O meu coração azul e branco não tem táctica
Estou só triste. Adormeci triste. Acordei a lembrar-me dessa tristeza.
Não tenho falado aqui de futebol, mas continuo a vivê-lo intensamente. Esta coisa de gostar tanto de futebol não abranda com o tempo, não desvanece o amor que sinto pelo meu clube. Nem o tempo nem as derrotas. Mas custa. Quando sabemos que estava ao nosso alcance fazer mais. Hoje não venho falar de táctica, opções, gestão de jogadores, oportunidades. Não sou treinadora de bancada e mandar bitaites de fora é fácil.
Eu joguei futebol e sei que, cada jogo é um jogo, a bola é efectivamente redonda e nem sempre cai para quem joga bem. Mas as oportunidades que não se agarram por norma não voltam. E quando voltam se tornas a desperdiçar já não há estrelinha que te valha.
Do jogo de ontem, a jogar em casa, com tanta oportunidade com mais de 60% de posse de bola em todo o jogo, com tanto ataque e jogo ofensivo, tínhamos que ter aproveitado cada oportunidade de fazer golo, vá no mínimo uma para levar o jogo avante e duas para vencer aquela porra. Tivemos muitas. E nem uma foi eficaz.
Com isso fomos eliminados quando não dependíamos de ninguém só da nossa eficácia. Fica um orgulho ferido. Porque tenho sempre orgulho nos meus, nos que dão o corpo às balas pelos milhares de adeptos que carregam o clube no coração. Há quem dê mais. Há. E há quem faça muita falta quando não está. Há. Mas temos que ser mais que isso. Aquele emblema que se traz ao peito e que cada adepto carrega no coração merecia mais.
Não fomos maus, mas devíamos ter sido do c@ralho!
F.C. Porto 0 x 0 Inter Milão (2º jogo dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões - eliminados )
▪Texto em destaque na página do @SAPO