Eu sempre disse que adorava ser mãe!
Até à data ainda não o sou, não tive essa felicidade. Eu gostava de ter sido mãe já há uns anos, pela parte de adorar as crianças, no entanto não é assim e apenas por desejo que se o é, e todos os outros pontos relevantes para a questão não estiveram até à data à altura de. Mas avante. Eu sempre disse que adorava ser mãe. E ser tia é o mais próximo que me faz estar disso. Olhar o pequeno príncipe, tê-lo em meus braços e na minha vida é um amor incondicional que nada abala. E agora com cinco anos tenho umas saudades enormes de o ter assim bebe, frágil e indefeso no meu peito só para me sentir a sua protecção. É um amor que ultrapassa a barreira do coração e todas aquelas ramificações que fazem de um amor às vezes o que não é. E eu sempre serei para ele a tia e ele será para mim sempre o filho de coração. E só Deus sabe o que me custa esta distância que me/nos tira tanto do tanto que este amor dá. Depois tenho as minhas amigas que estão na fase do procriar, e que me dão os outros bebés sobrinhos/as de coração, porque o sangue permite barreiras mas o coração não. E esta minha pequena “sobrinha” que nasceu à poucos dias (7), traz-me a lembrança da saudade que tenho de encostar em meu peito um ser frágil, delicado, puro e repleto de paz. Cada minuto partilhado com estes seres é um tempo que passa enriquecido, soberbo de felicidade. Eu sempre disse que adorava ser mãe e não sendo de filhos meus, poder transmitir o amor que lhes tenho aos que me são próximos abraça-me o coração. E não pensem que gosto de os ajudar cuidando-lhes dos filhos, eles é que me ajudam a mim, muito...