Já há muito que tento não ficar com as coisas engasgadas cá dentro porque este problema da tiróide sofre. E não estou cá para sofrer. Vai na volta o que tenho a dizer digo. Mas e do futebol que não tenho falado? Do futebol que não tenho discutido? Do futebol que tanto nervo me tem dado?
Só Deus sabe e os meus amigos também como sofro com um jogo do [meu] FCP
Fica tudo ali durante o jogo. Ontem no fim do jogo quem olhasse para mim não via, mas por dentro estava como o Felipe aquando o fim do jogo, ou mesmo como o Danilo a escorrer sangue. Senti que eles deram quase tudo dentro do campo, assim como eu, fora. Gritei, zanguei-me, disse milhentos palavrões. Sentei-me, levantei-me. Virei a cara e tentei roer unhas. Bati demasiadas vezes com a mão na perna porque a mesa não estava ao alcance. Desejei não ter jantado antes e pedi um chá no final. Aquilo para quem gosta de futebol enerva mesmo. Eu não posso. A tiróide não gosta e convenhamos o raio do herpes está sempre há espera de uma desculpa esfarrapada para voltar a aparecer. Grande merd@.
Que jogo nhec. Primeiro resmunguei porque achei que não estavam a jogar para ganhar e não estavam. Primeiro achei que aquilo estava a engonhar demais e engonhou. Primeiro os meus olhos enevoaram ao pensar que não íamos aproveitar o que havia para aproveitar. Rais parta que não aproveitamos mesmo! Depois achei que a estrelinha não estava lá, em vez disso estava um Vaná com o diabo a quatro que defendia bolas como eu como gelados.
Não me quero resumir a falar de arbitragens, porque isso resumia(-me) este campeonato. Mas o Porto ontem poderia ter feito mais, a estrelinha também se finta. Tem que se fintar. Em noventa minutos há muita finta para se fazer, em vez de se lamentar a falta que um Brahimi ou um Corona nos possa estar a fazer. E a entrada do Rui Pedro só comprovou que há sangue azul para se aproveitar.
E embora não possamos também nós Porto, "dar tudo" como referiu o Vítor Bruno do Feirense que deu (oh se deu), visto que até as nossas palavras valem mais (expulsões/castigos) que a agressividade física em campo, temos que tentar dar sempre o melhor futebol que temos para dar. Sem medo. E com vontade.
Sou Porto. Continuo a ser. Serei sempre. De corpo, coração, alma e vontade. Vontade de rasgar a toalha antes mesmo de a deitar ao chão...