mais ainda, conseguimos juntar, também à mesa de Natal com família à qual não passávamos a ceia de Natal juntos há mais de vinte anos e recordamos o que o Natal é verdadeiramente para mim e lembrei de um dos melhores textos que alguma vez escrevi sobre o sentido do natal. Esse é o meu melhor momento deste ano que passou.

  1. Uma viagem:

MADEIRA

A minha linda Madeira.

Sou tão feliz lá. Sempre. Conheci a Madeira a primeira vez há cerca de 15 anos. Foi amor à primeira vista.

A Madeira tem a minha extensão. Os meus. O meu amor. É o lugar que me curou males. Que restabeleci muitas vezes energias. Que desabafei. Que me ajudou. Que me regenera. Tantas vezes. É um balão de oxigénio quando chego. É um aperto no peito quando saio mas com oxigénio renovado e que pelo meio é muito bom. E o feliz que é voltar.

  1. As férias:

 

Consegui e agradeço por isso, este ano fazer novamente férias em dois lugares que adoro. Na Madeira em Junho, como falei antes e voltei ao Algarve com a minha melhor amiga em Agosto, que a pandemia tinha-me tirado. Tento todos os anos tirar uns dias de férias com ela, fazemo-lo há anos, temos uma amizade com mais de vinte anos e o bom que é ter este privilégio na vida. Ela é a irmã que eu não tenho e é a pessoa que nas férias só acrescenta. É team #MariaTexuga e acompanha-me em todas essas aventuras, se é para comer e beber já devíamos ter ido. E nós vamos.

  1. O post mais lido de 2022:

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Expressões à moda das "tripas" do Porto!

É um post já de 2013, mas que apaguei sem querer e voltei a publicar em 2016, em actualização, que está todos os meses no top dos mais lidos. Por consequência o post mais lido de todos os anos. Este ano não foi excepção assim como constato em todos os relatórios mensais enviados pela equipa do sapo blogs. E também como me mostram as estatísticas.

  1. O post que mais gostei de escrever:

É difícil escolher um entre tantos posts escritos num ano. Mas vou dizer um que veio assim à cabeça. Os posts do coração são sempre os meus preferidos. Porque são muito eu. Continuam a ser sentidos, escritos com emoção, com sentimento. Com valor e gratidão. Este post, partilho agora com vocês que o escrevi, num banco do jardim de um lar enquanto esperava para fazer a visita marcada a um familiar. Foi pegar no telemóvel e escrever assim de repente, porque enquanto esperava surgiu-me essa necessidade.

ela é

Este post - Do sermos Amor - foi escrito com amor no coração, com o sentimento de visitar alguém que está longe dos seus com tudo o que isso implica para alguém que sente e que é pouco de coisas materialistas e que busca constantemente abraços sorrisos e amor para ser mais e melhor no que [realmente] vale a pena. ELA sou Eu!

 

  1. O post que mais custou escrever:

A vida é fodida. É um lugar estranho e bom. Mesmo com dias de merda..

Este post, foi difícil de escrever mas necessário. Há em mim uma necessidade em dias de merda e em estados de alma negativos de passar para palavras o que estou a sentir, talvez porque nunca me seja fácil verbalizar a dor, o desabafo falado e sentido, exposto em palavras ajuda-me. Foi dos piores dias deste ano. Foi o post que não gostaria de escrever. Mas é um post que marca, sem dúvida, 2022. E que me marcou desde esse dia.

    7. O Trabalho :

Ter completado 15 anos de trabalho nesta empresa. Não foi fácil, não é fácil, mas estamos cá para seguir caminho, até onde der. Estes dois últimos anos foram de mesmo muito trabalho. Dos melhores anos da empresa apesar dos pesares. E dos anos em que a equipa teve que ser forte porque trabalhamos todos imenso. O trabalho salva-nos muitas vezes e sinto que nestas alturas mais difíceis e controversas entre o querer deitar a toalha ao chão e o querer dar o meu melhor, conseguimos a força necessária para a balança pender para o lado positivo. Muitas vezes há vontade de não sair de casa para ir trabalhar mas em todas dei o melhor de mim. Até naqueles dias que percorri o caminho casa/trabalho e vice versa em lágrimas, descrente do mundo e com uma dor no peito...

Até onde eu me conseguir sentir bem apesar dos esforços, dos dias não e dos que nos fazem saltar a tampa. Porque há muitos dias sim, há bons colegas de trabalho e há bom ambiente. Há boas equipas de trabalho e nós somos uma delas e este ano foi dos melhores a nível de trabalho, de empenho, de sacrifício mas também de conquista e de vitórias. Estou orgulhosa do que se fez por cá. E as férias de fim de ano eram muito precisas.

     8. Redes Sociais:

Em Dezembro no Instagram chegamos aos 50.000 seguidores. Isto não é apenas um número. E as mensagens que recebo sobre as minhas frases e textos são o que me motiva, motivando outras pessoas.

     9. O BLOG:

Este cantinho fez em Fevereiro 13 anos. 13 anos caramba! E está quase quase nos 14! Continuo a gostar deste cantinho como de início e é muito especial para mim. Apesar de cada ez mais os blogs serem substituídos pelas redes sociais, continua a fazer-me sentido mantê-lo activo.

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