Aqui, um bocadinho abaixo do Pólo Norte
Acho que nunca pensei na vida escrever um post assim. Acho que nunca me passou pela cabeça algum dia o fazer. Mas como a mim, acho que a muito de vocês. Isto era mesmo coisa para nos passar ao lado e não chegar cá. Até que chegou, está para ficar e a nossa melhor arma para o enfrentar é tentar ficar saudáveis em casa.
Ontem, depois de dois dias em casa, fui trabalhar. E não vi lógica nenhuma nisso (eu e a cagufa que tenho, e quem me segue algum tempo sabe, das minhas crises de garganta e neste momento não pode haver a hipótese de ter que ir a correr para um hospital fazer nebulizações com corticoides) de ter que me deslocar para o trabalho e expôr-me. Mas isso acho que devia ser para quase todos possível. Porque as empresas de hoje ou amanhã terão mesmo que fechar e é melhor fechar com pessoas saudáveis que com pessoas já doentes. Mas somos o país do "logo se vê".
É verdade, peguei literalmente nas minhas trouxas e montei o escritório cá em casa. Não é fácil. Não tenho o espaço que preciso, mas uma pessoa dá o jeito para que as coisas se façam. Há muito skype e messenger para o trabalho e para as outras empresas com quem trabalho.
Eu, que trabalho maioritariamente com o estrangeiro e estou a ver os próximos tempos bem difíceis, vou tentar manter as coisas alerta desde casa. Aqui, com esta vista, perdida nas montanhas, no rio, com ar puro (espero) e a fazer figas "vai ficar tudo bem".
Espero que desse lado se mantenham também seguros. Se possível em casa. E se andarem na rua para o essencial tenham cuidado.
Aos profissionais de saúde continuo a agradecer, após estes dias , o incrível trabalho que estão a fazer e os riscos que estão a correr do trabalho em excesso e das poucas horas a descansar. OBRIGADA!
Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte - mas desta vez - acredito que não seja muito mais fácil para quem vive nos grandes centros!