Tão a minha cara! #30
Há quem baixe o volume do rádio quando vai estacionar. Eu é mais quando vou a sair do estacionamento. Não vá o som atrapalhar-me as vistinhas.
Mais alguém?
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Há quem baixe o volume do rádio quando vai estacionar. Eu é mais quando vou a sair do estacionamento. Não vá o som atrapalhar-me as vistinhas.
Mais alguém?
Adoro pessoas que gostam de andar com as luzes de nevoeiro ligadas quando não está nevoeiro e depois, em dias de nevoeiro até os mínimos lhes custa ligar! Adoro, ali ao mesmo nível que adoro iogurtes de figo!
Irritam-me assim um bocadinho condutores que:
Mas agradeço todos os dias não ter que lidar com as filas e filas nas grandes cidades. Devem tirar anos de vida e isto da vida serem só dois dias é muito tempo.
-2ºC
Quando o teu rádio, como forma de protesto por o teres deixado a dormir ao relento resmunga contigo. E como? Remetendo-se ao silêncio...
Sim é isto. Até o rádio parou de funcionar. Por isso imagino as temperaturas de madrugada...
As manhãs no inverno estão longe de serem aquilo que tu achas que elas poderão ser.
Se gostas de olhar pela janela para teres uma primeira impressão de como estará o dia cá fora, esquece. Está tudo muito bonito. Céu azul lindo. Poucas nuvens. Sol radiante. Pões um pé fora da porta e os dois graus negativos até te congelam a alma.
Aquele descer as escadas a olhar para o carro é o processo mais doloroso, muito mais que a espera da água na mangueira congelada. E é toda uma ventura para te lançares à estrada.
Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.
Elucidem-me se estiver errada. James Corden no ano passado fez um sucesso ao fazer um programa em que entrevistava famosos e uma parte do programa ele dava boleia de carro e entre outras coisas os convidados chegam até a cantar. O programa foi um êxito e tornou-se viral por todo o mundo.
Portugal, nisto de "copiar" as ideias que vêm de fora está sempre na primeira linha. Mas neste caso, passa um pouco por todo o lado, desde televisão, bloggers, programas de entretenimento, entrevistas...
Fazer uma vez ou outra... tudo bem. Agora será que não há ideias mais próprias do que fazer apenas o que os outros nos mostram que são um sucesso a fazer? É que, o ser um sucesso nos outros, não quer dizer que seja em nós.
E no entretanto a escrever este post tive uma ideia. Eu sou óptima a ter conversas no carro. Sozinha. Vai na volta ainda faço uns vídeos das minhas conversas que poderiam dar um post a conduzir sozinha. E sim, como já o admiti no facebook, eu pareço uma pessoa normal... mas depois falo sozinha no carro!
Mas quando estou parada num cruzamento à espera que um carro passe, e ele vira no mesmo cruzamento que eu sem dar o pisca baixa em mim semelhante urticária que me apetece mandá-lo abaixo de Braga e chamar-lhe de um ao cento. Palavrões claro está. Apenas digo - otário/a.
Mas quando vou a conduzir e me deparo com canalhada no meio da estrada e eles nem se arrumam cinquenta centímetros que seja e ainda olham com aquela cara de "arruma-te lá oh besta"... eu chego a pensar "e se não me arrumasse/travasse/ou fizesse uma manobra perigosa (quando muitas vezes o fazem à beira de curvas)?". Chego a pensar. Depois passa.
(o vidro do carro não está embaciado, é mesmo gelo)
A vida não é fácil para quem não tem garagem para o carro morando ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.
Hoje acordo com um solzinho a entrar pela janela. Primeiro pensamento “segundo dia sem chuva, oh yeah!”
Ligo-me às redes sociais e aparece a foto de uma vizinha encapotada até às pontas do cabelo, com o nariz vermelho com a legenda “cá gelo”.
Tudo para o dia correr bem a partir do momento que, depois de oitenta e sete voltas tens a coragem de pôr um pé fora da cama e sentes que acordaste em pleno Pólo Norte. E o meu quarto até é quente, tão só por isso, quando me lanço para fora do quarto, acordo para a vida. Isto até abrir a porta de entrada da casa e reparar que está tudo coberto com uma fina camada de gelo. Tudo branquinho e levas com uma aragem capaz de te congelar até os pêlos do dedo mindinho cuja cera não agarrou da última vez que foste à depilação.
Coragem Maria, coragem.
Eis que me aproximo do carro e ele completamente congelado. Portas coladas e branquinho. Maravilha pensei, já com o nariz a ficar vermelho ali entre o ataque de querer mandar o trabalho às favas e ir-me enfiar novamente no quentinho e o lá terá que ser. Tenho a sorte de ter uma mangueira ali a postos perto do carro. Tive foi o azar assim que me aproximei dela reparar que tudo estava congelado, incluindo a água que não saía nem à lei da bala (ou de eu rezar a todos os santinhos).
Tenho também a sorte de ter um tanque por perto, que por acaso até tinha alguma água e esperava-me um balde à beira.
Coragem Maria, coragem.
Imaginem as vezes que fiz o exercício de lançar baldes de água ao vidro do carro, até fiquei com calor antes mesmo de conseguir entrar no carro. E ligar as escovas do só para as estragar mais um pouco, mas foi assim que consegui tirar metade do gelo do vidro dianteiro. O da minha parte.
E assim me meti à estrada. O carro marcava zero graus (intermitente - alerta de gelo - sério?!), um sol lindo e o gelo nos vidros a descongelar pelo caminho. No vidro atrás não via nada completamente cheio de gelo assim como de lado. Tive a sorte de conseguir baixar a janela do outro lado uns cinco centímetros e foi o meu campo de visão para me lançar à estrada. Nas serras? Neve. O dia ainda agora começou.
Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.
401 seguidores
<>
<>
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.