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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

11
Dez17

A tempestade "Ana"!

Maria

Ontem era dia de tempestade "Ana". O alerta tinha sido dado e os avisos mais que distribuídos. O Norte estava em alerta com aviso vermelho, devido principalmente ao vento forte. Seria então um típico domingo morrinhento dentro de portas. Como sabem, moro ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte, numa terra que tem o vento como nome do meio, mas... aquilo que vi e ouvi ontem ultrapassou tudo aquilo que me lembro de até à data ter ouvido. Mesmo ali naquele pedaço de terra que já se vai habituando em ser conhecido como a terra do vento.

Durante a tarde tive uma única fuga de casa, para ir dar colinho à afilhada mai'nova, que mora tão longe como a casa ao lado e já aí o vento estava forte, o que me fez quase cair pelas escadas abaixo e como era impossível abrir um guarda-chuva foi correr o mais que pude e nem assim evitar ficar toda encharcada.

A coisa tendeu a piorar, aliás como era o alerta - entre as 20 e as 2 horas da manhã de hoje.

Tinha-se combinado ver o jogo do [meu] FCP juntos, mas foi abortada a saída de casa visto que o tempo não estava propício e muito menos convidava. Já depois do Porto marcar os 2 ou 3 primeiros golos tudo começou a intensificar-se.

O barulho cá fora assustador. Cada vez mais. Parecia que as persianas estavam a tentar ser arrancadas. Ouviam-se barulhos estranhos no exterior da casa, mas fora de questão ir espreitar. Aquilo assobiava por todos os cantos. E eu enrolada na mantinha só pedia para que aquilo passasse rápido. A chuva até não era muita, mas o vento. Minha nossa o vento era claramente sentido. Até que por uns segundos - gigantes - aquilo estremeceu tudo. Barulhos muito fortes e a luz foi abaixo. Ficou-se ali às escuras a ouvir-se o tumulto que se passava cá fora. 

De repente acalmou.

Um silêncio assustador. Depois daquela rebeldia toda. Continuou-se sem luz.

Abri uma das janelas e espreitei cá fora. Consegui ver que a rua estava cheia de restos de uma placa de pladur. Não quis ver mais. Estava frio. Fechei a janela, ainda sem luz e deitei-me.

Eu, que tenho insónias e que para dormir é os cabos dos trabalhos passei quase a noite em claro. Sempre em alerta quando começava a soprar um pouco mais. Depois foi a chuva.

A luz voltou. Liguei-me à internet e vi as ultimas actualizações. Infelizmente muitas ocorrências. Só queria dormir e que tudo já tivesse passado.

Acordei ainda escuro e esperei que se fizesse luz. Abri a janela:

 

20171211_082820.jpg

 

Está frio. Nevou na serra e começa a sentir-se o gelo. A chuva continua. Não usei a estrada habitual para o trabalho porque nestas alturas fica bastante perigosa - nem imagino como esteja. Vim por uma alternativa. Mesmo assim, vi árvores caídas. Acidentes. Condutores com condução irresponsável face ao estado das vias. Bastante sujas. Muitas folhas. Ramos de árvores. Terra. Escoamentos entupidos. Lençóis de água. Placas destruídas. Outdoors arrancados. Estruturas feitas num oito.

Cheguei ao trabalho bem depois da hora de entrada mas bem. Todo o cuidado a conduzir é pouco.

Já no trabalho, a chuva intensificou-se e houve um trovão que iluminou todo o escritório.

Eu disse. O inverno quando viesse ia trazer tudo aquilo que tem atrasado em chegar.

Que se fechem as portas da serra que está a ficar um grizo mais ou menos e é esperar que não hajam muitos mais estragos.

E coragem Maria! Coragem! Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.

16
Out17

Portugal a arder.

Maria

Incêndios

 

Ontem a vista de minha casa, às três da tarde era esta. O vento forte traz. A minha casa cheirava a fumo. E isto estava longe de ser um dos lugares que por exemplo vi em directo na TV, como por exemplo Tondela. Dá medo. O vento. O fumo. O pânico nas pessoas. A falta de comunicação. Tudo a fugir. Os mesmos desabafos. As estradas sem visibilidade. Os acidentes. E depois a constatação de mortos. Estamos em Outubro. É certo com um tempo fora de normal para a altura, mas como é possível um país a arder desta maneira? Responsabilidades? Meios? Mão severa nesses (des)humanos que matam aquilo que nos dá vida. Uma tristeza. Uma impotência perante estes cenários devastadores. A subida do número de vítimas... E o que a noite encobriu que nos permitiu deduzir que o amanhecer seria negro...

Hoje chego ao trabalho e às nove da manhã da janela, era isto:

 

Nove da manhã a caminho do trabalho e mais pareciam oito da noite. O fumo. O cheiro. Uma calmaria estranha. À entrada das instalações do trabalho algo não estava bem. No parque de estacionamento um "lixo" estranho. Assim que abri a porta do escritório percebi. O chão da parte de dentro cheio de vestígios de fogo. E um cheiro forte e cada vez mais intenso à medida que subi as escadas a fumo. Já no andar de cima e por ser tudo em vidro para a frente das instalações me apercebi realmente do que aconteceu. Ardeu tudo à volta. Aliás ainda fumega... e então que me contaram. Os primeiros bombeiros chegaram às 3 da manhã. E acho que o cenário esteve mesmo mau. Graças a Deus não afectou nada aqui dentro.
Continuo sem ver o outro lado da montanha. Do Rio. Está escuro. As luzes têm que estar ligadas. Continua o fumo. Parece que vem de todo o lado. Triste início de semana.

Sem NADA fazerem os que de direito. Como baratas tontas perante um cenário que nos surpreendesse a primeira vez. Mas não é. E continuam sem planos, sem apurar responsabilidades e é o Deus nosso Senhor nos acuda.

Só apetece dizer, balelas, tretas, ide gozar com o caralhinho que isto é inconcebível. Mais do mesmo.

O balanço é, como seria de prever depois da noite de ontem, catastrófico, com um número de vítimas confirmadas até ao momento (14h) de 31 mortos.

Nilton, numa publicação disse, das frases mais acertadas que li:

"Estamos num estranho limbo onde as calamidades continuam a acontecer e não há nem culpados nem soluções. Pior, as instituições que nos deviam defender, como o Governo, a Proteção Civil, parecem baratas tontas que nunca viram um fogo e foram apanhadas desprevenidas pela primeira vez. Portugal é o gajo que se senta a ver o Titanic vezes sem conta e fica sempre admirado porque o barco foi ao fundo."


Imagino nas situações mais trágicas... muita força a todos os habitantes das terras mais fustigadas e aos bombeiros! Aos bombeiros um bem haja, pela coragem, pela força.

Bombeiros

[Imagem - internet]

 

 

18
Jun17

Pray for Portugal!

Maria

Estamos de luto.

bombeiros.jpg

 

62 mortos (em actualização) e 54 feridos.
Acordar com estas actualizações é começar um dia com o coração apertadinho de tristeza por #Pedrógão Grande!
Uma tragédia gigantesca que infelizmente prevê-se aumentar.
Vítimas em carros, na estrada e em casas destruídas. Imagens de terror. Muito calor, muito vento. Poucos meios.
O meu coração está com a família das vítimas e com os bombeiros que acredito, dentro do que lhes é possível fazem o impossível com os factores adversos que os limitam.

Que possamos ser solidários como sempre somos reconhecidos pela nossa ajuda, quem é de mais perto que ajudem com água, leite e frutas para os bombeiros que estão há horas em esforço a combater forças da natureza que mais parecem não estarem ao alcance do comum mortal.

Para todos os desalojados e famílias que perderam quase tudo, desejo que tenham força para ultrapassar esta enorme tragédia.
Os meus sentimentos a todos os afectados 

27
Abr17

Constatação *135*

Maria

É nestas alturas que me arrependo de quando tive que fazer uma mala de inverno ter argumentado "custa tanto fazer uma mala de inverno".

Sim, porque fazer uma mala neste clima que nem é uma coisa nem é outra é que me deixa completamente à nora. Não sei se leve calçado fechado se aberto. Se leve biquíni ou impermeável. Se é t-shirt ou manga comprida. Se uma casaca/jaqueta serve ou se vou apanhar noites em que a mantinha vai saber bem. Depois vais para um destino que é por norma mais quente que o nosso mas que te avisam que o tempo não tem estado assim tão quente mas de repente dá para ir à praia. Que por exemplo a noite passada deu porrada de trovoada e chove há três dias. Yap ajuda bué!

03
Mai16

Hoje

Maria

Sempre disse que fui feita para o sol. Sempre. O sol dá-me luz. Alegria. Acordar com sol e a vontade de sair da cama é única. Vontade de sorrir. Apenas isso. Dá-me leveza. Paz. Há quem a procure nos lugares. Ou nos outros. Eu tento encontrá-la em mim. Em dias de sol é fácil. Tudo parece mais bonito. O céu azul. O brilho na sombra. As cores. O espírito. Os rostos.

Os sorrisos. Sorrisos e sol. Aquela base para qualquer sobremesa na vida ficar para segundo plano.

É aproveitar até aos últimos raios de sol.

17
Fev16

Faceweek*

Maria

A semana passada foi para esquecer em termos do tempo. Toda a semana choveu, culminando no fim da semana com imenso mau tempo, muita chuva, nevoeiro, frio e vento.

IMG_20160217_133808.jpg

O dia do sorrisoincognito com os seus sete anos. As noites quentinhas de pantufas eu e a piolha mai'nova. Os olhares à chuva que não nos largou. A manicure da semana. O gesto que me enche de orgulho, fui doar sangue uma vez mais. Encontrei pimentos padron à venda e eu adoro, não encontrei nenhum picante, uma decepção mas estavam óptimos (salteados). Jantar em casa de uns amigos no fim de semana com a massa (muito boa) receita de um amigo, com o que calhou, no caso cogumelos, camarão, mexilhão, amêijoa, pimento, queijo, chourição. E a sobremesa que é sempre uma delícia, crepes de chocolate com bola de gelado stracciatella.

Mais pelo Facebook. Ou pelo Instagram - @sorrisoincognito

16
Fev16

Peripécias de zero graus nesta terra à beira Pólo Norte plantada!

Maria

WP_002158.jpg

 IMG_20160216_101124_975.jpg

(o vidro do carro não está embaciado, é mesmo gelo)

A vida não é fácil para quem não tem garagem para o carro morando ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.

Hoje acordo com um solzinho a entrar pela janela. Primeiro pensamento “segundo dia sem chuva, oh yeah!”

Ligo-me às redes sociais e aparece a foto de uma vizinha encapotada até às pontas do cabelo, com o nariz vermelho com a legenda “cá gelo”.

Tudo para o dia correr bem a partir do momento que, depois de oitenta e sete voltas tens a coragem de pôr um pé fora da cama e sentes que acordaste em pleno Pólo Norte. E o meu quarto até é quente, tão só por isso, quando me lanço para fora do quarto, acordo para a vida. Isto até abrir a porta de entrada da casa e reparar que está tudo coberto com uma fina camada de gelo. Tudo branquinho e levas com uma aragem capaz de te congelar até os pêlos do dedo mindinho cuja cera não agarrou da última vez que foste à depilação.

Coragem Maria, coragem.

Eis que me aproximo do carro e ele completamente congelado. Portas coladas e branquinho. Maravilha pensei, já com o nariz a ficar vermelho ali entre o ataque de querer mandar o trabalho às favas e ir-me enfiar novamente no quentinho e o lá terá que ser. Tenho a sorte de ter uma mangueira ali a postos perto do carro. Tive foi o azar assim que me aproximei dela reparar que tudo estava congelado, incluindo a água que não saía nem à lei da bala (ou de eu rezar a todos os santinhos).

Tenho também a sorte de ter um tanque por perto, que por acaso até tinha alguma água e esperava-me um balde à beira.

Coragem Maria, coragem.

Imaginem as vezes que fiz o exercício de lançar baldes de água ao vidro do carro, até fiquei com calor antes mesmo de conseguir entrar no carro. E ligar as escovas do só para as estragar mais um pouco, mas foi assim que consegui tirar metade do gelo do vidro dianteiro. O da minha parte.

E assim me meti à estrada. O carro marcava zero graus (intermitente - alerta de gelo - sério?!), um sol lindo e o gelo nos vidros a descongelar pelo caminho. No vidro atrás não via nada completamente cheio de gelo assim como de lado. Tive a sorte de conseguir baixar a janela do outro lado uns cinco centímetros e foi o meu campo de visão para me lançar à estrada. Nas serras? Neve. O dia ainda agora começou.

Coragem Maria, coragem. Tu sabes, a vida não é fácil para quem mora ali um bocadinho abaixo do Pólo Norte.

13
Jan16

Do mau tempo.

Maria

Já aqui falei anteriormente. A estrada que faço para o trabalho não é das melhores. Interior do país. Norte. Inverno. Mau tempo. Rio. Montes. Cheias. Desabamentos. Foram estas palavras que na ultima semana mais se ouviu por aqui. A primeira semana do ano e eu não consegui um único dia fazer a estrada que normalmente faço para o trabalho. De inverno é sempre uma estrada mais perigosa, em dias de tempestade é melhor não arriscar ao ter caminhos secundários... Desde que voltei ao trabalho hoje foi o primeiro dia que consegui passar nessa estrada. E realmente estava como previa, ainda com efeitos da tempestade que andou por aqui. Alguns desabamentos, muitas pedras à beira da estrada. Árvores partidas e muitos ramos arrancados. Muita terra na estrada. Muita lama acumulada nas bermas. E alguns postes de electricidade que se foram. Triste ver um cenário assim. Mas mais ainda é olhar para o [meu] Douro lindo e estar "apagado". Tão barrento. Tão lamacento. Tão sem espelho, sem alma. Tão "não" ele.

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