Coisas que me dão a noção de como o tempo passa! *17*
Tenho colegas de escola que já são avós. Avós de pequenos que já andam.
O tempo não passa. Corre.
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Tenho colegas de escola que já são avós. Avós de pequenos que já andam.
O tempo não passa. Corre.
Posts em rascunho.
Eu tenho sempre posts em rascunho. Primeiro porque muitas vezes surge-me inspiração e ponho em rascunho para depois rever. Outras vezes porque vou escrevendo textos que ainda não chegou a hora de os partilhar (e tantos desses nem chegam a ver a luz do dia). Nunca vos aconteceu?
Outros posts que vou fazendo com vários itens e até lá ficam em rascunho. Ideias. Desafios. Encontro de tudo um pouco nos meus rascunhos. Depois há dias em que vou ver o que tenho para ali e como aconteceu hoje fico estupefacta com o tempo que aquilo ali está. Uns estão completamente desactualizados outros há que continuam a bater certo com o dia de hoje...
O rascunho mais antigo data de 4/08/2013 e ao ler tenho a perfeita noção do dia em que o escrevi. Do que me inspirou. Quem. Da história. Da memória. Da lembrança. Do porquê de ser um rascunho. E é um que nunca passará disso. De um rascunho.
Também vos acontece?
Semana 45: Lembra-me a minha adolescência.
O meu primeiro namorado - Cantor - O meu primeiro namorado, é cantor, já o era na altura. E sempre que o ouço cantar é impossível não me remeter a essa idade. Idade de acharmos que já temos pêlo na benta e já sabemos muito bem o que queremos, idade que já pensamos no amor ser para toda a vida. E sofremos como se a vida acabasse já ali quando as coisas já não o são, mesmo quando somos nós a já não querer sem ter noção do que realmente queremos (confuso? sim a adolescência é por si só confusa). Aquelas primeiras músicas cantadas ao telefone para "aprovação". Há coisas que não se esquecem e há pessoas que nos levam imediatamente para fases da nossa vida.
Os amigos do meu irmão - Comecei a sair cedo. Comecei a sair cedo com os amigos do meu irmão e sempre fui, apesar de ser sempre novita à beira deles bem tratada, sempre me levaram para todos lado sem problemas, até para as férias. Hoje sempre que os encontro chamam-me "Mariazinha" sempre. Quando muitos podem não achar piada, eu amo, sei que é com o maior carinho que o fazem. Eu fui sempre a mana mais nova de todos. Há um carinho que ficou sempre. Hoje é isso que me lembro. Que tenho. Que guardo.
Cartas - Tenho tantas ainda guardadas naquela gaveta das memórias. Cartas dos namorados, dos admiradores, da melhor amiga enquanto estava emigrada. Da família que estava longe. De pessoas que já cá não estão. Coisas que já não se usam e que deixam tanta saudade. E que confesso gosto de abrir lá de longe a longe. Só para sentir um pouco daquilo bom que senti na altura.
Nazaré - Preciso, por falar nisso de lá voltar novamente. Na adolescência todos os verões passava lá férias, primeiro com os amigos do meu irmão, depois juntando os meus amigos. Também com o namorado. Foram alguns anos seguidos a voltar sempre lá. Já fui muito feliz em Nazaré. Tenho imensas recordações, muitos risos e choros. Aquela "idade boba". Muitas aventuras. Cheiros bons. Comida do melhor. Gente simpática. O mar. Pela manhã, pelo dia, pelas noites, os amanheceres, o pôr do sol. O falar a cantar. O bláblá bar. O jogar bilhar num café ao lado do Bláblá que não me recordo o nome. A D. Maria que alugava quartos e chegamos a ficar lá algumas vezes. Daquele picadinho de madrugada naquele restaurante que batíamos à porta e alguém abria um postigo para ver quem era e nos deixava entrar. O Guilherme que trabalhava num bar por quem tive uma "paixoneta de verão" e ainda guardo uma pulseira que me deu antes de vir embora (mas nem me lembro da cara). A carne de porco à alentejana servida no melhor restaurante com as melhores pessoas que conheci n'"A tasquinha" que fazia valer todo o tempo de espera mesmo reservando sempre. Do paredão e das conversas que tive lá deitada. Tanta coisa que me lembra que só de falar apetece seguir viagem já!
Revista Super Pop e Ragazza - Tinha uma maluqueira qualquer por essas revistas na altura. Ainda hoje não percebo, porque raramente compro uma revista sobre o que quer que seja. Mas na altura contava os dias para ver quando elas chegavam à banca. Eram os testes que tinham para se responder, os brindes. Os posters. Os cromos. Os autocolantes. Uma loucura só vista.
E desse lado, o que vos lembra a adolescência?
Eu sou do tempo do “e vai milho”; do brincar ao elástico; à cuca ou às escondidas; de brincar ao 1,2,3 macaquinho de chinês; de jogar à macaca; ao berlinde, às fisgas. Sou do tempo dos walkmans (e do que era ter uma caneta para quando a fita das cassestes saía toda), dos walkie talkie (e da verdadeira aventura que era usá-los), das cassetes VHS (ainda tenho lá para casa algumas com gravações do Dragon Ball!!). Sou do tempo das chiclas gorila e das Peta Zetas. Sou do tempo de jogar futebol na rua e cada vez que a bola ia parar ao quintal dos vizinhos ouvir um raspanete. Sou do tempo de ir a pé sozinha para a escola e para a catequese. A minha mãe tinha mais que fazer que me ir levar. E no inverno quase nem me mexia pelo caminho com as camisolas quentes, o kispo, o gorro, o cachecol e as luvas, claro o guarda-chuva e a mochila carregada. Sou do tempo de brincar às casinhas nas árvores cá fora. De dar uns murros no saco de areia pendurado no alpendre e as mãos ficarem a doer até mais não. Sou do tempo de jogar monopólio na rua com as crianças vizinhas. Do tempo de chegar à varanda e chamar bem alto pelo nome da minha amiga para combinarmos ir brincar as duas. Sou do tempo do triciclo e nunca houve cá nada a motor. Contando que na maior parte das vezes ficava com o que já tinha sido do meu irmão que era mais velho e não dava para comprar para os dois. Mesmo que fosse cor de rapaz. Btw também sempre fui uma Maria rapaz. De jogar tetris na game boy e do Super Mário na Super Nintendo (coisas que ficavam para mim do primo rico de Lisboa). Sou do tempo do jogo do galo, do jogo do stop com as palavras, do quem é quem. Sou do tempo de as aulas acabarem e ficar na escola, no recreio de terra batida, onde com duas latas ou pedras fazíamos as balizas, até anoitecer. Sou do tempo de ir sozinha passear o cão, mas quem me passeava era ele. Sou do tempo de chegar a casa toda arranhada das silvas mas quem me curava era a minha mãe. Do tempo de pegar no lanche e pôr na mochila juntar-me com os primos e amigos e ir conhecer as montanhas, hoje são trails. Sou do tempo de todos os vizinhos saberem quando o jantar estava pronto, ou de quando estava a demorar a entrar em casa pois a "chamada" baseava-se quando a minha mãe gritava “Maria já para dentro!”, quando chamava pelos dois nomes próprios era malha na certa. Não havia cá telemóveis. Computador e Internet era coisa para os pais empresários. Sou do tempo dos joelhos todos esfolados das quedas de bicicleta porque claro não usava capacete muito menos joelheiras.
As crianças hoje em dia são felizes. Oh pá mas antigamente é que éramos. Há uma felicidade na inocência que se perde nos dias que correm. A inteligência de mexerem num smartphone tão pequeninos, jogarem no tablet e na playstation. Terem todos os brinquedos que querem de ultima geração. Verem todos os dvds do x e da y. Terem um carro que as leva à porta da escola e as vai buscar, mesmo morando a 200 metros. É outro mundo. O mundo está diferente. Mas o antigamente dá uma saudade quando olho para a infância de agora! Como o tempo passa, como as coisas mudam.
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AVISO
Não se esqueçam dentro de dias o endereço do blog vai mudar para: sorrisoincognito.blogs.sapo.pt
Quando vim para aqui trabalhar, o encarregado da empresa disse-me "em três tempos se não fores embora, ou tens uma panca como nós ou vais ficar".
Estou por aqui há cerca de 8 anos. 8 anos. Até parece mentira. Mas a verdade é que por aqui comecei a trabalhar a 5 de Março de 2007 e constantemente a pensar “é amanhã que vou embora”. Isto é de doidos. 8 anos aqui. Tanta coisa boa, tanta coisa má. Mas nos dias de hoje não é mau. É ouro. Mas isto está passar tão rápido.
8 anos. Afirmo, estou mais que atrofiada.
Há dez anos, em 2005 lembro-me de ir tomar uma vacina e a enfermeira dizer-me “agora só para 2015”. Ao que pensei, “ui falta tanto tempo e isso deve ser um ano já muito à frente”. Pois que cá estamos. E de “um ano muito à frente” temos pouco.
Eu sou do tempo em que portava-me mal na escola e a minha mãe era chamada, saía de lá e levava umas sapatadas da minha mãe, ai que não levava, para aprender que os professores eram para se respeitar. Agora os encarregados de educação quando são chamados, quase que batem nos professores, isto se os filhos já não tentaram o mesmo.
Sete anos de trabalho aqui. Sete. Sete anos de casa. Sete anos desta rotina. 7 anos de não sei até onde vou aqui dentro. 7. Sete anos de trabalho na mesma empresa e isto é ouro nesta crise. Com alguns "ses" pelo meio é certo. Eu tão jovem (cof cof) 7anos aqui e não é o primeiro trabalho. 7 anos p-o-r-r-a. Isto passa muito rápido, é de loucos.
Está a dar o fanico ao telemóvel como já tinha dito. Está morrido portanto. Em 24 horas ressuscitou cerca de 5 minutos. Noutro tempo por esta hora, ou já tinha tomado dois xanax por não ter telemóvel, ou já o tinha atirado contra uma parede. Certezinha. O tempo muda-nos, mesmo.
Mudei as fraldas de alguém que já tem carta de condução. Mudei as fraldas de alguém que já esta quase a sair da faculdade. Mudei as fraldas a alguém que já vi a fumar charros. Mudei as fraldas (ainda de pano e alfinetes enormes) a alguém que está quase de papel assinado e aliança no dedo e quase a mudar as fraldas dos seus próprios filhos. Tudo "miúdos" diferentes.
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