Desse movimento dos #somostodosmacacos que já toda a gente viu tenho uma coisa a dizer. Sou uma macaca, o tanas e nem gosto de bananas. O gesto que o Daniel Alves fez, a maneira como reagiu à atitude pouco humana de um ser parvo que lhe atirou uma banana em pleno jogo foi surpreendente e conseguiu sair ainda mais por cima de um infeliz acto de estupidez. E a coisa podia ter ficado por ali. Foi uma boa resposta, à altura. Eu aplaudo-o de pé. Mas o mundo está mais à frente, as redes sociais são potenciadores fósforos sempre em busca de um quentinho para propagar. O Neymar abriu as portas postando uma fotografia com a banana e a campanha está a correr mundo. Eu sou por essa campanha, não necessariamente pela parte da banana ou do supostamente sermos todos macacos. Não só sou contra esse acto de atirarem coisas para dentro do campo, como contra os cânticos racistas nas bancadas. Mas, infelizmente, quantas atitudes irracionais já não assistiram nas bancadas de um campo de futebol? Tenho em mim que até o infeliz que atirou a banana ao Daniel já tenha postado a sua fotografia com a fruta de sorriso nos lábios com a legenda “Diga Não ao Racismo”. O mundo é isto, o mundo do racismo/preconceito é isto. Tem-se actos racistas mesmo quando acabamos de dizer por palavras que não o somos.
Posto isto. Sou toda eu contra o Racismo, contra as diferenças, contra o preconceito. Nós não somos todos macacos, os macacos são os macacos e nós somos os humanos, todos somos humanos.
Todos somos tão diferentes e todos somos tão iguais. A diferença está apenas naquele milímetro de pele que te cobre o corpo. As outras diferenças criam-se aos teus olhos, na tua mentalidade, na tua cabeça e no teu coração. #somostodosfarinhadomesmosaco. É aprender de uma vez por todas. Isso sim.