O amor é um lugar estranho.
Deixei de perguntar ao vento. Deixei de querer saber. Não planeei. Até porque enquanto o fiz não consegui. Deixei. Não quero saber. E quando sei sem perguntar dá-me risos. Não vale a pena, interiorizei. Deixei do tentar arranjar respostas. Do querer saber se amanhã as coisas mudam ou continuam a mesma coisa. De querer saber se alguém vive ou se eu sobrevivo. Não teve um dia, é a fase que vai passando. O tempo que é nosso amigo. Aquele tempo que achamos que nunca teremos e aí ele passa e olhamos para trás e quase nem demos conta de ele ter passado. A vida é estranha. O que sentimos é estranho. Conhecer alguém é estranho. Até porque é quando deixas de conhecer que conheces. É estranho de se escrever. E sentir? Alguém já sentiu o que é achar que não se conhece alguém que esteve ali a conhecer-se durante tanto tempo? Sim, esse é o pior tipo de estranho. Mas deixei de querer saber. E é como alguém me disse: É hora de parar de olhar para trás! Já se sabe onde estivemos. Agora precisamos saber para onde vamos!
[ ♥ ]