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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

15
Dez17

Natal

Maria

Eu sou sempre um desastre com presentes.

Nunca vi o Natal como sendo a noite da troca de presentes, quando muito em pequena. Mas mesmo assim, sempre foi [-me] a noite da família. Não tinha outro sentido. Não tem. No dia que tiver outro sentido perdi-me.

Sou a última pessoa com certeza a fazer compras. E confesso, prefiro aos meus dar dinheiro para comprarem o que precisam, ou ir com eles escolher, que propriamente dar mais uns "chinelos", um "par de meias" pela inevitável situação de ter que dar alguma coisa. Acho isso um perfeito disparate.

Gosto de saber o que as pessoas precisam, desejam ou preferem. Que comprar algo por comprar. Assim como nunca gostei que os meus me dessem algo por dar, por se acharem na obrigação de o fazer. Sinceramente não gosto disso. Prefiro mil vezes que por exemplo os meus pais se me quiserem dar uma peça de roupa que eu sei que na semana seguinte está a metade de preço me dêem na semana seguinte que propriamente no dia de natal. Até porque no dia seguinte com certeza não vou usar. Não me lembra de estrear roupa nova no natal. O Natal é para estar em casa, não gosto de andar a passear. Sempre vi o Natal como o dia da família. Nada me faz mais feliz que estar com a família. NADA.

Às vezes não compreendem quando digo que em minha casa muitas vezes não há presentes debaixo da árvore. 

Mas, quem olha para o Natal como eu olho sentirá o porquê.

Durante anos vivi um Natal em casa da avó que era o típico Natal dos filmes. Cozinha cheia. Miúdos. Família. O Pai Natal a chegar com os sacos. Crianças. Presentes. 

A avó partiu e tudo mudou. Tudo. Menos os valores que ela sempre nos passou. Que o Natal era aquele sentimento ali à mesa, a família junta. O amor. 

Após isso, tudo ficou muito mais claro para mim. Os natais começaram a ser bem diferentes. Cada um para seu lado cada vez mais. E os presentes deixaram até de ter sentido tantas vezes.

Acredito que há casas que sejam mais felizes pela troca de presentes. A minha é muito mais feliz com a troca de gargalhadas, de conversas, de brindes. Se isso me falta. Tudo o resto falta e um presente é apenas um objecto embrulhado com cor que não me tem brilho.

Isto é [-me] o Natal.

Quando não consigo passar o Natal com quem quero à mesa. Tudo o resto que pintam não faz assim tanto sentido.

Eu já passei Natais de casa cheia. Já passei Natais apenas com os meus pais (e graças a Deus). Já passei a noite da consoada de Natal num avião - a caminho dos melhores. Eu quero é que eles me tenham sentido. Com a família. Com os meus mais certos. Os presentes aí até podiam falhar mas há natal na mesma.

Já quando eles faltam. Não há natal. Muito menos presente que me valha.

O início de Dezembro é sempre angustiante para mim. Ansiosa sempre por tentar perceber como vai ser uma vez mais o Natal. Daí o comprar presentes não ter significado.

Até que as coisas se decidem.

Este ano, infelizmente o contrário do ano passado, não vou conseguir ter os meus comigo. E é isso que me faz olhar para o Natal deste ano sem sentido. Será um dia quase como os outros. Ainda nem sei bem como, mas com aqueles que eu queria não. Essa é a única certeza que tenho. E a que dói.

É por isso que digo muitas vezes, Natal é quando o "homem" quiser. E eu vou contar os dias para que, independentemente do dia em que calhar, haja um natal onde quer que seja, mas com eles. Apenas com eles há natal. Dos bons.

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