Do zero!
Há alturas que decides que o melhor é não pensar, deixar andar. Não vais cair na preocupação de passar os dias a tentar encontrar respostas, ou melhores caminhos, outras direcções. Sentes que não estás acomodada, mas a necessidade de virar aquilo do avesso e começar do zero também não é a opção.
Os dias acabam inevitavelmente por irem passando muitas vezes com uma pressa que nem lhe damos conta. Por consequência as coisas vão mudando, as pessoas, os objectivos e a leveza. Não sentes menos, descomplicas apenas e dás mais um passo. Se calhar acabas por acalmar o coração nesse entretanto que foi passando e que nem lhe deste atenção.
Agora paras e observas que, há restos dos quais tu não precisas, não te estão a acrescentar apenas foram ficando ao sabor do vento. Há pedaços perdidos, que têm que ser inevitavelmente postos no lugar. Naquele lugar ao qual já não se pertence e deixá-los lá.
A vida vai ensinar-te que aquilo que hoje te custa, é apenas uma maneira de aprender a valorizar que sempre que fechas a janela devido à brisa, os pedaços que guardas fazem remoinho e estragos.
Se calhar está mais do que na altura de deixares a brisa entrar, livrares-te dos pedaços e abrires a porta. De virares a vida do avesso e começar do zero. Porque todo o fim tem um novo recomeço. Porque toda a história nova só espera uma oportunidade.
Inspira e expira. É uma boa altura para renascer. Do zero.
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