Até já,
Sempre me dizias “Estás tão linda”. Sempre. Sempre que nos encontrávamos repetias isso. E ficavas a olhar para mim com um olhar meigo e de sinceridade. “Pareces que cada vez estás mais nova, sempre bonita”, dizias. E eu passava no carro do trabalho e atrás das grades do portão se me vias lá acenavas tu com a mão. “Sempre a mesma” dizias a toda a gente. E às vezes passavas-me a mão no rosto e no teu olhar vi-a tanto. E uma saudade de um tempo lá trás que não volta, não voltou e nunca voltará. Vou ter saudade de gostar de ouvir esse “Estás tão linda”.
Um dia encontramo-nos Tia.