Não tenham medo de fazer frente aos grandes. Às grandes emprEsas. Às grandes instituições. Às grandes marcas. Eles nem sempre têm razão. Eles nem sempre conseguem ir com a sua àvante numa de nos alisar o porta misérias. Se acham que têm razão não se ameDrontem. É ter apenas coragem e jogar pelo certo. O correcto vence e se formos nós, ainda que pequenos, os correctos, eles coçam-se. Acreditem, ainda há justiça. Assim como muitos cretinos, grandes, Por aí.
Em fim-de-semana de Final da Liga dos Campeões e Rock in Rio Lisboa houve eleições.
Uma final da Liga dos Campeões é um jogo que para quem gosta de assistir a futebol não pode perder. Muitas vezes o nervosismos das equipas é tanto que perde-se ali muito do essencial, do futebol em si mas também dá muita adrenalina principalmente na segunda parte que tudo tem que ser arriscado porque ninguém quer ficar pelo caminho. Comecei a ver o jogo aparentemente sem nenhum preferido. Queria ver bom futebol. Do Real já sabemos que tem jogos que nos fazem vibrar como autênticos adeptos ferrenhos, do Atlético posso dizer que vi alguns jogos e que mereciam estar ali como uma das melhores equipas do mundo. A coisa começou equilibrada talvez a pender até para o Atlético, não pelo frango do Casillas mas pela gestão de bola que estavam a conseguir fazer. Houve o tal golo e entre um “És mesmo nabo Casillas, isto nem parece teu” e um “Boa Atlético” lá festejei o golo. Mas depois.. Bem, depois comecei a ver o Real a crescer, o Bale a falhar grande mas a tentar. Um Marcelo em todo o lado. Um Di Maria com pernas até ao pescoço. Um Xabi Alonso (giro que dói btw) nas bancadas a quem só apetecia dar miminhos tal era o desespero dele. E foi então que a um minuto do final, o Sérgio Ramos resolveu tirar o chupa-chupa da boca do Atlético de Madrid e pôr o Simeone em órbita com aquele golo. Eu vibrei. Vibrei pelo golo, vibrei pela energia do estádio. Vibrei pelo Real e entendi os beijos dados ao Sergio Ramos pelo Casillas afinal de contas até aquele minuto o Real perdia a taça por um erro muito mau do Casillas. E apetecia mesmo ficar ali para mais 30 minutos de jogo. E aí o Real demonstrou ter mais porte e vi-me a vibrar com toda aquela capacidade do Real de crescer ainda que o Atlético estava nitidamente muito mais afectado fisicamente e isso foi crucial. E o Marcelo a chorar depois do golo? É mesmo uma emoção. Ronaldo fechou o jogo com um golo de pénalti. Merecido. O Real teve-o como uma peça muito importante esta temporada, a ele, ao melhor do Mundo.
Parabéns Real pela conquista e Parabéns Atlético pela luta. Sem dúvida.
No domingo em dia de eleições em que em larga proporção ganhou a abstenção a única coisa que tenho a dizer é que, há muitos anos atrás houve alguém que lutou pelo direito de voto, por termos essa possibilidade, por termos na mão o poder de decidir por nós mesmos o que queremos. Bem ou mal, com uma cruz num boletim há alguns anos alguém lutou por esse direito e já nem falo de nós mulheres que tivemos mais esse direito com a revolução do 25 de Abril. E acho, na minha humilde opinião, sendo de uma geração dos 30, daqueles à rasca, uma falta de bom senso e falta de respeito por quem sempre lutou pra que no dia de hoje o voto seja um direito. Tenho pena sinceramente, ainda mais de ter a consciência que a abstenção passa em larga escala pelos mais novos, por aquele que no hoje deviam ter mais que todos uma voz activa na sociedade. “Ah vou agora votar é tudo a mesma merd@”, é, não penso diferente, mas o voto é dado por nós e temos um leque deles para escolher, ou então votar em branco, nulo ou o raio que os parta, whatever mas votar, exercer esse direito.
Ontem abriram as portas do Rock in Rio. 10 anos de Rock in Rio Lisboa. E aquilo é um espectáculo que no todo não deve ser mesmo perdido. Como não tive a oportunidade de ir até lá, agradeço à SIC Radical por fazer a emissão dos concertos de ontem que sinceramente mesmo entre as minhas quatro paredes do meu quarto me fizeram empolgar.
O palco Mundo abriu com Áurea e Boss AC e gostei de ver aquelas duas vozes juntas. Mas não consegui acompanhar todo o concerto.
O cabeça de cartaz era o Robbie Williams e deu um show do início ao fim num todo. Adorei. Ele veio para rebentar e gostei do que fez. Arriscou em muitas músicas conhecidas que não são dele e conseguiu mesmo assim ter um concerto brutal. Acabando com a “Angels” que certamente foi das mais aguardadas por aquele público.
Mas depois o palco do Mundo abriu para a ultima convidada da noite fechar o palco em grande e que tem estado presente desde o início do Rock in Rio Lisboa. Ivete Sangalo. E diga-se a Ivete é o show em pessoa. Gostando-se mais ou menos de música brasileira, ou dela, tem que se reconhecer que ela sabe muito bem o que faz. Nitidamente em óptima forma com um corpaço de fazer inveja a muita menina de vinte anos, ela preencheu o palco de uma ponta à outra. Ela canta como se não houvesse amanhã, ela dança, pula, tira sapatos. Ela comunica imenso com o público, faz as suas graças e canta muito. Já quase a acabar o espectáculo tive a noção que ela deve ter cantando quase todas as suas músicas, porque ela não parava. Cantou muitos êxitos que por muito que se ouçam nestes festivais fazem-nos vibrar como da primeira vez. Dei por mim a querer dar um passinho de dança mesmo ali sozinha no sossego do meu quarto. Parabéns Ivete. Parabéns por essa mulher força que é, por essa mulher de palco. Por essa força que transmite e paixão pela música. E também pelos 20 anos de carreira.
Em 2010 EU FUI. Em 2012 EU FUI. Em 2014 EU GOSTAVA de IR.
O Rock in Rio é muito mais que apenas música e concertos, mesmo. Quem nunca foi devia pelo menos uma vez ir. É brutal todo o ambiente. Falar do Rock in Rio passa por muita coisa. Música, ambiente, espaço, aventuras, alegria, amigos, natureza, sapatilhas sujas, multidão, brindes, saltos, ficar afónicos, querer experimentar tudo (falta-me aquele slide a passar por cima do palco!). Tanta coisa que só de me lembrar da última vez fico ali entre o cansaço e o êxtase. E era mesmo de um dia assim que eu estava a precisar. Para quem vai a primeira vez, aconselho a ir cedo. Aquilo tem tanto para explorar que vale mesmo a pena chegar lá com solzinho e começar logo a dar ao passo. As filas quase sempre são enormes, mas valem a pena. É um dia em cheio. No último Rock in Rio fiquei instalada no mesmo hotel que o Tim Booth dos James com algumas peripécias foi bem divertido. Fui com um grupo de amigos fantásticos, do qual não fez parte o meu ex-namorado, mas na altura decidiu dizer-me “para isso não me levas tu”. Pois bem, não que seja a minha intenção leva-lo comigo, mas seria bom poder-lhe dizer que tenho um bilhete duplo, se é que me entendem.
Acho um absurdo nestes dias esquecerem preços de tabela e porem as coisas num patamar digno de alta sociedade e aqui entenda-se alta sociedade por aqueles que não têm mais que fazer ao dinheiro e deixam-se ir na esparrela. Um dia destes li no JN e depois vi uma reportagem na televisão de uns senhores que têm um negócio e que um dia foram a pé a Fátima, isto há cerca de 20 anos, como se sentiram tão explorados, por vezes na compra de uma simples garrafa de água para saciarem a sede e sossegarem o sacrifício, que no ano seguinte e até então “montam a barraca” no caminho onde passam os peregrinos durante dois dias e oferecem de tudo, desde comida, bebida, música e gargalhadas. Isto é de louvar. Lembrei isto porquê? Porque isto de em dia da Liga dos Campeões alugarem quartos a preço de reis, servirem refeições a preço de milionários, o taxímetro dos taxistas perderem a conta a euros… É como quem me arranca os olhos da cara. Ah e coisa e tal é propício, “nada de extraordinário para uma final da Liga dos Campeões” como ouvi alguém de um hotel dizer, é bom para a economia etc e tal. Sim, olha dão com eles, porque se dessem comigo, nesse dia ia ali a Lisboa e havia de por um dia saber o que é fazer dieta e como quem não quer a coisa e como já todos fizeram na vida, era uma directa e quando chegasse a casa descansava. Podem ter a certezinha.
Ali ao lado, na Serra da Estrela diz que neva. Aqui chove e faz um frio que dói. Dói quando me lembro que no sábado, há quatro dias, também aqui, passei uma tarde fantástica de dolcefarniente com a piolha do meu ♥ para matar saudades na piscina.