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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

21
Ago20

Férias fora, cá dentro ❤

Maria

Já cá estou desde terça. 

A saga do teste acabou com a marcação em Vila Real porque faz testes ao fim-de-semana e o Porto não (?!) E para quem faz viagem à terça ou quarta não há outra hipótese quase.

No dia seguinte tinha o resultado por email. E no dia seguinte viajei para a Madeira. Correu tudo muito bem mas tenho que dar a minha opinião sobre o processo de viagem. Dentro do avião.  Mais que haver o cuidado de quem é primeira classe, quem é premium ou quem comprou a tarifa mais baixa, neste momento o mais importante deveria ser quem fez teste antes ou não.  Estou pouco a lixar-me quem ia em primeira classe ou quem vai em económica. Mas sinceramente depois de eu ter feito cerca de 140 km para fazer um teste e fui negativa custa-me não saber se a pessoa que está sentada ao meu lado fez deste ou poderá estar infectado. Não haver divisão disso deveria ser punido. Porque depois quando entro no aeroporto, seguir uma linha "free pass" e separar-me das pessoas com que vim até então é só estúpido. E eu não vim numa low cost vim na TAP e condeno que não tenham feito esse cuidado.

Posto isto. Aterrei na Madeira há uns dias e estou por cá a aproveitar.

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Boas férias a todos!

05
Ago20

Testes à Covid 19 : Madeira VS Açores

Maria

MADEIRA.png

 

A Madeira foi a primeira a chegar-se à frente com a ideia de para entrar em território Madeirense tem que fazer-se um teste. Tudo bem e concordo com a medida. E eles assumem os custos. 

Os Açores foram atrás da ideia, mas anteciparam-se à coisa e na volta assim que isso começou já tinham acordo com mais de cem laboratórios espalhados por todo o país.

A Madeira abriu com um laboratório em Lisboa. Apenas dias mais tarde. Abriu Coimbra. Mais tarde um no Porto, há cerca de uma semana e pico um em Vila Real e recentemente em Barcelos.

A partir daqui, já não está tudo bem.

[Açores 1 x 0 Madeira]

Marcação de testes à Covid 19 para os Açores, consegui marcar com menos de uma semana de antecedência do vôo e no mesmo dia em que enviei um email para um laboratório no Porto, passadas poucas horas, recebi logo um email de confirmação do mesmo.

Marcação de testes à Covid 19 para a Madeira, mandei email para marcação para o Porto e passados quatro dias respondem-me a dizer que não têm hipótese. Mandei email para Vila Real a pedir marcação no sábado dia 25/07 e mais de uma semana e meia depois ainda estou à espera de resposta... (se tivesse viagem entretanto já foste!) e nem vou comentar o atendimento telefónico que recebi ao ligar na passada sexta-feira para pedir informações.

Sendo que, para passageiros com viagens marcadas às terças e quartas-feiras (como é o meu caso - olha o karma) ainda têm outro senão: os testes têm que ser feitos ao fim-de-semana e para isso não há - ainda - solução, quando já passou um mês de terem aberto as portas aos turistas e há AINDA MAIS essa anomalia.

"Não é possível realizar testes aos sábados, domingos e feriados. Os voos que saem às terças e quartas-feiras para a Madeira nem sempre poderão ser agendados neste ADC. Estamos a trabalhar para resolver esse problema." uma das respostas recebidas.

E depois ainda leio comentários de Madeirenses a dizer que se o povo tivesse consciência não ia para lá fazer o teste só no aeroporto. O que se esquecem é que há todo um processo que ultrapassa quem tem viagem marcada para ir. E que quer mesmo fazer o teste antes. E que não se importa de fazer mais de  70 quilómetros (s-e-t-e-n-t-a para cada lado) para o fazer.

O que me cutica a paciência é não trabalharem bem quando fazem propostas deste género.

E anda uma pessoa a pagar um balúrdio para uma viagem dentro do nosso país e é toda uma dor de cabeça para fazer férias cá dentro. Que já quase não apetece.

(e eu não vou propriamente por férias, mas para reencontrar família!!)

Sinceramente...

 

Podem sempre acompanhar todas as novidades pelo Facebook. Ou pelo Instagram - @sorrisoincognito 》

 ▪Texto em destaque na página do @SAPO

30
Mar20

Vai ficar tudo bem!

Maria

Estamos a passar por algo que nem nos nossos pesadelos a seguir a um filme de terror estaríamos a ponderar sequer algum disse que fosse possível. De todo. Acredito. A todos.

Mesmo a esses que ainda assobiam para o ar como se não fosse nada com eles, como se não seja importante a vida do próximo, a luta do próximo, a ajuda, a dificuldade, a fé... do próximo. Até que, só quando lhe for mesmo próximo,ou bater à porta vá ter consciência deste inimigo invisível. Que não seja tarde demais. Mas que se for para escolher, que haja a frieza e o poder de decidir por quem fez as escolhas certas ao invés de quem optou por ser um estupor, mais uma vez na vida.

Adiante.

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No dia 13 decidi a minha quarentena voluntária. Ainda que à espera da validação do tele-trabalho, onde no dia 16 tive que passar no escritório buscar as minhas coisas para seguir com o tele-trabalho e desde então, não mais saí de casa a não ser para ir à farmácia comprar a minha bomba. Tentei fazer tudo direitinho. Incluindo o ensinar aos meus pais que não podem mesmo sair. Por muito que isto custe, por muito que possamos achar que se vai só ali. Por muito que se acha que se consegue tomar todas as medidas necessárias e nada falha. Pode falhar. E eu quero tentar que não falhe. Por mim, mas muito mais por eles. Pelos meus. E por aqueles que sofrem tanto com isso. Por quem está na linha da frente a dar o tudo e mais alguma coisa, sem o maior apoio que é a família perto. E falo muito dos médicos, enfermeiros, pessoal da saúde mas não só, falo das forças de segurança, falo dos farmacêuticos, dos transportes de mercadoria que nos trazem bens essenciais, dos bombeiros, dos que doam comida, dos que se disponibilizam a ajudar os idosos, os que não conseguem, os que têm dificuldades. Esses todos. Que tentam fazer o bem. Por quem não vê os filhos já há tempo suficiente, por quem não pode ir dormir a casa. Por quem não tem conseguido ter tempo quase para comer como para dormir. E não digo descansar, digo dormir mesmo, de conseguir fechar os olhos e conseguir não ficar com a mente a trabalhar.

Não está fácil.

A viagem para o trabalho já foi suficientemente esquisita, mesmo aqui #umbocadinhoabaixodoPoloNorte numa aldeia perdida, mas que sempre havia trânsito e hoje nem isso. Quase ninguém. Mas o chegar lá doeu cá dentro. Deve ter sido por isso que me sinto particularmente mais sensível hoje.

Não somos de beijos, mas somos de abraços, de bater no ombro, de passar a mão na cabeça. Lá no trabalho parecemos mesmo irmãos, e hoje quando os vi senti que quando o meu boss um dia me disse que eu sou a filha que nunca tiveram, aquilo tinha sentido. Em 13 anos só fico sem lá ir duas semanas nas ferias grandes e quando volto a subir as escadas a reacção efusiva juntamente com um abraço de saudades é inevitável. Hoje foi só o Mariiiiia e ficamos ali à distância a sentir a necessidade que uma pessoa tem nem que seja de pôr a mão no ombro a dizer "saudades pá"! E é ali que damos por garantido que não somos muito e somos na loucura bem menos que o que pensamos alguma vez ser. E que de repente há abanões que nos abalroam e nos dão a noção que se calhar apesar do cliché que é dizer que há tantos pormenores aos quais não ligamos, agora vem a vida e te põe ali de joelhos  mais perto do chão para percebemos que é muito fácil não teres os pés no chão por mais que sintas todos os dias que os tens.

Vida esta hein?

Aproveitei e fui às compras. Até porque a ultima vez que tinha ido, foi na loucura do papel higiénico, há cerca de duas semanas e meia que não ia. E só hoje vi todas as medidas que tiveram que implementar. Os seguranças à porta. A limitação de entrada de pessoas (se bem que tive a sorte de ir bem cedo e só estarem três/quatro pessoas dentro do hipermercado quando entrei, já quando saí...). Os avisos de não mexer nas coisas, de ver com os olhos. De não nos aproximarmos das pessoas. De esperar pela nossa vez lá atrás. De esperar que alguém saia para pores as compras no tapete... foi estranho. Nunca me senti invadida a fazer compras. Quase que sufocada a querer sair dali o mais depressa possível. Do ter medo de tocar no que quer que fosse e no ansiar que poderia já estar evoluído ao ponto de olharmos para uma coisa e ela ir parar ao carrinho por obra de quem quer que seja e não das nossas mãos. O andar com álcool atrás porque nunca encontrei gel (que não me custasse os olhos da cara). E assim que entrei no carro, senti-me tão impotente, medricas, parva, pequenina e foi ali que o eu mundo parece que desabou. Porque me lembrei desses estúpidos que saem à rua só porque sim, sem necessidade essencial para o fazerem e voltei a lembrar os vídeos que tenho visto que me cuticam o coração. O médico que foge do abraço do filho assim que o vê ao longe. Do José Alberto Carvalho que perdeu um ente querido e nos lembra, mais uma vez, como até isso nos tiraram, a despedida de um ente querido. Ou mesmo o vídeo de um hospital em Espanha onde os médicos estão já bastante cansados e a policia e bombeiros fizeram um ajuntamento em frente ao hospital a apitar e a bater-lhes palmas, numa de alento e apoio. Ou o vídeo do gnr que pára o carro em frente ao seu prédio e põe a música do "BAby shark" no qual dança cá fora, com a sua filha a ver pela janela e a rir-se no colo da mãe.

Isto esmaga-nos certo?

[Pelo menos a quem não acha de bom tom perante esta situação pegar no carro e ir passear ali para uma esplanada à beira mar. Ou furar a quarentena só porque vou ali à padaria ao lado de casa comprar uma raspadinha. Ou porque vou ali ao posto de abastecimento beber uma jeca já que os cafés, esses malucos, fecharam. Ou vou ali ao parque, que até por acaso está fechado com umas fitas, mas eu consigo dar a volta aquilo e até passo por cima e sigo caminho. Olhem e nesta parvoíce até vejam que não estou só e não sou o único - que gente é esta meu Deus?]

Caraças. E isto toca lá dentro de uma maneira incrivelmente avassaladora.

E hoje, talvez pelos dias de quarentena, sinto-me sensível.

E não é só porque pus ali a dar o concerto que passou ontem do Zambujo e do Miguel Araújo. É porque caraças isto é sério e está mesmo a acontecer. Ali, do outro lado da nossa porta. Não só da minha, mas da de todos. Isso mesmo, do outro lado da prta de cada um - por isso o fiquem em casa ok?!

Tão verdade como eu continuar a ir à varanda e a minha afilhada do outro lado, na varanda dela, me continue a pedir colo, que a vá buscar porque está presa. Tem dois anos. Caramba. Isto não devia estar a contecer. Mas está.

Índice de sanidade mental de quarentena: é isto! 😔🙌

Coragem Maria, coragem. Vai ficar tudo bem!

22
Mar20

Não há agasalho que nos proteja de pessoas frias. O resto dá-se um jeito

Maria

Às vezes ainda me surpreendo com as pessoas. Não devia.

Enquanto há todo um esforço para não se sair de casa.

Enquanto uns fazem tele-trabalho. E empresas fecham.

Enquanto uns têm que fechar os seus próprios projectos, lojas, empreendimentos, o pão de cada dia.

Enquanto uns fazem isolamento/quarentena voluntária.

Enquanto uns não visitam a família.

Enquanto uns adiam casamentos, batizados, festas comemorativas...

Enquanto uns não festejam o aniversário com a família e amigos. 

Enquanto uns ficam isolados e completamente sozinhos em casa.

Enquanto as escolas fecham e todas as crianças vão para casa.

Enquanto pára o futebol.

Enquanto uns dão concertos a partir de casa para animar a malta.

Enquanto uns dão aulas de fitness, exercício físico, zumba, o que seja - de casa - para nos manter activos de casa.

Enquanto há pessoas que gostavam de ficar com os seus em casa e arriscam todos os dias a ir trabalhar para os restante de nós termos o necessário.

Enquanto uns arriscam a vida para agarrarem a vida de outros - Obrigada!.

Enquanto uns não conseguem fazer a ultima cerimónia merecida a um ente querido.

Enquanto há pessoas que têm família internadas que já não visitam alguns dias...

Enquanto há pessoas que se disponibilizam a ajudarem os mais necessitados e os mais idosos.

Há outros que num dia de sol, vão passear para as marginais, para as praias, para o calçadão, para o raio que as parta porque isso não vale e pode ser evitado sem custo. Sim sem custo, poupem-me - a mim e a todos aqueles que adotaram o #ficaemcasa.

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Em tempos escrevi - Não há agasalho que nos possa proteger de pessoas frias. Distantes. Amargas. De pessoas que não olham para o lado, que não sentem os outros, que não se dão. Pessoas que não sabem sorrir. Ajudar. Ver além do seu mundo.

E é tão isto. Enquadra-se. Não se entende essas pessoas. Não se entende como fazem isto. Não percebo pessoas - destas. Não consigo.

09
Jul19

Não é algo fácil de se dizer. E entender.

Maria

Não apetece

Às vezes não apetece.

Se calhar anteriormente já disse, que o "não apetece" é desculpa mal amanhada. Mas não é.

Às vezes é só mesmo isso. Não há outra explicação. Ou há tantas que se resumem a essa mesma. Às vezes não há vontade. Não há pachorra. Não estás para aí virada. Às vezes não fazes, não queres ninguém, não queres falar, não queres ouvir. Às vezes não apetece mesmo.

Às vezes tudo parece que te aborrece e tão só por isso não apetece.

Não é sempre. Mas tem dias que não é mais nada além disso. E por isso é tudo

03
Abr19

O manter o foco...

Maria

Março foi esquisito. Tirou-me a vontade de escrever. Mais que isso. De partilhar. Tirou-me muita vontade. Como ao mesmo tempo sinto uma vontade de desabafar tudo e mais alguma coisa. Mas não consigo.

Quando criei o blog o intuito era esse mesmo partilhar para além dos diários que já fazia e das folhas de word que enchia com desabafos e pontos a lembrar. Foi também para aprender a partilhar. Como se a contar a terceiros. A saber falar com outros. Sempre fui reservada. Difícil de desabafar. Difícil de desabar. Mas humana, e por isso mesmo faço tudo numa introspectiva muito minha. 

Houve alturas que o blog ajudou-me imenso. Grupos que se criaram. Pessoas que foram muito ombro. Alturas em que consegui desabafar. Falar e partilhar aquelas dores, os medos, a ansiedade e as opções tomadas. Houve alturas que foi aqui que tudo se resolveu. Comigo mesma, mas fora de mim.

Estou novamente naquela fase que preciso tornar a aprender. A partilhar. A desabafar. Porque isto nem sempre é sorrisos. Mas continuo no lema que os meus sorrisos é que têm que ser partilhados porque as mágoas ninguém tem nada a ver com isso.

Ora, Março foi esquisito. Teve abanões. E trouxe medos. Positividade sempre ali a piscar o olho, mas medos. Que me tiraram vontades. Mas traz esperança. E figas certo?! Boas energias.

Tenho andado a mil. Cansada que não me lembro. Problemas atrás de problemas e preocupações. Muito trabalho, que cansa mas ajuda muito a manter a cabeça ocupada. O que importa é o foco.

E o foco em que tudo vai correr bem ninguém mo tira. É isso.

Abril estamos juntos!

14
Mar19

Os solteiros têm que estar mais disponíveis?

Maria

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Cada vez acho que sou mais pão pão queijo queijo. Dou com a mesma moeda. Interesso só por quem se interessa. Fecho-me e quero que o mundo de quem não se interessa exploda se não se preocupam se o meu está com fumo.

Sempre achei que fui muito Amiga. Muito prestável. Muito estar lá sempre. Muito poço para afogar mágoas. Sempre fui muito ombro. 

Não deixei de ser. Mas deixei de dizer que estou cá (até precisarem mesmo e eu sei que vou lá estar no que puder mas pronto).

Pelo menos para quem se afastou e vem só de vez em quando.

Perdi a paciência. O interesse. O querer que isso me acrescente quando à partida tem um destino traçado infeliz.

Deixei de querer estar lá sempre. Deixei de ter que ser eu a dizer alguma coisa. Deixei de ter que ligar para saber se está tudo bem e se lembrarem que eu existo. Deixo cada vez mais esta preocupação nos outros.

Deixar de estar disponível só para as festas. Só para as jantaradas.

Deixar de querer estar lá só quando tudo é bonito e coisa e tal, mesmo que isso me tenha valido afastar de algumas pessoas e ficar com poucos "perto".

Tudo começou quando ouvi "tu estás solteira, é mais fácil, aparece".

Isso nunca é um convite, é um passar de testemunho para que sejas tu a fazer-te à vidinha. Para que sejas tu a aparecer para todo o sempre. Para que tu te tenhas que deslocar aqui e ali para ver para falar.

Do género, Tu que estás solteira, combina as coisas e aparece. Eu morri para a vida,  só que não. WTF?!

Porque de tudo o resto continua-se a fazer. Mas a solteira é que tem que aparecer. Poupem-me. Se eu só por ser solteira tenho tempo para ir a casa das outras pessoas, a minha casa também pode ser visitada. Ou um qualquer café ou um qualquer restaurante. O meu número também é contactável, não tem a opção só de ligar ou só de enviar mensagens.

Não é por eu ser solteira que estou mais disponível. A disponibilidade não tem nada a ver com o se usas aliança no dedo ou não. Mas tem a ver com a tua predisposição para algo.

"ah nunca mais apareceste lá em casa!!" yap e as pessoas não saem? ah nunca mais me ligaste e eu olha, pasma-te solteira mas com o mesmo número. Perdi um pouco a paciência para desculpas mal amanhadas.

Cansei de ter que ser eu a perguntar se está tudo bem. Como as coisas rolam. Se o casamento vai bem. Se o trabalho dá para sobreviver. Mimimi e o diabo a quatro.

Por ser solteira, basta eu aparecer? Não precisam de se interessar por mais nada?

Cansei. Oh pá deslarguem-me.

Retribuo na mesma moeda. Nós solteiros não temos que estar mais disponíveis. Há dias que estamos demasiado ocupados assim como os que não são solteiros dias têm que estão mais disponíveis. 

As pessoas têm que parar de olhar tanto para o seu umbigo e não fazer dos outros disponíveis.

Ah tu tens tempo!

Todos temos. Quando estamos disponíveis. Uns para os outros. Todos temos tempo.

PS.: Vi a imagem no perfil do Homem sem Blogue ontem quando estava a escrever o texto e ao partilha-la pensei "olha, na mouche!".

14
Nov18

Sem filtros

Maria

Sem filtros

 

Chega uma hora que pouco importa. Pouco importa se tens isto ou aquilo.

Pouco importa se não ligares ao que tens mesmo ao lado quando tudo falta. Que és tu e pouco mais

Um facebook com tantos "amigos" que já não te conseguem enviar convites de amizade, um instagram com "k" de seguidores, Esses que marcam presença no mesmo sítio e nem se conhecem. Mas "são" amigos nas redes sociais.

Quando na realidade, contas pelos dedos de uma mão, aqueles que vão lá estar quando precisares. Ou mesmo quando não precisares.

Na verdade estamos numa era em que construimos imagens para os outros e esquecemo-nos de a construir à nossa imagem (muitas vezes!).

Nem sempre está sol. Nem sempre sorrimos. Nem sempre todos os pensamentos são positivos. Nem sempre a nossa juba é bonita e ao acordar, valha-nos deus, na maior parte das vezes não queremos que ninguém nos veja.

Mas há sempre uma foto anterior que está top e é essa que nós vamos partilhar.

Nem sempre estamos boa onda e nem sempre nos rodeamos de pessoas boa onda. Nem sempre à nossa volta há filtros para nos proteger das coisas menos boas e podermos absorver só o melhor. Às vezes não há planos. Para que as coisas sigam um caminho melhor, quando na maior parte das vezes só arriscamos sem antever qual será mesmo o melhor caminho. Nem sempre lidamos bem com os erros. Não encontramos todas as respostas. Não conseguimos ultrapassar todas as linhas travessas que nos abalroam. Mas não somos os únicos. Acontece a todos.

Esquecemo-nos tantas vezes de nós. Não é por partilhar muito ou pouco, mas por partilhar a pensar se vão gostar ou não do que se partilha. Esquecemo-nos de partilhar o que realmente gostamos. Ninguém partilha um franguinho de churrasco quando um prato de sushi está nas visualizações mais chamativas. Mesmo que «ah gostas de sushi? Mais ou menos...» "tá beeem!".

E nós gajas, em "TPM alerta" pouco publicamos e em modo muito, muito selectivo, porque se fossemos a publicar sentindo a verdadeira essência da coisa, 1/3 "desamigava-nos", porque nós sabemos que somos um pouco insuportáveis nesse estado de alerta. Hormonas.

Na verdade devemos olhar mesmo mais para o nosso umbigo. E não é pensar que o mundo gira à volta dele, mas que a nossa vida gira e só isso importa. No final, é mesmo o que importa - o nós - eu, o meu corpo e a minha mente. Aquela sintonia. O estar bem connosco mesmo. Com as nossas vibrações, a nossa energia. Os nossos sorrisos e as nossas cicatrizes. Aceitar-nos. Muito mais que tentar que nos aceitem. Termos a iniciativa de não ir pelo que os outros dizem, pelas modas só porque sim, pelos grupos, pelas tendências. Não apostarmos em ser aquilo que não somos. Querer o nosso bem. Vingar a nossa vontade. Lutar por ser feliz. Seguir a diferença se assim foi o que S-E-N-T-I-M-O-S.

Ahh e os outros não importam? Claro que sim. Depois de mim tudo importa, e esse tudo corresponde a tudo o resto que me acrescenta. A família, os amigos, os bons amigos, as minhas pessoas, as que me vão chegando. Tudo o que acrescenta. Inteiros. Mas esses que estão lá quando realmente o resto falha conhecem-nos. Há mesmo aqueles que nos conhecem tão bem quanto nós e há ainda aqueles que parece que nos conhecem melhor que nós mesmos. Esses gostam do nosso humor assim como das nossas birras, gostam dos nossos sorrisos porque já nos viram as lágrimas, gostam da nossa companhia porque quando não estamos, sentem-nos a falta.

Esses que nos conhecem até de pijama com o cabelo despenteado, o verniz descascado e a cara por lavar. Com as meias polares por cima das calças. Com o cheiro a fumo depois de estarmos à lareira. Com cara de zombie quando estamos adoentados. Sem filtros. Mas com aquele sorriso nosso. Que sempre é bom para partilhar.

Sem filtros. Viver sem filtros é bom. É só experimentar.

20
Set18

Sa'foda.

Maria

Partimos do princípio, de uma educação ou não, mas de valores, de coisas nossas, que as coisas têm que ser minimamente certinhas do "nosso jeito". Erguemos muros, supomos caminhos traçados. Vincamos personalidades. Fazemos de um todo para que a vida ande por ali, pelo tal dito caminho traçado que nos parece, a olho nosso, melhor.

Que sabemos nós de, antes de viver o que quer que seja, o que chega a ser melhor para nós?

Ergui demasiadas barreiras, fiquei fria e direta. Não querendo dar braço a torcer nem optando por algo que é desconhecido e que saia dos parâmetros quase sempre supostos de se manter, naquela linha ténue que é o - suposto - melhor caminho.

Há um dia em que sofremos aquele abanão. Em que o pé falseia e quando damos conta estamos estateladas no chão. Da maneira que sou, a rir. Sim, é mesmo a minha cara. Estatelada no chão e a rir de mim mesma. A rir de me estar a rir de mim mesma, logo a não conseguir parar de rir. Sempre tive essa capacidade. Graç'á Deus. E ali, meio perdida, com a ficha a entrar em conflito pergunto-me, porque já não te permites a sair da linha? A correr riscos? A ver que, o que parece ser do avesso pode ser o teu lado certo?

Entendem o que eu digo? Já sentiram isso na pele?

 

Permitam-me a expressão e sabem que mais, Sa'foda!

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