Da memória...
Às vezes olho a palma da mão e fico a divagar sobre os riscos que a marcam, estas linhas que mais se evidenciam. Fico a olhar as marcas que vão aparecendo. As que se vão infiltrando, as que não saem mais. Em frente ao espelho as rugas começam a aparecer. Divago sobre o que carregam. Os sorrisos, as expressões, as lágrimas, as emoções que as marcam. O nosso corpo ganha marcas visíveis da vida que vivemos, ainda que o caminho seja mais ou menos calmo, mais ou menos esforçado, elas estão lá. Aquela marca no queixo de quando ainda mal sabia andar cai, continua lá. E sempre vai lembrar o que aconteceu quando olhar para ela. Quando a sentir. Os dias onze de novembro são como uma linha que ficou marcada no meio de tantas outras que o meu corpo carrega. Com a diferença de que quando a encontro não a questiono.