Entre o saber estar e o querer, não há estatuto social que compre.
Levamos uma vida a ouvir que devemos sempre sonhar e ir atrás dos nossos sonhos. Depois vem alguém armado em sabichão cortar as asas numa de dizer tem lá juízo e está quietinho que mais vale. Aqui fica um exemplo de pessoas cuja formação não é exemplo de saber abrir a boca na altura correcta e de que para avaliar certos assuntos é preciso saber do que se fala, com quem se fala e como. Este vídeo está a correr internet e tudo o que é rede social e eu partilho-o porque afinal de contas lembra-me um bocadinho no meu trabalho os engenheiros que querem ser chamados de doutores engenheiros e na prática quando tento falar com alguns parece que falo de alhos e eles de bugalhos (generalizando ok?!) que é como quem diz, nem tudo o que tem estudo é melhor que o que não tem. E acho que tem que haver muito nariz por aí a deixar de ser empinado ao olhar para os outros e que devem pensar antes de falar. E a verdade é que muitas vezes mais vale estar a ganhar o ordenado mínimo do que estar em casa e pertencer aos milhares de desempregados deste país que nada recebem ou que preferem ficar em casa a receber menos que o ordenado mínimo que irem trabalhar por isso ou pouco mais, depois anda uma pessoa a trabalhar para descontar para muitos outros que vivem do que nós descontamos e que estão em casa a coçar a micose, mas isso é matéria para outro assunto.
Isto aconteceu no programa «Prós e Contras» da RTP. Martim de 16 anos, numa altura em que se falava sobre empreendorismo e motivação, tentou ar a conhecer a sua experiência e o seu sonho que quis tornar real e de repente foi interrompido por uma convidada, doutorada, Senhora Raquel Varela, a qual achou por bem fazer-lhe questões que não tinham a ver com ele directamente e que não se adequavam à ideia que estava a ser interpretada pelo miúdo. Teve resposta à altura.
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