24
Nov09
Peripécias... *2*
Maria
Saído não sei bem de onde, veio aqui parar à minha sala um vendedor. Não morro de amores por vendedores (que me desculpem) costumam ser assim pró chatos, mas há excepções. O que veio aqui parar era cota, e não, não tinha ponta que se lhe pegasse que pudesse deixar-me com a sensação de que era um cota fixe. Num primeiro olhar dei-lhe o benefício da dúvida e pensei para mim mesma, vá lá Maria não sejas mazinha!
Ele foi daqueles que se lhe dá o dedo e ele quer a mão já a atirar pró braço.
O homem olhou de cima a baixo, o homem insistiu em perguntas sem pé nem cabeça, voltou ao mesmo assunto quinhentas vezes e perguntou outras tantas pelas pessoas que desde inicio disse que estavam ausentes…o homem não tirou os olhos do anel que uso no dedo anelar da mão esquerda e quando tirou foi para me olhar fixamente e dizer baboseiras sim porque até agora não percebi qual o tipo de máquina que me queria vender. Como o despachei? Fácil. Perguntou-me se era daqui. E como quando não conheço de lado nenhum e já não estou a ir com a cara da pessoa esta é das perguntas que me fervem, num instantinho saiu-me um Não! um tanto ao quanto expressivo e fixei-o, fixei-o de tal maneira que ele assim a modos que nervoso deixou cair o raio dos óculos, prontamente disse que não estava habituado a usa-los levantando-se da cadeira e caminhando até à porta. Acho que os meus olhos estavam um bocadito vermelhos e as pupilas quase quase a saltarem e ele percebeu que atrás de um sorriso estava um bocadito de mau feitio.
Quando ouvi a porta fechar e lembrando-me da expressão a atirar pró assustado deu-me uma risota, fez-me lembrar nos filmes, há sempre alguém que sai a correr assustado e tropeça pelo caminho de tanto olhar para trás!!! É que já estava a ver o homem estatelado no meio do chão com as resmas de papel a cair-lhe em cima e o pessoal da produção cá fora todo as gargalhadas!!! Pronto às vezes sou tão mázinhaaaa...