Do verbo Amar [me]
As pessoas confundem muito vaidade com o gostar de nós próprios.
E nós mulheres somos as primeiras na fila a criticar[-nos]. A pôr o rótulo.
Talvez porque procurem muito a felicidade de gostar de alguém em vez de, primeiramente gostar delas próprias.
Acho que a vida me fez entender, pelos meus erros, pelas minhas experiências, pelas dificuldades dos meus, pelas adversidades e pelas pessoas que se cruzaram na minha vida que, raramente vamos ter na vida quem goste tanto de nós como nós mesmos podemos gostar. Ninguém - ou quase - fará por nós aquilo que podemos fazer. E se o nosso sorriso - que é do que me alimenta a alma - pode depender de nós mesmos, ninguém o poderá fazer mais feliz que isso.
Houve alturas em que esperei que a minha felicidade viesse de fora. De dizer que estava feliz porque me faziam feliz. E esqueci-me imensas vezes de me fazer feliz. De me dar mimos. De passar à prática a ideia de que não é por estar sozinha que não sou feliz. De gostar de mim. De me orgulhar daquilo que sou. Quem nunca?!
Depois levas ali um safanão. Que é quando normalmente alguém maltrata esse o teu sorriso e tu percebes que alguma coisa estava mal. E esse safanão valeu para eu olhar mais para mim mesma e dizer - oh pá tu és espectacular (obrigada amigos que me fizeram ver isso em momentos menos bons). E isso não é ser convencida, altruísta, egoísta, vaidosa. É uma mistura de, e não um só rótulo que é também um hábito comum de quem não tem mais nada que fazer e pratica a lei da frustração.
Há gente que não se aguenta e tão só por isso, não aguenta, quem se aguenta.
Uma pena.
É praticar mais vezes o verbo Amar[me]. Não há maior felicidade na vida que a felicidade que vem de dentro de nós mesmos.