Sempre é dia de família. Sempre. Sempre é dia de sorrisos. De abraços. De agradecer. De muito norte. De Douro. De sorrisos, gargalhadas. De anho assado no forno. De vinho bom. Das inevitáveis e sempre tão surpreendentes (not!!) perguntas “quando é que casas?”. Isto de estar nos trintas. Solteira. É um assunto tipo desbloqueador de conversa para um dia em família. Todos falam, todos opinam. Todos querem falar...Dia de encontro com as amigas da mãe. De encontrar aquelas pessoas que vêm à aldeia uma vez no ano e acham-se as maiores. Porque nós na aldeia somos uns parolos. Esquecem-se é que muitos deles saíram daqui parolos e há coisas que nem com lixivia lhes sai da pele. Dia de ouvir que tenho o mesmo sorriso que a minha mãe (fico toda babada). De ver família que só vimos quase nestes dias. De sentir aquele ar puro da aldeia perdida nas montanhas. De sentir a paisagem. De descer ao rio.
Ontem foi dia de folhas secas no chão. De sol quente. De cheiro a infância. De um bom dia de Outono. De chegar a casa tirar as botas e cair redonda no sofá cansada de tanto tempo de pé.
Mas há dias que valem a pena. E dias em família preenchem-me. E eu preciso de entrar em Novembro preenchida de emoções boas. Novembro não é um mês fácil. Não me é fácil. Não tem sido. Continua a não ser. E como eu preciso que deixe de ser tão difícil...
Be good, please!
*e a sorte de ter calhado ao domingo para manter a tradição