Só Deus sabe e os meus amigos também como sofro com um jogo do [meu] FCP
E eu gosto sempre de tentar ser justa quando falo do que quer que seja que se passa dentro das quatro linhas até porque o futebol é muito bonito, mexe com muitas emoções e nem sempre é fácil ver com olhos de ver e não com olhos de coração. Se é que me entendem. Ontem era mais um jogo importante na liga dos Campeões. Um jogo difícil como são todos. Até porque a bola é redonda, os jogadores são humanos e as equipas de arbitragem também. Sim o treinador também o é. E nós, adeptos, treinadores de bancada e jogadores melhores que os que lá estão também (#soquenão). O momento chave do jogo e que mudou toda uma estratégia foi sem duvida a expulsão do Telles. E pouco há a dizer sobre isso. Pelo que entendo foi bem expulso. Permitam-me, o primeiro amarelo que levou poderia ter sido vermelho, a entrada não é bonita, é desnecessária e a ser mesmo concretizada poderia ter prejudicado bem o adversário. Foi amarelo. Ponto. Siga. Passado dois minutos tem a outra entrada e outro amarelo, logo expulso. Deveria ter agido com cabeça. A segunda entrada não é assim tão escandalosa como a primeira, mas para quem já tem um amarelo acabado de levar tinha que ter calma. Não o condeno pela derrota, mas foi uma falha que aconteceu em segundos desses que não se percebem em qualquer momento da vida. Aqueles segundos em que nos pára o cérebro estão a ver? Quem nunca?! E acredito que ninguém mais do que o Telles tenha ido para o balneário com a maior frustração pelo erro cometido. Só a cara dele à saída do campo e a cara do André Silva ao ser substituído. Não sei se foi a melhor opção. Estávamos num jogo numa competição nova para Soares, numa situação de reestruturação de táctica e que precisava de experiência. A meu ver. André Silva (que também não tem assim tanta experiência mas mais que Soares) poderia ser melhor nas saídas e nas bolas altas, se bem que aquele sangue à Porto poderia intervir e aquecer quando ali, começava uma prova de manter a calma. Mas acho que faltou a Soares cabeça em alguns lances. Insegurança talvez. Não tirando o mérito ao adversário que esteve sempre numa posição atacante e a fazer a devida pressão. Mas muito aguentaram os jogadores do Porto até ao primeiro golo. Em inferioridade numérica ainda conseguiram travar muitos ataques e conseguiram sair com a bola. O desgaste foi o que se viu. O primeiro golo em mais um momento de pouco sorte para o porto com a infelicidade da bola tocar em Layún e ficar a jeito para o remate certeiro. O segundo golo poderia ter sido evitado, mas quiseram arriscar logo após sofrer o golo e subir para atacar e o segundo golo matou o jogo.
Não tenho muito a dizer aos jogadores, porque concordo com o que Felipe disse, fizeram o que puderam enquanto equipa em inferioridade numérica desde os vinte e poucos minutos. Do árbitro? falar de arbitragens conta para quê? Sim acredito que a meu ver houve alguns erros de arbitragem. Não falo da expulsão como já disse antes. Mas acho que em lances contra o Porto não havia dúvida nenhuma em apitar já contra a Juventus... não consigo perceber como Higuaín acabou o jogo sem um único amarelo. E o lance do Lichtsteiner pela entrada dura ao Herrera? Cuadrado não ficou com marcas nem o Lichtsteiner pela entrada do Telles mas já o Herrera... e convenhamos ele já não tem um pé bonito para ainda precisar daquela brutalidade toda e acabar o jogo e levar 17 pontos.
Adiante. O futebol também tem partes menos bonitas. Mas não devia.
Bonito foi o abraço de Casillas e Buffon. E a troca de camisolas. Que dois gigantes. Que imagem bonita de se ver.
Para o próximo mês há mais, e como diz o Alex Telles que aprendeu no Porto e eu também, "um Portista só abaixa a cabeça para beijar o símbolo".
É difícil, mas nada está perdido.
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F.C. Porto 0 x 2 Juventus (1ª Mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões)