Eu, Dezembro e a Rua de Santa Catarina.
Assim como quase tradição, no dia 8 de Dezembro sempre vou passear pela Rua Santa Catarina no Porto. Quase já nem se pensa noutra coisa. Está marcado sempre. Momentos em família. Vou ver as lojas, corremos tudo. Por muito tempo, aproveitar o dia e deliciarmo-nos com a chegada da noite para ver as iluminações. Vimos de lá de coração cheio.
Este ano não seria diferente. Isto se o meu carro não tivesse um piripaico e quisesse passar umas noites no hotel (oficina) nesse dia. Grande merd@ pensei. Por mil trezentas e duas coisas incluindo ter ficado sem carro no dia oito, este ano quebramos a tradição. Fiquei mesmo triste. Adiante.
Este sábado foi dia de tentar remediar a situação e rumar à Rua Santa Catarina para marcar a época. Infelizmente porque a correria era muita, havia mais coisas marcadas não consegui ficar para o fim do dia para descer depois até à Avenida dos Aliados para ir ver as bonitas iluminações. No entanto aquele pouco tempo que ali estivemos sentimos o espírito. É Natal, exclamei ao sair do Via Catarina. Pais Natal na rua. As castanhas assadas e aquele cheiro que nos acompanha. O sorriso das pessoas. A azáfama. A confusão não era demais. Era aquela necessária para sentirmos que estamos numa das épocas mais bonitas do ano mas também cada vez mais materialista. Os sacos, as compras, os presentes, os embrulhos… os saldos (sim cada vez mais começam mais cedo). As músicas. Os estrangeiros (tantos!). O frio, os casacos, os gorros. Tudo encapotado mas senti os sorrisos das pessoas. Os portuenses a falarem alto com aquele sotaque que adoro. A correria. A sério que vale a pena. Lá sente-se o espírito. E não fui aos Aliados mas ainda quero lá passar. Sentir o Porto. Fazer brilhar os olhos. Recordar. E ter os meus comigo. Sempre. Aquele amor maior. Natal é, também, isto.