1 mês e ainda não subo paredes!
Entre acabar uma relação e apanhar o primeiro avião pra ilha, aqueles minutos entre a hora do check-in e a hora de embarque ali sozinha no meio de tanta gente foram cruciais. Um cigarro please foi o primeiro pensamento, e logo de seguida (no quiosque) venha o maço.
Pronto. Aquele acto estúpido deitou por água os meus quase 22 meses sem fumar. Nunca foi fácil. Mas voltar ao activo após aquele orgulho muito menos. Fui fraca. E não precisei de ninguém que me dissesse que fiz mal. Fui a primeira a admitir. Um erro que nada justificava. Eu fui a primeira a desiludir-me comigo mesma. Foi assim a primeira vez que tentei deixar de fumar.
Agora há precisamente um mês atrás fumei o último cigarro. Uma sexta-feira 13 que fui doar sangue. E desta vez nem mais uma passa, nem mais um cheirinho, nem mais um “deixa cá ver”. Mas não estou com fé. Até porque quando penso em me apetecer, logo esqueço e arte é que não tem apetecido. Mas porra eu sei que há situações que nos põem mais à prova e até agora tenho-as evitado. Confrontando-as não sei não. Há tantos "e se's" na minha cabeça. Contra os mitos tenho apenas a acrescentar que não é verdade. Na recaída que tive não fumei mais que o que fumava antes, pelo contrário reduzi muito. E é por isso que isto de deixar de fumar não era uma necessidade extrema, fumava pouco. E fumava naqueles momentos que mais prazer dá um cigarro. Sei que há muita gente que me percebe, outros tantos que não. Os vícios só são entendidos na maioria por quem os tem. Dizem que sim. Eu acredito.
Se vou deixar de fumar? Nem vou tentar. Vou no balanço. Agora fez um mês que não lhes toco. A ver vamos. Isto é uma luta diária. Mas eles estão ali. E eu ainda não subi paredes. Mas começo a perceber, se calhar, porque é que ultimamente de manhã me queixo tanto das tentativas quase furadas de vestir calças de ganga (isto é pro pessoal do facebook que percebe).