O amor é um lugar estranho.
Houve um dia em que eu acreditei. Ou muitos. Perdi-lhes a conta.
Ensinaram-me que o amor é aquele bem maior quando olhas para alguém. Aquele apertozinho no peito que te deixa sem jeito aquele sorriso que não disfarças, aquele querer mais todos os dias e nem saber disfarçar.
Eu acreditei, tempos e tempos que o nosso amor era assim. Fizeste-me acreditar. E a partir do momento que acreditei não houve nem um momento que ousei duvidar. Acreditei que tudo era possível, mesmo depois de já não ser. Mesmo depois de caminhos diferentes, de novos rumos. Acreditei que aquele passo atrás era diferente. E foi. Fez-me ver com nitidez e procurar desculpas para não dar lugar a arrependimentos. Jamais daquilo que fiz. Há sempre um dia em que acredito. Ou muitos. Que a vida é a nossa vida e que esta história está sempre a ser escrita a lápis.
Mas ensinaram-me, também, que quando o orgulho dá o ar da sua graça de graça nada tem.
Ensinaram-me que o Amor... ai o Amor é aquela força que mais força nos dá, mais alegria, mais vontade de viver, mais vontade de fazer e acreditar no que se faz. Mas pode ser o amor a força que mais força nos tira. Ensinaram-me. Momentos há que o que nos ensinam a nossa esperteza nada quer saber. Depois constata-se que afinal ainda há quem nos ensine verdades.
Há dias que continuo a acreditar, muitos até. Que amores maiores são aqueles que... coiso. Sem explicação, mas que se sentem. Oh se sentem. E eu acreditei que houve dias que eu senti. Amor. Daquele que me ensinaram. Daquele que cria raízes, dá-nos vida e abalroa-nos a alma.
Vale a pena não acreditar?
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