O Amor é um lugar estranho. E bom. E fodido!
Eu quero falar de Amor.
Deste que sempre se nega no início por não saber bem o que se passa. O que são aquelas borboletas no estômago. O que é olhar para o relógio à espera que alguém chegue. O que é perder-se em mensagens com conversas até de madrugada. O que é querer muito ir e ficar. O que é roubar-nos os pensamentos sem aviso prévio.
Eu quero falar de Amor. Mas desse que nos encontra ao virar de uma esquina quando estamos completamente distraídos. Quando nem nos perguntamos se é possível. Quando não estamos nem aí. Quero falar de Amor. desse que nos atropela a alma. Que nos faz sentir sentido. Que nos traz água na boca, que nos traz cheiros nossos. Desse Amor que nos faz parar no tempo enquanto ele corre. Desse que nos deixa um sorriso parvo escancarado nos lábios. Que nos faz corar sem motivo ou com todos os motivos possíveis.
Eu quero falar de Amor. Desse que o corpo cede. Que nos acelera a respiração. Que nos faz ser mais, sem deixar de sermos nós em dois corpos. Juntos. Enrolados.
Eu quero falar de Amor. Sim, desse Amor que nos acrescenta. Que nos completa. Que não põe em causa. Que não divide. Que não magoa. Que não gera silêncios desconfortáveis. Desse Amor de mãos dadas, com beijos na boca e abraços sentidos, reconfortantes, cheios. De tudo. Sem metades. Por inteiro.
Mesmo que ao nosso lado não esteja um amor, podemos falar de Amor?
[ ♥ ]