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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

05
Nov22

Do momento do dia

Maria

IMG_20221105_191654_349.jpg

 

a infinitude é definida em proporção ao que acreditas, à tua fé ❤️

continua a ser este o melhor momento para me encontrar.
para questionar sem esperar respostas.
para encorporar silêncios.
para lavar a alma.
para procurar o que na verdade ninguém me tem trazido.
para entender essa fé.
para ter paz.
Este é tantas vezes aquele momento de fôlego!

Continua [-me] a ser este o melhor pôr-do-sol 😍

10
Ago21

Um bocadinho abaixo do Pólo Norte

Maria

Parece que Agosto começou há uns dias e eu nem tempo tive para um único post. E Agosto é o meu mês de sorrisos, de renovar energias. De férias. De família. De coisas boas. E partindo do principio que até me esqueci de fazer o desafio #quenuncanosfaltemsorrisos que já costumo fazer... está muito dito!

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Não me lembro de um ano com tanto trabalho. Com tantos percalços pelo caminho, psicologicamente cansada tanto a nível profissional como pessoal. Desgastante. Chego a Agosto com um grito interno de férias como não me lembro. Férias sempre são bem vindas, mas este ano sinto que é a bomba que preciso para respirar mesmo melhor.

Este ano queria mesmo ter mais tempo para este cantinho. Foi um objectivo quase aqui escrito, mas não o cheguei a fazer e mesmo assim, o meu psicológico fica um pouco desiludido por não estar a conseguir cumprir. No entanto não estou a conseguir fazê-lo de maneira espontânea, logo não escrever é o que me faz sentido. Não vou escrever por escrever. No entanto sei que tinha muito para fazer e conseguia vir aqui buscar aquilo que sinto que estou a precisar - como sempre - o equilíbrio na escrita e na partilha das palavras que me traz.

Acho que a falha tem sido também minha. Além do trabalho estar a absorver muito de mim e não estar a conseguir ser capaz de me libertar assim que saio dele, não estou a conseguir impor "barreiras" na minha luta diária.

Cá dentro já tive muito melhores dias. Anda ainda tudo muito revolto. Sem conseguir amenizar as energias e alinhar os chacras. Não estou a conseguir separar águas. E sei que essa falha é só minha. E espero que os dias de férias que ansiosamente estão quase a chegar me ajudem a respirar melhor. Estou sempre a pensar em mil e duas coisas. E no final, sinto que troco e faço emaranhados de situações.

Sei que não consigo chegar a todo o lado. Sei que não tenho que ficar triste por não estar a conseguir resolver coisas que não dependem só de mim. Tenho consciência que tenho tentado dar o meu melhor em todas as situações. No entanto continuo com a pergunta será que o meu melhor é o suficiente?

É nestas alturas, talvez uma fase menos boa, que agradeço por ser uma pessoa positiva que apesar das dúvidas inevitáveis tenta ver o copo meio cheio, a luz ao fundo do túnel e acreditar fazendo figas que tudo se vai resolver e alinhar. 🤞

[Ontem foi dia 9, dois meses sem o meu primo. Que continua a ser a pessoa que me aparece nos primeiros lugares assim que abro o messenger para enviar uma mensagem. Ou assim que abro o facebook. Que me continua a aparecer nas memórias do face. E que assim que recebo um vídeo de humor de alguém me apetece ir enviar-lhe. Eu não estava fisicamente com ele há algum tempo, merdas da pandemia, mas trocávamos fotografias, mensagens, vídeos, imagens de rir quase todos os dias. E esses dois minutos entre o receber a mensagem e soltar uma valente gargalhada davam-me anos de vida. Ainda custa acreditar.]

Não sei bem dizer se houve ali um momento específico que me fez deixar cair quase a toalha ao chão. Mas sei que ela ficou um pouco pesada nos últimos tempos. E sei que, por muito que seja a ultima pessoa a transparecer isso, a não deixar de sorrir sempre, não consigo ser a mesma.

O lado bom disto tudo é que faltam três dias e umas horas para estar de férias e a coisa está quase a ir ao sítio (só energias positivas desse lado vá 🙏) espero notícias positivas. Boas conversas. Reencontros. Biquini all day. Petiscos bons porque são a cura para muitos males e Caipi blacks fortes com força porque convenhamos ajuda. E os meus juntos. Os meus juntos! E isto é só o que mais quero - ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte já que não apanhei a promoção ou a agência de viagens que "todos" apanharam para ir para as Maldivas!

Está tudo a ficar certo ♡🍀 (eu espero!)

25
Mai21

Faceweek*

Maria

Para "começar" a semana, vamos lá voltar a esta "rubrica" que ficou perdida no tempo.

Parece que passei todo um Inverno sem fazer um único post desta rubrica. Inacreditável como esta pandemia nos vira do avesso e uma pessoa até perde a noção do tempo. No ultimo post ainda se passeava por aí com roupa à lá fresca. E por incrível que possa parecer desde aquele dia não pus um pé num shopping. É verdade não vou a um shopping desde Setembro do ano passado e parece que já foi no século passado. E pode parecer fútil mas sim tenho saudades de laurear a pevide a ver montras e modas. E mais, baixando a pobre que há em mim, também tenho saudades de ir à Primark pois claro - que se não foi desta que abriu loja online, não abrirá mais.

Agora vou partilhar com vocês alguns dos últimos looks que usei e que mais gostei:

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O macacão verde é a única peça mais recente. Comprei online na @Lefties é super confortável e dá para usar sem nada por dentro, eu usei com uma t-shirt.

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Dos looks que mais gostei de usar, com temperaturas mais agradáveis, também conseguimos andar com conjuntos mais agradáveis e eu consigo fugir um pouco do preto que tanto uso e gosto, confesso.

O blazer às riscas é uma peça que adoro, um achado na altura na @New Yorker. E o vermelho queria muito comprar um em preto igual. Este foi da @pimkie e gosto mesmo muito dele no todo, incluindo a cor.

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Aqui podem ver que abusei mais do preto. Nada que seja novidade também! A blusa preta do ultimo conjunto foi uma peça também mais recente, comprada numa loja online de roupa.

Ao ver as fotos constato que não só não compro roupa há algum tempo como também não vou à cabeleireira pelo mesmo tempo,mais coisa menos coisa e esta juba continua incontrolável. Ainda tive a sorte de aí pelo meio destes sete meses o meu compadre cortou-me as pontas do cabelo só para dar um toque ali ao caos que estava.

IMG_20210525_153840.jpg

Partilho também com vocês algumas manicures que usei. A laranja foi a da semana passada e o verniz é muito mais giro ao vivo!

E é isto, por aqui #umbocadinhoabaixodoPóloNorte continua-se sem filtros:

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Podem sempre acompanhar todas as novidades pelo Facebook. Ou pelo Instagram - @sorrisoincognito 》

18
Nov20

Um bocadinho abaixo do Polo Norte

Maria

20201118_132527~2.jpg

 

Hoje voltei ali só para sentir-me dentro do "postal". Desta natureza sublime. Desta paisagem desafogada. Deste silêncio gritante. Deste contacto com o nada tão cheio de tudo. Parei e olhei só para respirar fundo duas vezes e seguir. Seguir em frente. Sempre. E partilhar com vocês um pouquinho deste Douro. Perdido um bocadinho abaixo do Polo Norte.
E LINDO sem qualquer filtro 💙

[passaram-se quinze dias para voltar a fazer o caminho, sair e ir ao trabalho, este caminho e voltar para a nossa bolha. foi tão bom. oh mundo, por favor, volta ao normal]

...e vocês, de que sentem mais falta?

10
Nov20

De volta ao teletrabalho

Maria

Depois dos 67 dias em teletrabalho no início da pandemia se me dissessem que voltaria ao teletrabalho não acreditaria. Porque quis que aquilo tivesse sido um exemplo pontual. Porque quis muito pensar que as coisas fossem realmente melhorar. Porque quis muito acreditar que tínhamos tempo suficiente para "programar" um novo ataque/vaga. Porque quis acreditar que medos os há mas que não os varremos para debaixo do tapete e sim os enfrentamos. Porque quis muito acreditar em pessoas. Ter fé nelas. Achar que as pessoas não precisam ser obrigadas a fazer algo e a fazê-lo por si. Eu, numa pontada de loucura acreditei, até chegar aqui ao início desta nova vaga e ver que a inconsciência das pessoas é ainda surpreendente. Que conseguem ser piores que aquilo que uma pessoa pensa. Que conseguem mesmo perante uma pandemia dar voz ao seu umbigo e não pensar em comunidade, no próximo, nos amigos e na família. Sobretudo nos mais velhos. Nas "presas mais fáceis". Nos mais vulneráveis.

(aqui foi uma festa de anos que originou talvez o maior número de casos positivos ao mesmo tempo, isolamentos e pessoas que omitiram estar na dita festa... festa que originou com que familiares da pessoa que fez anos chegassem a estar internados - pessoas que perderam qualquer credibilidade como seres humanos para mim)

E isto, oh pá, isto é muito triste.

O caminho mais fácil é talvez apontar o dedo. A quem? Ao governo que numa visão ampla pode parecer quem está mais à mão de semear para ser escrutinado e por ser um alvo fácil de atacar. De apontar. De crucificar. E de dizer que não valem um chavo.

Sim, nós sabemos que isso é muito fácil de fazer. Principalmente por quem não dá "voz" ao seu direito de voto e deixa para os outros. Principalmente por aqueles que acham não ter que olhar para o que eu faço mas para o que os outros fazem..

Fácil.

Se calhar, a maioria dos que têm uma voz mais activa insultando o governo pela actual situação são mesmo aqueles que, no perímetro dos seus actos e valores, continuam a sair, a ir a festas, a abraçar os amigos e família. A não fazerem uso da máscara. A não manterem distâncias sociais. A não acharem que isso bate a qualquer porta (normalmente só à do vizinho). A não acharem necessário uma quarentena ou mesmo um isolamento porque não querem saber. A omitirem sinais.

Eu não quero com isto dizer que, concordo com todas as medidas e decisões que o governo toma, longe disso, mas continuo a achar que, por cada insulto que leio ao nosso governo a cada nova medida, algures por aí há uma criatura que infecta um membro da família pelos seus comportamentos inadequados e continua a assobiar para o lado.

Sim, há pessoas, jovens, adultos, que ainda continuam a assobiar para  ar.

E eu que concordei com o Costa quando ele disse que era melhor ele nos aconselhar a uma coisa que nos obrigar... não sei onde estava com a cabeça a achar que certas pessoas percebiam a mensagem.

Não perceberam.

E eu não percebo as festas. Não percebo os casamentos e que me desculpem quem casa, mas nesta altura não percebo. Não percebo as festas em família ou com amigos com grandes aglomerações. Mas não consigo mesmo entender as festas na rua (porque não conseguem fazer em sítios fechados muitas vezes) e onde todos se juntam para grandes brindes, danças, e chegas para cá.

Eu que adoro festas. Sou tão de abraços e brindes. Jantaradas e saídas para conversetas e gargalhadas. Eu que adoro a minha família. Que sempre tivemos todas as desculpas do mundo para viver em convívios em casa uns dos outros. Eu que tenho família fora que não vejo quanto gostaria. Eu que tenho familiares a linha da frente que não abraço há meses e faz-me falta. Eu que não tenho estado com os meus amigos, que não vejo a minha melhor amiga há meses...

Eu que tenho a minha Mãe que foi operada e ficou ainda mais vulnerável e evito estar com ela sem máscara (mesmo dentro de casa usamos máscara durante quatro semanas) que comemos distanciados e que reduzi ao mínimo necessário qualquer saída em prol do outro... não consigo perceber as atitudes de certas pessoas.

Isto é triste.

Um dia destes entrei numa loja aqui à beira de casa, para ir buscar uma encomenda que tinha feito e vejo alguém na loja que sei que há pouco tempo tinha dado positivo (por causa da tal festa até) e pensei para os meus botões, qual a necessidade daquela pessoa estar ali, não trabalha, só costuma dar à língua aqui ali e acolá e não consegue manter o rabo em casa, acreditando que já tivesse passado a quarentena, mas que poderia manter-se resguardada visto que ver as novidades de uma loja de roupa não me parece um bem necessário. Sair por sair continua a ser o dia a dia de pessoas que não se interessam pelos outros. Mas que esperam que se interessem por elas quando forem entupir os hospitais por terem uma mentalidade de amendoim...

A culpa de estarmos como estamos é das pessoas que não tiveram actos conscientes. Perdão - que não tiveram e não têm.

 

Isto para dizer que estou desde sexta-feira em teletrabalho e do alto da minha janela, com um mundo meio virado do avesso, tento buscar a paz necessária para garantir a minha sanidade mental para conseguir fazer o meu trabalho, para conseguir proteger os meus, para tentar evitar entupir a linha da frente, para tentar organizar os meus medos, frustrações e ansiedades. Para tentar ser melhor pessoa, como sempre tento todos os dias. 

Não quero com isto dizer que agora vamos todos enfiar-nos dentro de casa e fazer de conta que não existe nada lá fora. Mas evitem saídas desnecessárias. Pessoas que raramente ficam doentes a precisar de cuidados hospitalares ainda consigo perceber a vossa estupidez mas isto está longe de acabar e os hospitais vão falhar ainda mais nas respostas. Porque eles tentam ser super-heróis, mas nós sabemos que os super-heróis às vezes só existem na nossa cabeça. E isto não é só Covid-19. Os serviços hospitalares são muito mais que isso...

Pensem um bocadinho. Se não for pedir muito.

Cuidem-se e cuidem dos outros antes deles precisarem mesmo  

01
Nov20

Sweet November

Maria

Novembro de há uns anos aqui passou a ser um mês agridoce. Das melhores lembranças às um bocadinho menos boas. Do aniversário de uma das pessoas mais importantes na minha vida ao cuticar feridas abertas de outrora. Novembro passou a ser um mês muito bom para ser um mês assim assim.

E chegamos a este Novembro de 2020, a este dia 1 longe do que habitualmente se faz, estar em família.  Com família,  com abraços,  conversas em dia, partilhas e gargalhadas. Hoje estamos longe disso e como se não bastasse, aqui #umbocadinhoabaixodoPóloNorte fazemos parte destes 121 concelhos com regras mais apertadas a partir já do dia quatro.

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[ da minha janela ]

Algum dia pensei escrever isto? Jamais!  Mas o caos lá fora assim obriga a este recolhimento obrigatório e sabe Deus, nos próximos dias mais o quê. Mas a pandemia está à nossa volta. A crescer tipo erva daninha de forma invisível e tão surpreendente como quando apareceu em Março mas agora com mais força e com um sistema de saúde de mangas arregaçadas mas a desfazer-se nas costuras para aguentar a pressão. E a nós cabe-nos fazer o melhor pelos da linha da frente e pelos que estão a lutar contra o "bicho" - ficar em casa. Reduzir contactos. Sair o menos possível. Ser cautelosos. Cuidadosos. E lembrar-nos sempre dos mais velhos.

Ainda hoje cá na terrinha uma senhora idosa faleceu com covid-19 e foi levada para o cemitério sozinha porque quase toda a família está infectada. Que tristeza esta nos corações destas pessoas de não se poderem despedir e acompanhar estes últimos minutos da pessoa referência de família? É tão triste... e é preciso lembrar que cada um de nós é um agente de saúde pública e por não acontecer só aos outros, todos os cuidados são poucos...

E de repente "Sweet November" soa mesmo só a título de filme...

Cuidem-se e que Novembro consiga superar este caos e trazer-nos alegrias!

O mais doce possível Novembro a todos 🤞🙏🌈

 

16
Abr20

Sanidade mental em tempos de quarentena!

Maria

Foi no dia 13 de Março que decidi a minha quarentena voluntária, mas foi no dia 16 de Março que fui buscar as trouxas ao trabalho para começar o teletrabalho por cá, em casa. Há um mês. Escrevi aquele texto que nunca sonhei na vida escrever. E mais, agora um mês depois tudo estar mais ou menos no mesmo ponto. Em casa a trabalhar com o escritório aqui montado. Sem saber quando volto e sem saber quando isto acaba. A diferença é que um mês depois temos quase 600 mortos e mais de 18.000 infectados confirmados.

Num mês, fui duas vezes ao trabalho e nessas duas vezes aproveitei para ir ao supermercado fazer compras cá para casa. No trabalho continua quase tudo igual. E digo quase porque continua-se a trabalhar, para o estrangeiro, não com o movimento num outro ano normal nesta altura, mas a agradecer todos os dias a coisa não ter descarrilado, até à data muito.

Trabalhar em casa não é de todo uma cena maravilhosa, mas agradeço ter que sair o mínimo possível de casa e faço a minha parte no que diz respeitar a quarentena.

Há dias melhores que outros. A parte de ter bastante trabalho ocupa-me basicamente quase o dia todo e isso é óptimo. No entanto há dias menos bons. Por já estar nisto algum tempo. Por ter saudades de muita coisa, principalmente de ouvir presencialmente as minhas pessoas, família e amigos. Pelos abraços. Pelos beijos das minhas pequenas. Pelas jantaradas e confidencias com a minha melhor amiga enquanto brindamos, pelo pegar no carro e ir dar uma volta. Por espairecer fora de portas. Por ter falhado o aniversário da minha afilhada de quatro anos. E tivemos a Páscoa e o que me faz falta desta época é mesmo o sentar-me à mesa com a família, nesta casa ou naquela e aquele convívio. A sorte é que ainda moro na melhor rua do mundo, com os melhores vizinhos e aqui leva-se muito à letra ir para a varanda conversar.

E por talvez, há um mês não fumar. E quem é que vai deixar de fumar, logo numa altura de confinamento em que te apetece bufar a toda a hora por tudo e por nada? Não fumar nesta situação é do caraças. Acreditem. Eu não disse que deixei de fumar, que isso é todo um processo que nunca sei se vai começar e ter pernas para andar - quando quem me segue há mais tempo sabe que já parei algumas vezes de fumar e uma das vezes durou 22 meses. Mas não fumo há um mês. Ainda não me apeteceu cortar os pulsos, nem subir paredes e acho que ainda não comecei a delirar mas... acredito que contribui bastante para ter níveis de sanidade mental a oscilar muito diariamente.

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Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte - mas desta vez - a acreditar que vai #ficartudobem, logo #ficaemcasa!

Sanidade mental desse lado, como está a correr isso?

17
Mar20

Aqui, um bocadinho abaixo do Pólo Norte

Maria

Acho que nunca pensei na vida escrever um post assim. Acho que nunca me passou pela cabeça algum dia o fazer. Mas como a mim, acho que a muito de vocês. Isto era mesmo coisa para nos passar ao lado e não chegar cá. Até que chegou, está para ficar e a nossa melhor arma para o enfrentar é tentar ficar saudáveis em casa.

Ontem, depois de dois dias em casa, fui trabalhar. E não vi lógica nenhuma nisso (eu e a cagufa que tenho, e quem me segue algum tempo sabe, das minhas crises de garganta e neste momento não pode haver a hipótese de ter que ir a correr para um hospital fazer nebulizações com corticoides) de ter que me deslocar para o trabalho e expôr-me. Mas isso acho que devia ser para quase todos possível. Porque as empresas de hoje ou amanhã terão mesmo que fechar e é melhor fechar com pessoas saudáveis que com pessoas já doentes. Mas somos o país do "logo se vê".

É verdade, peguei literalmente nas minhas trouxas e montei o escritório cá em casa. Não é fácil. Não tenho o espaço que preciso, mas uma pessoa dá o jeito para que as coisas se façam. Há muito skype e messenger para o trabalho e para as outras empresas com quem trabalho.

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Eu, que trabalho maioritariamente com o estrangeiro e estou a ver os próximos tempos bem difíceis, vou tentar manter as coisas alerta desde casa. Aqui, com esta vista, perdida nas montanhas, no rio, com ar puro (espero) e a fazer figas "vai ficar tudo bem".

Espero que desse lado se mantenham também seguros. Se possível em casa. E se andarem na rua para o essencial tenham cuidado.

Aos profissionais de saúde continuo a agradecer, após estes dias , o incrível trabalho que estão a fazer e os riscos que estão a correr do trabalho em excesso e das poucas horas a descansar. OBRIGADA!

Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte - mas desta vez - acredito que não seja muito mais fácil para quem vive nos grandes centros!

08
Jan20

Peripécias deste lugar à beira Pólo Norte plantado.

Maria

0ºC

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20200108_085721.jpg

 

Lá em casa apanhamos todos o vírus da gripe. E febre. Ontem saio eu de casa com 38 graus. 1ºc cá fora e o vidro do carro completamente congelado e tudo branquinho. Até as portas estavam congeladas e vi-me para abrir. Mas pior mesmo foi ter que pegar na mangueira para tirar o gelo dos vidros do carro e senti aquela água tipo icebergue a picar-nos as entranhas.

Coragem Maria, coragem.

Hoje, mal abro a porta de casa senti que tinha em sonhos aterrado lá no Pólo Norte. Tudo branquinho. O quintal, as couves, as escadas, as flores, os telhados das casas. A rua. E o perigo de deslizar e andar aos tombos. Os carros. O meu carro ainda com uma camada pior que a de ontem, marcava 0ºC, o carro custou a pegar e o pior mesmo foi pegar na mangueira, também ela hoje congelada e esperar que aquela água me deixasse sem quase sentir o polegar de tanto gelo que estava. 

20200108_085741.jpg

 

É toda uma aventura para te lançares à estrada. Até porque a fina camada de água que ao lavares o carro fica, congelada imediatamente até ao momento em que entras dentro do carro e é todo um processo de, depois não veres nada dentro do carro para te lançares à estrada, principalmente quando no cruzamento para saíres da tua rua para a estrada principal, não vês um chaveto prós lados e os vidros teimam em não abrir porque já congelaram novamente.

Coragem Maria, coragem!

A sorte que tenho do stock de gorros e das luvas novas que ofereceram no Natal e que não dispenso, porque além de gripada ter a coragem de sair de casa assim é dose.

E depois toda a viagem tem que ser feita com outro cuidado porque além de estar tudo branquinho nas bermas das estradas, há zonas na estrada mesmo que não batendo o sol o gelo fica mais tempo e uma pessoa até vê esse perigo a brilhar principalmente em curvas!

Nas montanhas nem sei se já há neve porque nem as consigo ver, mas se não vier chuva, vai nevar. 

E o Douro continua há vários dias barrento.

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Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.

 

[ontem quando saí do trabalho por volta das 18h estavam 2ºC e ao telefone com uma amiga que estava em Lisboa, ela disse que marcava lá 12,5ºC até ajuda a perceber, porque é que quando vejo fotografias de certas influencers acredito que elas não sobrevivessem, com o que vestem, aqui na terrinha. É impossível]

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